S�o Paulo, 16 - A mineradora Samarco - pertencente � Vale e � BHP Billiton - t�m condi��es de retomar as opera��es ainda em 2016, mas isso depende de libera��o de licen�as que passam por decis�es t�cnicas, pol�ticas e sociais, de acordo com an�lise de diretor de controladoria e rela��es com investidores da Vale, Rog�rio Nogueira.
O executivo ponderou, no entanto, que a data para retomada das opera��es permanece incerta. Por conta desse cen�rio, ele admitiu a possibilidade de faltarem recursos futuramente para cumprir com as obriga��es impostas para compensa��es dos estragos provocados pela ruptura da barragem. At� aqui, a Samarco j� realizou investimentos em compensa��es que totalizam "algumas centenas de milh�es de d�lares", conforme mencionou o diretor durante reuni�o promovida pela Associa��o dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), na capital paulista.
Se faltarem recursos, Nogueira afirmou que a Vale considera realizar aportes, embora as d�vidas da Samarco n�o contem com garantias do acionistas, segundo o executivo. "A d�vida da Samarco n�o tem garantia dos acionistas. Ent�o, qualquer aporte que venhamos a fazer, tem a perspectiva de retomada das opera��es. N�o iremos faz�-lo se n�o houver a perspectiva de que a Samarco voltar� a operar", afirmou.
Nogueira acrescentou que o acordo assinado por Samarco, Vale e BHP Billiton atribui aos acionistas apenas uma responsabilidade subsidi�ria. Ou seja, os acionistas s� fariam aportes no caso de incapacidade financeira da Samarco. Isso, por�m, n�o � o cen�rio mais prov�vel, ponderou o diretor. "O nosso cen�rio-base � de que a Samarco tem condi��es de voltar a operar", frisou.
Nogueira explicou que a �nica parte afetada da cadeia industrial da Samarco foi a barragem para dep�sito de rejeitos, o que poderia ser contornado em car�ter transit�rio por meio da deposi��o dos rejeitos em cavas at� que uma solu��o definitiva seja implantada.
"Estamos com um processo de licenciamento para voltarmos a operar com a Samarco. Tendo isso, a retomada � relativamente simples. H� condi��es de voltar a operar neste ano, mas isso depende do apoio da sociedade", afirmou h� pouco o executivo.
Acordo
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV), afirmou em maio que iria rever o acordo firmado entre o governo da presidente afastada, Dilma Rousseff, os Estados de Minas Gerais e Esp�rito Santo, e as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton para recupera��o socioecon�mica e ambiental da trag�dia em Mariana (MG).
O acordo previa R$ 20 bilh�es de investimento por parte das empresas na recupera��o da regi�o. Segundo o ministro indicou na ocasi�o, o acordo d� brechas para o descumprimento de obriga��es legais, al�m de n�o ter sido devidamente discutido com a sociedade, na sua vis�o.