Equipe come�a limpeza das picha��es na Igrejinha da Pampulha

Uma equipe de restauradores come�ou a limpeza dos azulejos da Igreja de S�o Francisco de Assis, a Igrejinha da Pampulha. O cart�o-postal de Belo Horizonte apareceu pichado na �ltima segunda-feira. O autor do ato de vandalismo foi preso.

A sujeira foi feita no painel de azulejos de C�ndido Portinari, que fica nos fundos, e tamb�m nos mosaicos da lateral esquerda, para quem olha a igrejinha de frente. O servi�o vai custar R$ 8 mil aos cofres p�blicos.

Os dois restauradores contratados para o trabalho s�o Wagner Matias e Denise Camilo. Eles s�o acompanhados por pesquisadores do Centro de Conserva��o e Restaura��o da UFMG. “� uma falta de respeito, considera��o e consci�ncia cidad�o. Um desrespeito com a cultura e hist�ria do pa�s”, comenta o professor e vice-diretor do centro, Luiz Souza.

A previs�o � de que o restauro seja conclu�do em cinco dias. O trabalho � muito minucioso. H� um processo mec�nico em que a tinta da picha��o � retirada com um bisturi. Os especialistas que acompanham a limpeza alertam que mesmo com a restaura��o pode haver problemas. Isso porque os azulejos possuem uma esp�cie de verniz que abre fissuras com o tempo. A tinta entra por essas frestas e � necess�rio um processo qu�mico com solvente para a retirado. O que, a longo prazo, pode deixar manchas que n�o s�o percept�veis a olho nu, mas detectadas por microsc�pio. 

O autor das picha��es nas paredes da igrejinha da Pampulha, tombada pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) � M�rio Augusto Faleiro Neto, de 25 anos, que foi identificado, ouvido e indiciado pela Pol�cia Civil na tarde desta quarta-feira.

Segundo informa��es da Pol�cia Militar, o autor do ato de vandalismo mantinha uma p�gina nas redes sociais, exibindo suas picha��es em v�rias regi�es de Belo Horizonte.

Faleiro Neto, que disse ser trabalhador, confirmou ser o autor da picha��o, mas tentou alegar que desconhecia o fato de o local ser patrim�nio hist�rico. Ele tamb�m disse que a inten��o era gravar um protesto de apoio � Mariana. O delegado do Meio Ambiente, Alo�sio Daniel Fagundes n�o acreditou na vers�o apresentada, j� que em todas as outras picha��es cadastradas pela pol�cia, ele s� havia deixado a 'marca' dele, sem qualquer motiva��o ideol�gica.

(Com informa��es de Guilherme Parana�ba e Sandra Kiefer)