
O vazamento de g�s de uma canaliza��o da Gasmig causou transtornos e levou medo a moradores, comerciantes e turistas na Savassi, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. A situa��o foi provocada por uma retroescavadeira que atingiu o cano na Rua Gon�alves Dias, esquina com Rio Grande do Norte. Um quarteir�o foi fechado pelo Corpo de Bombeiros, que isola a �rea. O cheiro forte deixou algumas pessoas com mal-estar. O barulho da sa�da do g�s p�de ser ouvido a dist�ncia. A empresa respons�vel pela rede afirma que n�o h� risco de explos�o.
A ocorr�ncia come�ou a ser atendida pelo Corpo de Bombeiros por volta das 15h35. Segundo uma funcion�ria da Gasmig, que n�o quis se identificar, uma empresa terceirizada realizava obras com uma retroescavadeira quando atingiu a canaliza��o. Ningu�m ficou ferido. Os militares foram chamados assim que o fato ocorreu e fecharam o quarteir�o.
O barulho do vazamento p�de ser ouvido a uma dist�ncia de dois quarteir�es do local. Algumas pessoas que moram ou trabalham pr�ximo ao local reclamaram de dores de cabe�a e enjoo devido ao cheiro forte do g�s. Um plano de conting�ncia, que envolve o Corpo de Bombeiros, a Pol�cia Militar e a BHTrans, foi colocado em pr�tica. Um quarteir�o foi isolado na regi�o.
Para tentar sanar o problema, uma outra retroescavadeira foi enviada ao local pela Gasmig e ela perfura o solo. Em seguida, uma outra pe�a ser� usada para fazer o pin�amento da tubula��o para estancar o vazamento. O fornecimento de g�s na regi�o est� normal e n�o h� previs�o do t�rmino dos trabalhos. O gerente de manuten��o da empresa, Isa�as Carlos de Azevedo, tranquilizou os moradores e minimizou o risco de explos�o. “O g�s natural � mais leve que o ar e o g�s de cozinha. Com isso, se dissipa na atmosfera. N�o h� risco de explos�o”, afirmou. Por volta das 18h, a energia el�trica foi desligada na regi�o.
Por causa do fechamento do quarteir�o, muitos moradores est�o nervosos e impacientes, pois tentam sair ou entrar nos pr�dios, mas s�o impedidos devido ao per�metro de seguran�a. O motorista de betoneira Ant�nio Alexandre Lisboa, que estava no local quando come�ou o vazamento, reclama de preju�zo. “Eu estava do lado da retroescavadeira quando a rede da Gasmig foi atingida. Fui orientado a desligar o caminh�o e sair do local, com isso, n�o teve como deixar acionado o bal�o onde fica o concreto. Sem ficar em movimento, o material estragou”, contou.
Mesmo com a empresa descartando o risco de explos�o, a escola de arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi esvaziada. A ordem foi dada pelo diretor da escola, Frederico de Paula, que alegou que a medida � por precau��o. “O barulho do vazamento � muito alto e o g�s estava vazando com uma press�o absurda”, disse. O diretor alegou que s� voltaria para o pr�dio com funcion�rios e alunos depois que tivesse absoluta certeza de que n�o haveria mais riscos. “A escola est� toltalmente aberta e o g�s pode ter se acumulado dentro. Essa � minha preocupa��o”, completou.
Uma palestra marcada para esta noite na escola foi cancelada. Segundo o diretor, a mulher do palestrante, que � alem�, estava hospedada em um hotel da regi�o. Depois do vazamento, ela pediu para ser levada para outro pr�dio, pois se sentiu insegura de continuar a estadia no im�vel. A funcion�ria p�blica aposentada Rosimary Lisboa, que mora na �rea do quarteir�o que foi fechado, disse que as obras podem ter agravado o problema. “Desde as 14h havia um cheiro forte de g�s na regi�o. Acredito que a m�quina, ao fazer o reparo, apenas aumentou o problema”, contou.
Alguns motoristas que estavam com carros estacionados no quarteir�o isolado pelo Corpo de Bombeiros preferiram n�o arriscar. Empurraram os carros a uma dist�ncia consider�vel do local para depois ligar o motor. Todos foram orientados pelo Corpo de Bombeiros.
RB