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Estado de Minas

Popula��o aumenta consumo de �gua e chuva fora de �poca traz transtornos

Depois de um m�s de seca, tempestade trouxe mais problemas que al�vio aos reservat�rios da Grande BH. Enquanto isso, �ndice de gasto de �gua sobe pela 1� vez desde in�cio da crise h�drica


postado em 02/06/2016 06:00 / atualizado em 02/06/2016 07:25

Chuva forte pegou população de BH de surpresa nesta quarta-feira(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)
Chuva forte pegou popula��o de BH de surpresa nesta quarta-feira (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)
No c�u, nuvens e tempestade fora de �poca; na terra e nos reservat�rios da Copasa, �ndices de precipita��o acumulados mais baixos do que o desej�vel; e nas torneiras e encanamentos, relaxamento dos consumidores e falta de campanhas pela economia de �gua. Enquanto a Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte voltou a experimentar ontem chuva depois de um m�s de maio completamente seco e de um abril com 42% menos precipita��es que a m�dia hist�rica, o sinal de alerta volta a soar nas contas de �gua.

Depois do auge da crise h�drica e de mais de um ano de redu��o no consumo, os �ndices de gastos voltaram a subir na Grande BH. No ano passado, a popula��o manteve m�dia de economia de 11,6%, de fevereiro a dezembro em rela��o a 2014. Por�m, em mar�o deste ano o consumo ficou 4,3% acima do mesmo per�odo do ano anterior. Em abril, foi 3,4% superior.


A Copasa admite que, com o per�odo seco, a tend�ncia � de queda no n�vel do Sistema Paraopeba, que abastece a regi�o metropolitana, mas afastou qualquer risco de desabastecimento. Ainda assim, recomenda o consumo consciente da �gua. Mesmo porque, chuvas como a de ontem – que foi breve, apesar de intensa e acompanhada de granizo e alagamento em algumas regi�es de BH – devem se tornar cada vez mais escassas.

Na Grande BH, os n�veis de economia de �gua v�m caindo desde o in�cio deste ano. Dados fornecidos pela Copasa mostram que, em janeiro, a diminui��o chegou a 10,5%, em compara��o com o mesmo m�s do ano passado. Em fevereiro, a redu��o no consumo foi de apenas 3,3%, embora a Copasa j� houvesse registrado recuo em fevereiro de 2015, de 9,4% em rela��o a 2014. Isso mostra que a queda no per�odo se repetiu pelo segundo ano consecutivo. Por�m, nos dois meses seguintes n�o houve redu��o, mas sim um aumento do consumo. As altas foram as primeiras desde que a Copasa lan�ou a campanha pela economia na Grande BH, com meta de queda de 30%, por causa da crise h�drica.

População relaxou em março e abril e consumo de água aumentou com relação aos mesmos meses de 2015(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)
Popula��o relaxou em mar�o e abril e consumo de �gua aumentou com rela��o aos mesmos meses de 2015 (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS)


Para o professor Carlos Barreira Martinez, coordenador do Centro de Pesquisas em Engenharia Hidr�ulica e Recursos H�dricos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a falta de economia por parte da popula��o se deve ao fim da campanha da Copasa. “Na �poca da crise do abastecimento, a campanha foi muito forte. Chovia pouco e as imagens mostravam reservat�rios vazios. Com o abrandamento da crise e como a Copasa necessita de caixa para se manter, ela precisa desse consumo de �gua”, analisou. “Se cair o consumo, a tarifa vai aumentar, pois a empresa tem um custo fixo e precisa quit�-lo”, completou.

RESERVAT�RIOS Mesmo com o aumento dos gastos de �gua, o n�vel do Sistema Paraopeba ficou praticamente est�vel nos �ltimos 30 dias. Em 2 de maio, o conjunto de tr�s represas estava com 57,1% da capacidade total. Chegou a atingir 57,5% e ontem teve leve queda, para 57,4%. O reservat�rio de Rio Manso, o maior do sistema, estava com 74,5%; Serra Azul, com 33,6%; e Vargem das Flores, com 46%.

A condi��o dos reservat�rios ficou melhor depois da inaugura��o da capta��o emergencial da Copasa diretamente no Rio Paraopeba, em Brumadinho, na regi�o metropolitana, h� seis meses. “A situa��o atual do abastecimento na Grande BH � bem melhor do que a do ano passado, quando a Copasa dependia exclusivamente da �gua acumulada nos lagos do Sistema Paraopeba e da capta��o a fio d’�gua no Rio das Velhas para o fornecimento”, informou a estatal. A companhia diz que n�o h� necessidade de economia de �gua nos n�veis de 2015, por�m “recomenda o consumo consciente da �gua, evitando o desperd�cio”.

TRANSTORNO A chuva de ontem n�o teve impacto significativo sobre os reservat�rios da Grande BH, mas, mesmo sendo breve, causou transtornos na capital. Na Regi�o Noroeste, a mais atingida, o granizo surpreendeu motoristas. No Bairro Cora��o Eucar�stico, a �gua chegou a invadir lojas. Houve alagamento na Avenida Tereza Cristina, enquanto galhos de �rvores ca�ram sobre um ve�culo no Bairro Padre Eust�quio.

Segundo o instituto de meteorologia TempoClima PUC Minas, a intensifica��o de �reas de instabilidade que atuam sobre parte do Sudeste do Brasil devem continuar a provocar chuva na capital mineira e regi�o. “Essas �reas de instabilidade favorecem o aumento da temperatura e, consequentemente, as pancadas de chuva. S�o de curto prazo e devem ocorrer isoladamente at� o fim da semana”, explicou a meteorologista Nat�lia Cantu�ria.

No hidr�metro

Economia de �gua na Grande BH

2015

    Fevereiro      -9,4%

    Mar�o     -16%

    Abril     -15%

    Maio     -14,5%

    Junho      -15,2%

    Julho     -11,6%

    Agosto     -10,8%

    Setembro     -12,2%

    Outubro     -11,5%

    Novembro     -6,34%

    Dezembro     -3,6%

2016

    Janeiro    -10,5%

    Fevereiro    -3,3%

    Mar�o    alta de 4,3%

    Abril    alta de 3,4%


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