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Estado de Minas

Romerinho tem melhora e ainda n�o se submeter� a pesquisa experimental nos EUA

Estudante de 17 anos ganhou nos EUA nova chance de tratamento convencional contra a leucemia linfobl�stica aguda, antes de se submeter a pesquisa experimental, devido a uma inesperada melhora


postado em 08/06/2016 06:00 / atualizado em 08/06/2016 21:09

Romerinho com a médica Cláudia de Bessa, na Califórnia: segundo ela, jovem teve melhora acentuada(foto: Divulgação)
Romerinho com a m�dica Cl�udia de Bessa, na Calif�rnia: segundo ela, jovem teve melhora acentuada (foto: Divulga��o)
Foi tamanha a esperan�a levada na bagagem do Brasil que, depois de embarcar h� 22 dias para os Estados Unidos, o estudante Romero Junio do Esp�rito Santo, o Romerinho, que completou 17 anos na Calif�rnia (em 21 de maio), ganhou nova chance de tratamento contra a leucemia linfobl�stica aguda antes mesmo de se submeter � pesquisa cl�nica experimental na cidade de Duarte. Depois de refazer os exames no hospital City of Hope, dos quais teve o �ltimo resultado ontem, a hematologista Cl�udia de Bessa Solmucci detectou que Romerinho teve melhora acima do esperado no quadro de sa�de.

“Apesar disso, ainda n�o significar a cura, existe a possibilidade de tentar um passo anterior ao da pesquisa, que � mais arriscada”, afirma a m�dica, que acompanha o caso h� nove anos e se tornou madrinha de crisma do garoto. Segundo Bessa, ao tomar a quimioterapia oral, indicada apenas para manter a estabilidade do paciente ainda no Brasil, durante os 15 dias da campanha recorde de solidariedade e de doa��es que uniu milhares de pessoas em torno da causa #somostodosromerinho, o estudante teve uma resposta fora da curva.

Em 2014, o garoto fez um transplante de medula �ssea,  doada por Carolina, sua irm� mais nova, de 8, mas a leucemia apareceu logo depois no sistema nervoso central. “Posso dizer que a �nica esperan�a � o tratamento nos Estados Unidos”, sentenciou a especialista, na �poca. “N�o � o esperado que o paciente responda a qualquer tratamento ap�s duas recidivas, sendo uma na medula e outra no sistema nervoso. Tanto � que os grandes centros de transplante brasileiros consultados n�o indicaram tratamento adicional. O paciente foi considerado fora de possibilidade terap�utica. Ou seja, a recupera��o de Romerinho agora foi uma surpresa”, diz a m�dica.

A hematologista explicou que, quando a doen�a volta depois de um transplante, a perspectiva de cura � muito pequena, da� a necessidade de buscar outro tratamento que n�o seja t�o t�xico e garanta maior sobrevida. Pensava-se que a esperan�a viria da pesquisa, que come�ou h� cerca de quatro anos na Calif�rnia, testando a efic�cia de uma muta��o gen�tica no sistema imunol�gico, de forma que o organismo do paciente conseguisse reconhecer as c�lulas doentes. “Ao chegar aos EUA, por�m, as c�lulas de Romerinho tinham desaparecido e as da irm� voltaram a predominar na medula. Nesse caso, usando o mesmo princ�pio te�rico, vamos estimular os linf�citos T da irm� a combater as c�lulas D do Romerinho”, afirma. A chamada infus�o de linf�citos � um tratamento mais simples, realizado inclusive no Brasil.

H� possibilidade de o tratamento alternativo ser suficiente para a leucemia n�o voltar. “Mas s� o tempo dir�. Romerinho sempre foi um paciente diferente, mas o c�ncer � trai�oeiro”, explica ela, lembrando que o estudante dever� permanecer este ano  no hospital. Se a doen�a voltar, Romerinho ainda poder� ser submetido � pesquisa cl�nica. Ela completa: “Quem sabe, a vibra��o das ora��es e boas energias possam ter ajudado nessas modifica��es do quadro”, diz a m�dica, que se manifesta como esp�rita, mas afirma agir com base na ci�ncia na lida com os pacientes.

At� agora, a fam�lia se mant�m recolhida, preocupada em organizar a documenta��o e com os exames de sa�de de Romerinho. “Estou em paz, com o cora��o aliviado, acreditando que tudo vai dar 100% certo”, diz a m�e do garoto, Simone Silva do Esp�rito Santo, que nunca duvidou da possibilidade de recupera��o do filho. O pai, Romero, j� retornou ao Brasil para retomar os neg�cios da papelaria da fam�lia, em Contagem. Perguntado, por meio de mensagens, sobre o tratamento, Romerinho responde que est� “bem”. A m�e se diz satisfeita com o curso de ingl�s do jovem no Brasil, que se formaria ano que vem e j� havia sido convidado a dar aulas. “Est�o confundindo Romerinho com um americano. As crian�as tiram de letra a adapta��o, n�o �?”, completa a m�e, que se instalou com a fam�lia em uma casa de classe m�dia e j� fez amizade com a tradutora brasileira indicada pelo hospital para acompanhar o caso.


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