Uma tentativa de assalto no Centro de Belo Horizonte, na noite desse s�bado (9) terminou com um inocente morto e dois feridos. Mas, o que mais intriga a pol�cia, � que suposta v�tima e autor desapareceram no meio da ocorr�ncia. E, no fim de uma hist�ria cheia de pontos ainda a esclarecer, v�tima e autor deixaram de ser os protagonistas do roubo para recair sobre quem apenas tentou ajudar uma mulher que estava sendo atacada por um ladr�o, na Rua dos Tupinamb�s, em frente ao Senac.
Eram quase 20h30, quando clientes e dono de um bar ouviram uma mulher de cor parda gritando por socorro. Um homem lhe aplicava uma gravata na tentativa de tomar sua bolsa. A maioria dos clientes correu para ajud�-la, quando ouviram v�rios disparos. A Pol�cia Militar, que patrulhava as imedia��es, ouviu no r�dio que estavam ocorrendo disparos na Tupinamb�s. Ao chegarem ao local, os militares perceberam que o vigia do Senac, Gleison da Silva Lopes, de 39 anos, estava sangrando.
O dono do Bar do Melo, Jos� Ermelindo Nazaro, de 43, estava no balc�o fechando a conta de um cliente quando viu a mulher gritar. Logo depois de pular o balc�o, ouviu os tiros e se agachou. Ele conta que foi uma correria generalizada. Ao sair para a rua, viu um de seus clientes, Wellington Queiroga Camilo, de 25, caminhando em sua dire��o at� cair no ch�o, ferido no peito. Ele foi socorrido ao Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII, mas n�o resistiu e morreu. Ele trabalhava numa pizzaria na Avenida Amazonas e todos os dias ia ao bar.
Outro cliente do estabelecimento, Natanael Silva de Andrade, de 23, tomava cerveja com um amigo quando viu a confus�o e tamb�m quis ajudar. Depois dos estampidos, o amigo se aproximou e percebeu que ele havia sido baleado no bra�o e no peito. Natanael foi encaminhado para o HPS, bem como Gleison, que est� sob escolta da pol�cia. A PM apreendeu a arma do crime e muni��es, mas n�o sabe o que ocorreu com a mulher nem com o assaltante, que desapareceram, sem mesmo constar no boletim de ocorr�ncia.
Jos� Nazaro conta que viu o momento em que os dois sa�ram correndo. Ele acredita que Gleison tenha pensado, no mento de tens�o, que as pessoas que quiseram ajudar eram comparsas do bandido. “� a �nica explica��o para ele atirar em algu�m que nada tinha a ver com a hist�ria”, diz.