Flagrante de canibalismo entre c�es leva a den�ncia de maus-tratos em Contagem

Um v�deo de 1 minuto e 48 segundos postado no Facebook pelo auxiliar de manuten��o Marcelo Azevedo, de 29 anos, viralizou na rede social e gerou uma discuss�o que poder� ser esclarecida pela Pol�cia Civil. As imagens mostram um c�o magro comendo o que seriam, segundo o relato do rapaz, peda�os do corpo de um cachorro morto. A cena ocorreu no quintal de um im�vel no Bairro Nacional, em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.

“Segundo vizinhos, (os animais) est�o passando fome e comendo uns aos outros”, escreveu Marcelo em seu perfil. Em poucas horas, o v�deo viralizou. At� o fechamento desta edi��o, as imagens foram compartilhadas por mais de 900 pessoas e visualizadas por, aproximadamente, 20 mil usu�rios. Ele gravou a cena com o aparelho de seu telefone celular na tarde do �ltimo s�bado.

Quem passa em frente ao im�vel sente um cheiro forte de fezes e urina dos animais. “O odor � desagrad�vel. Vizinhos da casa me disseram que t�m problema (de sa�de) por causa do cheiro”, disse o rapaz ao Estado de Minas.

A historiadora Bruna Massai, de 28, assistiu �s imagens e ficou indignada. Ela telefonou para o disque-den�ncia (181), mas a Pol�cia Civil informou que a delegacia de Contagem ainda n�o recebeu uma den�ncia formal, requisito para que um inqu�rito seja instaurado.

“Maus-tratos. Esse termo � vazio quando vemos o v�deo. Faltam palavras para expressar a crueldade e perversidade contida nas imagens”, disse Bruna. Preocupada com a situa��o dos c�es, ela levou um saco com 18 quilos de ra��o ao local. “Fiquei surpresa ao ver que uma pessoa estava l�”.

Trata-se de dona Isabela Freitas, dona de um “abrigo” para animais. A mulher calcula que cuida de mais de 100 c�es. Em seu perfil na rede social, ela pr�pria se chama de “protetora”.

Para dona Isabela, o que ocorreu foi um crime seguido de um acidente. O crime, segundo ela, foi cometido por uma pessoa que jogou alimento envenenado com o prop�sito de matar os c�es. Tr�s morreram. J� o acidente foi o fato de alguns c�es terem tido acesso aos corpos dos animais mortos, pois os tr�s, depois de necropsiados e embalsamados, haviam sido colocados em lugar separado da matilha.

Alguns gravaram depoimentos em defesa de Isabela. Uma mulher ressaltou a dedica��o da “protetora” aos c�es.