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Estado de Minas

Passageiros reclamam uma vez a cada 20 minutos contra �nibus em BH

Queixas contra empresas do sistema de transporte p�blico de Belo Horizonte chegaram a 29 mil no ano passado. Principal problema � o motorista que n�o para no ponto


postado em 20/05/2016 06:00 / atualizado em 20/05/2016 07:44

Passageiros embarcam no Centro de BH. Principais queixas são contra os condutores que desrespeitam os pontos de parada(foto: Cristina Horta/EM/D.A PRESS)
Passageiros embarcam no Centro de BH. Principais queixas s�o contra os condutores que desrespeitam os pontos de parada (foto: Cristina Horta/EM/D.A PRESS)
Vera Fochat, de 48 anos, se lembra com revolta da manh� em que estendeu o bra�o direito em um ponto de �nibus em Belo Horizonte e o motorista simplesmente ignorou o sinal de parada: “Ele me viu. Foi m� vontade mesmo em parar para que eu embarcasse”. Chateada, a enfermeira denunciou o condutor � BHTrans. Ela � uma das milhares de pessoas que em 2015  recorreram � empresa gerenciadora do tr�nsito e transporte na capital, apresentando queixas quanto ao servi�o de transporte coletivo da cidade.


No ano passado, foram 29.130 reclama��es – m�dia de um registro a cada 20 minutos. A maioria dos casos (9.065) � ligada justamente ao que irritou Vera: a negativa dos condutores em parar nos pontos de embarque e desembarque, que representou quase 30% das den�ncias. Em segundo lugar, com 7.276 ocorr�ncias (24%), ficou o que a BHTrans classifica de “comportamento inadequado do operador”.

A enfermeira Vera tamb�m j� fez esse tipo de reclama��o � empresa municipal. O relato dela mostra que o profissional do volante colocou a vida dos passageiros em risco, al�m de desrespeit�-los: “Ele atendeu ao telefone celular, na Avenida Cristiano Machado, enquanto dirigia. Depois parou o ve�culo e ficou por uns dois, tr�s minutos falando no aparelho. Um absurdo. S� arrancou o �nibus quando o pessoal come�ou a reclamar. Eu filmei”.

Levantamento da empresa mostra que o total de reclama��es sobre o transporte coletivo at� apresentou redu��o no confronto entre 2014 e 2015 (diferen�a de 21,62%), mas o �ltimo balan�o anual mostra que uma multid�o de usu�rios continua tendo dor de cabe�a com o sistema. As puni��es �s empresas de transporte por esse motivo s�o v�rias, como advert�ncia e multa.

A BHTrans, por�m, n�o informa quantas companhias foram punidas em 2015. Em nota, informou que “s�o realizadas fiscaliza��es espec�ficas nas linhas mais reclamadas, envolvendo fiscaliza��o de pontos finais e pontos de embarque e desembarque, viagens a bordo etc”. Acrescentou ainda que, al�m da opera��o presencial dos agentes, “a empresa vem intensificando cada vez mais sua fiscaliza��o eletr�nica”.

Nesse caso, a empresa pretende reduzir o terceiro tipo de reclama��o no ranking do ano passado: 4.244 registros (14% do total) por descumprimento do quadro de hor�rios. “Por meio dos dados do Sistema Inteligente de Transporte (SITBus) e do Sistema de Bilhetagem Eletr�nica (SBE) � poss�vel monitorar quest�es relativas ao cumprimento do quadro de hor�rios, n�vel de ocupa��o dos ve�culos, entre outras”, informou a empresa municipal.

J� o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) ressalta a quantidade de viagens e o n�mero anual de usu�rios para argumentar que o total de reclama��es, percentualmente, � pequeno. “O sistema de transporte coletivo urbano por �nibus opera 341 linhas, que realizam, em m�dia, 730 mil viagens e percorrem 14 milh�es de quil�metros todos os meses, transportando 36 milh�es de usu�rios mensalmente, o equivalente a cerca de 1,5 milh�o por dia �til e 432 milh�es, anualmente. O total de reclama��es representa, portanto, 0,00678% dos usu�rios transportados”, comparou o Setra-BH.

META O sindicato ressaltou que, ainda assim, o percentual est� distante do ideal, que � n�o ter nenhum passageiros insatisfeito. “Por essa raz�o, sistematicamente, s�o realizados treinamentos voltados para a qualifica��o dos motoristas e agentes de bordo. Cada um passa, em m�dia, por 20 horas de treinamento por ano. No total, s�o cerca de 300 mil horas de cursos anuais (gentileza urbana, treinamento introdut�rio e de integra��o etc)”, acrescentou.

O aposentado Marlon de Oliveira, que trabalhou como cobrador de �nibus por sete anos, chama a aten��o para outro tipo de situa��o: tamb�m h� passageiros que deveriam ser alvo de reclama��o. Ele d� um exemplo comum em muitas viagens: “H� pessoas que entram no �nibus e n�o passam pela roleta, atrapalhando os demais passageiros. Sem falar naquelas que sentam em lugares destinados a idosos e pessoas com dificuldade de locomo��o”.

Fora da curva

Principais reclama��es em 2015

N�o parar no ponto

9.065

Comportamento
inadequado do operador

7.276

Descumprir quadro
de hor�rios
   
4.244

Fonte: BHTrans


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