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Estado de Minas IMPASSE

TCE confirma suspens�o de licita��o para banheiros e lanchonetes em parques de BH

PBH n�o tem or�amento para contratar estudo de viabilidade t�cnica e econ�mica para implanta��o, mas TCE entende que esse levantamento � uma preliminar para licita��o


postado em 22/04/2016 06:00 / atualizado em 22/04/2016 08:21

Muita procura, pouca estrutura: Parque JK, no Sion, tem movimento durante toda a semana, mas faltam sanitários e comércio mais diversificado. (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Muita procura, pouca estrutura: Parque JK, no Sion, tem movimento durante toda a semana, mas faltam sanit�rios e com�rcio mais diversificado. (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)

Moradores de Belo Horizonte e turistas que esperam uma estrutura melhor nos parques municipais da capital mineira, com banheiros e lanchonetes, est�o longe de ver a demanda sair do papel. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) confirmou decis�o liminar que suspendeu em mar�o o edital lan�ado pela Funda��o de Parques Municipais (FPM) para dotar as unidades de melhor estrutura. A ideia da prefeitura era viabilizar tanto sanit�rios quanto pontos de venda de alimentos em 33 locais de 29 parques, em estruturas de cont�iner, com inspira��o em projetos desenvolvidos na Europa. No m�s passado, o conselheiro do TCE Jos� Alves Viana suspendeu a licita��o, diante do questionamento de um vendedor ambulante. A decis�o dele foi acompanhada pela Segunda C�mara do TCE, mas a Prefeitura de BH entrou com recursos. Na sess�o plen�ria de anteontem, a Corte de Contas rejeitou os argumentos do munic�pio e manteve o edital suspenso.

Segundo o TCE, foram dois recursos impetrados pela administra��o municipal, sendo um pela Procuradoria-Geral e outro pela Funda��o de Parques Municipais. Como os argumentos s�o parecidos, foram julgados em conjunto. A PBH alega que n�o tem or�amento para contratar um estudo de viabilidade t�cnica e econ�mica, repassando essa obriga��o aos vencedores da licita��o. A �rea t�cnica do TCE entendeu que esse levantamento precisa ser feito de forma preliminar, sob risco de causar mudan�as no projeto original. “Al�m disso, essa defini��o tem que ser clara, para que os supostos interessados possam definir se participar�o ou n�o da disputa”, informou a assessoria do TCE, em nota.

A prefeitura tamb�m justificou a inten��o de licitar a instala��o de banheiros e lanchonetes por lotes de parques, com a divis�o em seis grupos, sob o argumento de que um edital que definisse um vencedor para cada parque n�o seria interessante, pois algumas unidades poderiam n�o ter rentabilidade isoladamente, mas seriam vi�veis em um conjunto.

Beatriz Brandão lembra demanda por consumo após atividades físicas (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Beatriz Brand�o lembra demanda por consumo ap�s atividades f�sicas (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Para esse argumento, o TCE respondeu que o suposto interessado deve saber anteriormente a rentabilidade de cada unidade, para decidir se compensa participar do processo. Os questionamentos que motivaram a suspens�o foram feitos pelo vendedor ambulante Iran Melo Lima, de 68 anos, que h� 25 trabalha em um quiosque no Parque Juscelino Kubitschek, na Avenida Bandeirantes, Bairro Sion, Centro-Sul de BH. Segundo a prefeitura, o vendedor ocupa o local de forma irregular, sem autoriza��o do poder p�blico, e a nova licita��o serviria, inclusive, para regularizar o uso do espa�o. O local onde ele comercializa bebidas e lanches foi o ponto escolhido pela PBH para a instala��o do cont�iner no Parque JK, de acordo com os estudos dos arquitetos respons�veis. Ontem, a reportagem foi at� o local, mas ele n�o foi encontrado. Iran tamb�m n�o foi localizado por telefone.

Aproveitando o feriado de 21 de abril, v�rias pessoas lotaram o parque e lamentaram o fato de o local n�o contar com estrutura melhor. A advogada Cristiana Giordano, de 35, costuma ir ao JK com o filho Arthur, de 3, todos os fins de semana. Ela diz que um banheiro seria essencial para os cuidados que precisa ter com a crian�a. “Principalmente nesta fase, em que ele est� deixando as fraldas. O banheiro ajudaria muito a trocar de roupa, por exemplo. A gente que acaba perdendo”, afirma. A psic�loga Beatriz Brand�o, de 34, lembra que existe uma demanda muito grande no Parque JK e em outros da cidade pelo consumo de bebidas ap�s atividades f�sicas, o que justificaria o funcionamento de uma boa lanchonete. O aposentado Jos� Abadia Caixeta, de 65, lembra que seria muito importante uma nova estrutura. “S� resta saber se uma coisa dessas teria a manuten��o adequada e se seria preservada”, questiona.

A presidente da Funda��o de Parques Municipais de BH, Karine Paiva, lamentou a decis�o do TCE, que considerou “retr�grada”. “A licita��o foi feita nos mesmos modelos de outras j� realizadas em outras cidades, como na orla da Zona Sul do Rio de Janeiro”, afirma a presidente da FPM. Ainda segundo Karine Paiva, quando a licita��o � feita em lotes pode atrair mais investidores, com padroniza��o dos servi�os. N�o h� previs�o de novos recursos ou retomada do edital, segundo a FPM.

 


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