Passageiros ficam revoltados com condi��es de terminal do Move Metropolitano

Era para ser um terminal provis�rio, mas se transformou num tormento para muitos passageiros do Move Metropolitano. A estrutura para embarque e desembarque na Rua Aar�o Reis, no Hipercentro de Belo Horizonte, recebe uma multid�o de moradores de cidades vizinhas, mas a prec�ria constru��o est� longe de oferecer aos usu�rios os mesmos benef�cios das esta��es do Move da capital, como porta autom�tica que d� acesso aos coletivos.

A estrutura � uma esp�cie de palanque, com piso de borracha, cercado por tela de ferro fino e tablados de madeira. Diante da falta de portas autom�ticas, o passageiro que aguarda o �nibus e n�o ficar atento pode cair do local. A altura � de aproximadamente meio metro. Parece pequena, mas � bom lembrar que, entre os usu�rios, h� muitos idosos.

A quantidade de lixo e o mau cheiro ao redor da estrutura, causado, sobretudo, por moradores de rua que sobrevivem debaixo das marquises da Aar�o Reis, s�o outros pontos negativos. Os problemas no terminal levaram muitos passageiros a cham�-lo por um nome jocoso: galinheiro.

O terminal provis�rio come�ou a funcionar em dezembro de 2014. Ser� desativado assim que ficar pronta a esta��o em frente ao Shopping Oiapoque, na rua hom�nima, pr�ximo � rodovi�ria da capital. A Secretaria de Estado de Transportes e Obras P�blicas (Setop) informou que o futuro terminal ser� inaugurado ainda neste ano, mas n�o disse em que m�s.

At� l�, usu�rios continuar�o convivendo com inc�modos na estrutura montada na rua que homenageia a mem�ria do engenheiro que projetou Belo Horizonte. Passageiros relatam que, constantemente, o terminal � invadido por ratos.

“Quando um roedor morre aqui, o cheiro � insuport�vel. Eu pago R$ 4,45 pela passagem e n�o vejo nenhum conforto no local. H� mais de anos que a gente sofre para aguardar os �nibus nesse lugar”, reclamou o serralheiro C�cero Batista, de 56 anos. Ele mora no Bairro S�o Benedito, um dos mais populosos em Santa Luzia, e compara a esta��o da Aar�o Reis com a de outros lugares: “Esta � um lixo!”.

Dona Maria Silva, de 40, tamb�m n�o poupa cr�ticas ao terminal vizinho � Pra�a da Esta��o. “O mau cheiro � muito forte. O poder p�blico tem que dar um jeito”, cobra a mulher, moradora do Bairro Santa Cruz, em Vespasiano.

POEIRA O terminal improvisado n�o � a �nica estrutura pol�mica do Move Metropolitana. A esta��o em constru��o na Avenida Bernardo Monteiro, no Bairro Santa Efig�nia, na Regi�o Leste da capital, j� deveria ter sido conclu�da. A Setop informou que “o terminal recebeu ordem de in�cio da execu��o das obras em 23 de abril de 2014, com prazo contratual de 600 dias”.

Entretanto, as obras foram suspensas em novembro daquele mesmo ano. De acordo com a Setop, “por determina��o do governo anterior, todas as interven��es em andamento no exerc�cio de 2014 foram paralisadas no m�s de novembro daquele ano”. A obra no local foi retomada em julho passado.

Atualmente, cerca de 40% do empreendimento foi conclu�do. O governo estadual estima que obra ser� inaugurada em setembro, pondo fim �s sucessivas reclama��es de quem mora ou trabalha na regi�o. A poeira, o tr�nsito interrompido e o barulho causaram diversas cr�ticas nos �ltimos dois anos.