Um muro de 16 metros formado por rejeitos de min�rio da Barragem de Fund�o, que se rompeu em novembro do ano passado em Mariana, na Regi�o Central de Minas, se formou junto � parede da barragem da Usina Hidrel�trica Risoleta Neves, tamb�m conhecida como Candonga, que pode se romper por causa da press�o. Foi o que indicou levantamento feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Segundo o Ibama, a for�a dos rejeitos s�lidos sobre a parede da usina � grande e oferece risco. Pelo menos 10 milh�es de metros c�bicos de material est�o for�ando a estrutura da usina, que fica no munic�pio de Santa Cruz do Escavado, Zona da Mata mineira.
Por determina��o do Ibama, o material j� est� sendo retirado pela Mineradora Samarco, dona da barragem que se rompeu. O per�odo de estiagem contribui para o servi�o, segundo o instituto. Ainda de acordo com o Ibama, se n�o fosse a usina o estrago provocado pela lama seria muito maior abaixo da barragem da hidrel�trica, onde ficou retida grande parte do material s�lido. Depois da hidrel�trica, o estrago ocorreu apenas na calha do rio. Antes, a lama invadiu as margens e h� necessidade de reflorestamento da mata ciliar.
O Ibama havia solicitado � Samarco um levantamento do impacto nos afluentes do Rio Doce, atingido pela lama da Barragem de Fund�o. A mineradora relacionou 68 afluentes impactados, mas um novo levantamento do instituto verificou que pelo menos 15 outros cursos d'�gua ficaram fora da contagem e dever�o ser inclu�dos na lista. O relat�rio do Ibama ainda n�o foi conclu�do e deve ser apresentado � mineradora em reuni�o marcada para a pr�xima quarta-feira.