O temor quanto � doen�a surge depois do an�ncio da SES-MG, que, na semana passada, mostrou o avan�o dos �bitos provocados pela doen�a no estado. Em Minas, segundo confirmou a pasta, s�o sete mortes por S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave por influenza, incluindo o H1N1. Entre os munic�pios mineiros com registro de mortes pelo v�rus influenza A, est�o Santa Luzia e Ribeir�o das Neves, na Grande BH, que registraram uma morte cada; e Guaxup�, no Sul, tamb�m com uma. Um �bito por influenza B tamb�m foi registrado em Astolfo Dutra, na Zona da Mata; e uma morte teria sido descrita como sendo de outro estado, sem mais detalhes informados. Em Frutal, duas mortes por H1N1 j� haviam sido confirmadas.
Em Lavras, onde duas mortes s�o investigadas pela Funda��o Ezequiel Dias (Funed) e h� a confirma��o de uma pessoa infectada pelo H1N1, o secret�rio municipal de Sa�de, Jos� Mour�o Lasmar, garantiu que o objetivo da antecipa��o da campanha � imunizar prioritariamente os grupos de risco, conforme determina��o do Minist�rio da Sa�de. “Sabemos que in�meras pessoas n�o t�m condi��es financeiras de arcar com a compra dessas vacinas”, diz. Entre as pessoas que receber�o a dose, ele enumera as gestantes, funcion�rios da sa�de, crian�as de 6 meses e menores de 5 anos, mulheres com at� 45 dias de p�s-parto, idosos acima de 60 anos e doentes cr�nicos.
Enquanto a rede p�blica se movimenta para adiantar a vacina��o, na rede particular h� grande espera por uma dose. Ontem, em um laborat�rio no Bairro Funcion�rios, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, o tempo de espera entre pegar uma senha e ser vacinado chegou a duas horas. De cinco cl�nicas e laborat�rios procurados pelo Estado de Minas, apenas uma disponibilizava doses da vacina trivalente ontem. No Hermes Pardini, que permanece com a vacina��o, o pre�o cobrado pela trivalente � R$ 90. J� a quadrivalente n�o estava dispon�vel, assim como nos demais locais consultados. A dose trivalente, segundo o laborat�rio, protege contra dois tipos de Influenza A e um tipo de Influenza B.
EFIC�CIA Diante de um cen�rio de grande procura pela vacina quadrivalente, Andrea Lucchesi, presidente do Comit� de Infectologia Pedi�trica da Sociedade Mineira de Pediatria, alerta quanto a efic�cia da vacina trivalente, que ser� oferecida na rede p�blica. Ela garante que, embora a quadrivalente atenda mais um subtipo do influenza B, a trivalente cobre os subtipos que causam mais complica��es, como o H1N1 e o H3N2, e � indicada pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS). Ainda de acordo com a especialista, o momento pede parcim�nia, j� que a vacina, neste momento, � indicada principalmente para crian�as de 6 meses a 2 anos, com comorbidades como doen�as respirat�rias e neurol�gicas, ou para aquelas que ser�o levadas a �reas de risco, como S�o Paulo. “A correria que vemos em Belo Horizonte n�o � justific�vel neste momento. � preciso avaliar cada caso e a indica��o para os demais casos � de cuidados que sempre devemos ter, como deixar as crian�as em ambiente ventilado e lavar as m�os”, diz.
Procurada quanto � antecipa��o da campanha de vacina��o em outros munic�pios mineiros, a SES-MG confirmou o envio de 1.319.600 milh�o de doses, o equivalente a 25% do total �s Regionais de Sa�de e informou que a antecipa��o fica a crit�rio do munic�pio caso identifique a necessidade.
�bitos somam 102 no pa�s
O n�mero de mortes no pa�s provocadas pelo H1N1 subiu de 71 para 102, em uma semana, aumento de 43%. Boletim do Minist�rio da Sa�de, com dados coletados at� o dia 2 deste m�s, mostra que a maioria dos �bitos ocorreu em cidades do estado de S�o Paulo, 70 ao todo.
A ocorr�ncia de casos da doen�a tamb�m aumentou de forma significativa no per�odo. Em uma semana, o total registros no Brasil da S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave, uma complica��o da gripe, ligada ao H1N1, passou de 444 para 686 – um salto de 54%. Dos casos identificados da s�ndrome neste ano, 78% est�o concentrados em S�o Paulo.
No Sudeste, foram identificados 553 pacientes com complica��es provocadas pelo v�rus. Santa Catarina � o segundo estado com maior n�mero de casos da doen�a (40), seguido do Paran� (21), Goi�s (12), Pernambuco (11), Minas (10), Bahia (9). Distrito Federal trouxe at� o momento 9 casos, um a mais do que o identificado no Rio. J� o Rio Grande do Sul tem 7 casos. Ao todo, 18 estados contabilizam registros de complica��es provocadas pelo H1N1.
Al�m de S�o Paulo, outros 13 estados registram mortes provocadas pelo v�rus. Em nota, o Minist�rio da Sa�de afirmou monitorar os casos de H1N1, que vacinas est�o sendo distribu�das em todo o pa�s e que os estados est�o abastecidos com oseltamivir, medicamento indicado para as primeiras 72 horas de infec��o e que poderia reduzir o risco de complica��es provocadas pela doen�a.
No comunicado, o minist�rio afirma que, al�m da vacina��o, a popula��o deve adotar medidas de preven��o, como lavar sempre as m�os e evitar locais de aglomera��o.
S�O PAULO Ontem, no primeiro dia da campanha antecipada contra a gripe H1N1 na capital paulistana, o secret�rio municipal da Sa�de, Alexandre Padilha, pediu calma � popula��o e assegurou que n�o faltar�o vacinas. “A vacina vai estar presente. Temos um estoque absolutamente garantido”, afirmou Padilha. Na rede municipal, as filas foram formadas antes mesmo de os centros de sa�de abrirem. Padilha voltou a pedir que as pessoas tenham calma e n�o procurem o tamiflu ap�s qualquer sintoma de resfriado, que pode n�o desenvolver para a gripe H1N1.
J� o prefeito de Quintana, no interior de S�o Paulo, Fernando Itapu� (PSC), entrou com a��o na Justi�a Federal, ontem, para obrigar o Minist�rio da Sa�de a fornecer vacina � popula��o da cidade contra o H1N1. Segundo ele, duas mortes causadas pelo v�rus nos �ltimos dias deixaram em p�nico os 6.437 habitantes da cidade. As v�timas, uma menina de 12 anos e um rapaz de 32 anos, est�o fora do grupo de risco que deve ser vacinado na campanha nacional.