
S�o tr�s processos no TCE, como explica o procurador-geral adjunto do munic�pio, H�rcules Guerra. Segundo ele, nos dois primeiros, o presidente do Tribunal de Contas, Sebasti�o Helv�cio, rejeitou liminar pleiteada pelas empresas para suspens�o da concorr�ncia. Afirmou que a disputa apresentava razo�vel competitividade e que as cl�usulas do edital questionadas estavam legalmente fundamentadas. Mas, no terceiro, houve a suspens�o da licita��o, por decis�o da conselheira Adriene Andrade.
O TCE informou, por meio de nota, que, em 25 de agosto do ano passado, o Colegiado da Primeira C�mara do tribunal referendou a decis�o da conselheira Adriene Andrade, com base em poss�veis irregularidades apontadas ao �rg�o. “O fundado receio de grave les�o ao er�rio, decorrente da plausibilidade da tese apresentada pelo denunciante, capaz de comprometer a vantajosidade e a economicidade da contrata��o pretendida”, foi o principal argumento apresentado pela relatora ao justificar a suspens�o da concorr�ncia.
Na pr�tica, de acordo com o procurador, o que foi questionado pelas concorrentes autoras das a��es e que levou � suspens�o da disputa foi o valor de R$ 1 milh�o de outorga e a forma de pagamento, prevista para ser quitada � vista. “As empresas deixaram isso claro. Houve at� sugest�o de dividir o pagamento durante os 20 anos da concess�o”, explicou H�rcules. Segundo a PBH, o Executivo j� apresentou todos os argumentos ao TCE e aguarda um posicionamento da corte de contas para dar prosseguimento ao processo. “O munic�pio entende a import�ncia da atua��o do tribunal, mas esse processo precisa ser finalizado, para que, se a licita��o n�o estiver correta, possamos reformul�-la. Do contr�rio, que o processo seja liberado para ser conclu�do, porque os rel�gios s�o importantes e trazem informa��es �teis ao cidad�o”, afirma o procurador.

Entenda o entrave
O contrato com a empresa respons�vel pelos rel�gios digitais de BH, instalados em 2013, venceu no in�cio de 2013. Desde ent�o, houve contratempos na licita��o para a escolha do novo fornecedor, alvo de contesta��es e, depois de ficarem desligados, os rel�gios foram retirados de ruas e avenidas de BH ao longo de 2014. A concorr�ncia s� foi retomada em outubro daquele ano. Mas, em agosto do ano passado, foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), que apura se o processo pode trazer preju�zo aos cofres p�blicos municipais. Desde ent�o, a licita��o est� parada e ainda n�o h� previs�o de retorno.