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Estado de Minas

Museu de Arte da Pampulha vai ser fechado para reforma

Obras de restaura��o come�am em julho, com dura��o prevista de dois anos. Ser� a primeira grande revitaliza��o do pr�dio projetado por Niemeyer, que tem problemas s�rios de infiltra��o de �gua


postado em 21/02/2016 06:00 / atualizado em 21/02/2016 15:03

O casal Leonardo e Munise, que veio do Pará, notou as condições precárias de preservação do imóvel, que abriga obras de grandes artistas(foto: Euler Júnior/E.M/D.A Press)
O casal Leonardo e Munise, que veio do Par�, notou as condi��es prec�rias de preserva��o do im�vel, que abriga obras de grandes artistas (foto: Euler J�nior/E.M/D.A Press)
Com ou sem t�tulo de patrim�nio cultural da humanidade, o conjunto arquitet�nico modernista da Pampulha ganhar� mais destaque a partir de julho. A Funda��o Municipal de Cultura (FMC) anuncia a primeira grande restaura��o do Museu de Arte da Pampulha (MAP), primeiro edif�cio projetado por Oscar Niemeyer na orla. A reforma contemplar� todo o pr�dio e deixar� o museu de portas fechadas por dois anos. Enquanto a funda��o prepara o in�cio das obras, tamb�m aguarda o resultado do relat�rio final da Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco) atestando se o cart�o-postal de Belo Horizonte ser� ou n�o elevado a patrim�nio mundial. A divulga��o est� prevista para 20 de julho.

Constru�do originalmente para abrigar um cassino, em 1943, o MAP funciona como museu desde 1957 e nunca passou por uma restaura��o de porte. As obras v�o desde a parte estrutural at� revestimentos e elementos art�sticos. “Fizemos uma an�lise complexa do museu e detectamos problemas de infiltra��o, impermeabiliza��o e entrada de �gua”, comenta o presidente da FMC, Le�nidas Jos� Oliveira.

Ele destaca que a restaura��o independe da aprova��o do conjunto da Pampulha pela Unesco como patrim�nio da humanidade. “O museu vai ser restaurado com ou sem t�tulo”, diz. As etapas da obra, entretanto, foram programadas a partir da entrega do t�tulo. Para n�o p�r andaimes na fachada do museu de imediato, a ideia � come�ar as interven��es pelas �reas da reserva t�cnica, que era a antiga adega do cassino, e da administra��o.

A reforma do museu est� or�ada em R$ 4,2 milh�es, bancados com recursos do Programa de Acelera��o do Crescimento das Cidades Hist�ricas (PAC Cidades Hist�ricas), do governo federal. A prefeitura entrar� com contrapartida no valor de 10% da obra. Segundo Le�nidas, desde 2014 o projeto de revitaliza��o do museu est� pronto, mas, como o pr�dio tem tombamento estadual e federal, foram necess�rias adapta��es exigidas pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha).

Os problemas no pr�dio do MAP, que re�ne o maior acervo art�stico do estado, remontam � d�cada de 1950, quando houve rompimento da represa da Pampulha, h� 61 anos. “Houve uma acomoda��o do terreno e as esquadrias das janelas do museu acabaram se contorcendo em alguns pontos. Por causa disso, nunca conseguimos evitar completamente que a �gua entrasse no pr�dio. Vamos trocar essas esquadrias por material contempor�neo que mantenha as caracter�sticas originais”, explica Le�nidas.

REVESTIMENTOS Al�m das janelas, haver� recupera��o dos revestimentos de madeira que cobrem piso e parede, al�m do m�rmore. Os banheiros, com cristais, ser�o revitalizados, assim como espelho trazido da B�lgica para o im�vel. O palco do antigo teatro de orquestra ser� reformado e o museu passar� a abrigar pequenas apresenta��es teatrais. Enquanto o museu ficar fechado, a ideia � transferir o acervo para outros locais de exposi��o, como o sagu�o da Prefeitura de BH. Destacam-se trabalhos de Alberto da Veiga Guignard, Emiliano Di Cavalcanti, Ivan Serpa, Tomie Ohtake, Franz Weissman e Amilcar de Castro.

A not�cia de fechamento do museu para obras surpreendeu moradores e turistas que frequentam a Pampulha. Como v�rios fot�grafos da cidade, Talita Soares aproveita os jardins do MAP como cen�rio para suas fotografias. “N�o estou sabendo que vai fechar para reforma. Espero que eles deixem o jardim aberto. Se fechar, vai ficar mais dif�cil para mim, j� que meu est�dio fica aqui perto”, avalia a fot�grafa.

Naturais de Bel�m, a m�dica Munise Hermes e o empres�rio Leonardo Amazonas visitavam o Museu de Arte da Pampulha pela primeira vez. Admirados com a exposi��o e a arquitetura, eles observaram que o edif�cio carece mesmo de uma reforma. “A condi��o da parede espelhada e das janelas est� ruim”, afirma Leonardo.

ENQUANTO ISSO

Desapropria��o do Iate Clube


Na semana passada, a Prefeitura de Belo Horizonte desapropriou o Iate T�nis Clube, principal entrave para que o conjunto arquitet�nico da Pampulha seja considerado Patrim�nio Mundial pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco). O objetivo da PBH � demolir um anexo constru�do pelo clube na d�cada de 1970, que destoa do conjunto projetado por Oscar Niemeyer. Al�m da demoli��o do puxadinho, outras duas determina��es do Icomos, �rg�o consultivo que ajuda no julgamento, foram atendidas no plano de tombamento: duas pra�as, a Alberto Dalva Sim�o (entre a Casa de Baile e a est�tua de Iemanj�) e a Dino Barbieri (em frente � igrejinha da Pampulha) foram inclu�das na �rea de prote��o e v�o ter o projeto de paisagismo original de Burle Marx recuperado.

 

 


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