
Uma dezena de ag�ncias banc�rias, farm�cias, galerias de lojas, loteria, supermercado, bares, restaurantes e diversas outros pontos comerciais viraram atrativo a mais na Avenida Luiz Paulo Franco, no Bairro Belvedere, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Por causa da intensa movimenta��o de pessoas e, consequentemente, de dinheiro, a via tornou-se alvo de criminosos, que assustam a popula��o com assaltos � m�o armada na rua e em estabelecimentos, al�m de roubos e arrombamentos de ve�culos, saidinhas de banco e furtos de toda ordem. Os crimes ocorrem a qualquer hora do dia.
Assim como no Belvedere e no C�u Azul, ruas e avenidas mais perigosas segundo indica��o de lojistas e da comunidade s�o, de modo geral, vias de grande concentra��o comercial, por onde o dinheiro circula para pagamento de compras, transa��es banc�rias, despesas com estacionamento, refei��es, entre outros gastos. No bairro nobre da Regi�o Centro-Sul, o problema ocorre ainda na Rua Desembargador Jorge Fontana, via paralela ao endere�o indicado como cr�tico pela Associa��o dos Amigos do Bairro Belvedere, a Avenida Luiz Paulo Franco.
Presidente da associa��o, Ubirajara Pires Gl�ria afirma que o n�mero de assaltos aumentou muito nos �ltimos anos, e acrescenta que os casos ocorrem diariamente. “N�o tem mais hora. Os ladr�es assaltam desde as 6h, quando as pessoas saem para caminhadas, at� a madrugada. Assaltam adultos, idosos e at� crian�as”, conta o representante, citando que uma van de alunos entre 8 e 11 anos foi alvo de um arrast�o e aqueles que tinham celulares foram roubados. A Pra�a Lagoa Seca, onde h� pr�tica de esportes, tamb�m tornou-se ponto cr�tico. “Bandidos passam de moto e levam de tudo: celulares, rel�gios, carteiras, t�nis, alian�as, an�is... O que a pessoa tiver na hora.” Segundo Ubirajara, na parte residencial, a frequ�ncia � entre seis e oito assaltos por m�s.
Vizinha ao Belvedere, a Avenida Nossa Senhora do Carmo divide a criminalidade enfrentada pelos bairros Sion e S�o Pedro, tamb�m na regi�o Centro-Sul. Na primeira comunidade, a Avenida Uruguai e a Rua Patag�nia se destacam de forma negativa em ocorr�ncias contra o patrim�nio. Na madrugada do dia 8, dois homens, um deles um adolescente de 17 anos, renderam frequentadores de uma cervejaria e fizeram um arrast�o, pegando pertences pessoais dos clientes. Um policial federal que estava no local reagiu e conseguiu deter o menor. O comparsa escapou, depois de trocar tiros com o agente. Na fuga, rendeu um motorista que foi obrigado a dirigir at� a Avenida Raja Gabaglia, onde teve o ve�culo roubado.
No S�o Pedro, pedestres e pontos de com�rcio das ruas Major Lopes e Vi�osa sofrem com a a��o dos bandidos. “O com�rcio � assaltado toda semana. Loterias e bares s�o muito visados, nenhum escapa. Bandidos passam de moto e apontam rev�lver para as pessoas. At� as crian�as est�o sendo assaltadas”, afirma o presidente da associa��o de moradores do bairro, o tamb�m comerciante Carlos Rocha.

Perto dali, no Santa L�cia, o medo n�o escolhe onde surgir. De acordo com a pedagoga Alessandra Leite, de 46 anos, ruas residenciais do bairro t�m sido escolhidas por assaltantes armados, que levam carros, dinheiro, celulares e outros pertences. “Somente nos �ltimos dias, uma amiga teve seu ve�culo levado na porta da minha casa, uma resid�ncia foi assaltada na rua ao lado e uma pedestre teve a bolsa roubada pelo garupa de uma moto”, relata a moradora da Rua Sagit�rio. Ela ainda reclama: “O bairro � ermo e falta policiamento. At� quando tem uma ocorr�ncia a pol�cia demora muito a chegar”. De acordo com um funcion�rio de um posto de gasolina na Rua Kepler, o estabelecimento foi assaltado duas vezes somente neste ano.
A Pol�cia Militar n�o divulga endere�os com maior incid�ncia de crimes por bairros, por quest�es estrat�gicas, segundo a corpora��o. Mas, de forma geral, moradores e comerciantes relatam aumento da criminalidade. De acordo a Associa��o de Moradores do Bairro de Lourdes, os assaltos nas ruas aumentaram e podem ser reflexo da crise que o pa�s atravessa. “No cruzamento das ruas Santa Catarina e Ant�nio Aleixo, que � um local ermo, motoristas param no sinal e s�o abordados por motoqueiros a qualquer hora do dia. Vias de muito com�rcio como S�o Paulo, entre Alvarenga Peixoto e B�rbara Heliodora, tamb�m s�o locais de grande incid�ncia de crimes”, atesta Alfredo Gordon, conselheiro da entidade. Segundo ele, a Pol�cia Militar tem dado apoio, mas esbarra no baixo efetivo e em problemas de infraestrutura.
