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Estado de Minas

Par�quia de Santana, no Bairro Serra, completa 80 anos

Comunidade comemora os 80 anos da par�quia de Santana, que congrega fi�is cativos em torno do templo dedicado � m�e de Maria, muitos deles batizados e crismados no local


postado em 25/07/2016 06:00 / atualizado em 24/07/2018 15:42

(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)

Quando a Igreja de Santana foi constru�da, na esquina das ruas Bernardo Figueiredo e Pirapetinga, no Bairro Serra, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais tinha apenas 39 anos. Era um templo simples, como uma capelinha de beira de estrada, lembra a aposentada Heliete Brand�o Maia, de 71 anos, batizada e crismada aos 7 no local pelo primeiro arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Ant�nio dos Santos Cabral. A aposentada conta que viu o pr�dio ser demolido e surgir no lugar uma constru��o moderna, a que existe hoje.

Do passado, restaram lembran�as e boas hist�rias da constru��o simples, inclusive do que seria um milagre atribu�do � Santana, m�e da Virgem Maria e av� de Jesus. “Um padre da �poca estava sendo acusado de m� administra��o e o madeirame da antiga igreja, que era muito velho, come�ou a florir. Isso serviu para o povo como um sinal de Santana em defesa do sacerdote, de que ele tinha raz�o”, conta o p�roco Danilo C�sar. Essa e outras hist�rias foram lembradas ontem por fi�is cativos, como Heliete, na comemora��o dos 80 anos da par�quia.

De acordo com o p�roco, o local chegou a ser escolhido para a constru��o da primeira catedral de Belo Horizonte, segundo ele, pensada como um espa�o maior para acolher os fi�is da arquidiocese. A nova igreja de Santana, segundo ele, tem cerca de 40 anos. Uma mudan�a recente, e que chama a aten��o de todos que chegam ao templo, � que os bancos dos fi�is s�o voltados para o corredor por onde as pessoas passam. A mesa do altar foi transferida para o centro da nave, com a imagem de Cristo.

“Foi uma iniciativa da pastoral no sentido de fazer com que as celebra��es eduquem a comunidade para a conviv�ncia, para o esp�rito comunit�rio, em torno do mist�rio de Cristo. A ideia � acentuar ou trazer � tona o que � uma verdade da nossa f�: Cristo � o centro das novas vidas”, explica o padre. A imagem de Santana Guia fica do lado direito da entrada principal do templo. Uma pequena imagem de Santana Mestra, do s�culo 18, � mantida em uma redoma em local seguro.

Fieis participaram da missa celebrada na manhã de ontem na Igreja de Santana pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor (foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
Fieis participaram da missa celebrada na manh� de ontem na Igreja de Santana pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor (foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)


O anivers�rio da igreja � comemorado mesmo na ter�a-feira, dia 26, que � o Dia de Santana. As festividades foram antecipadas para ontem, segundo o padre, porque pastoralmente era mais conveniente. No s�bado, houve uma vig�lia, e, em seguida, uma festa de rua com barraquinhas. Ontem, foram celebradas duas missas, �s 10h, presidida pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, e outra �s 19h, celebrada pelo p�roco. Ele destacou a import�ncia da par�quia para a comunidade da Serra: “Os 80 anos da par�quia confirmam uma hist�ria de vida e do evangelho na sociedade. Uma par�quia existe para ser, no meio das resid�ncias, uma escola de f�”.

ANONIMATO
Padre Danilo conta que Santana � a m�e de Maria e av� de Jesus que, na beleza do anonimato, foi uma mulher de Deus. “Temos v�rias imagens de Santana, sempre com a Maria ainda crian�a. Santana Mestra � a que est� sentada com o livro ensinando Maria a ler as escrituras. Isso tem um sentido teol�gico, porque Maria � aquela que fica gr�vida do Esp�rito Santo. O verbo se faz carne, a palavra se faz carne no seio da virgem”, conta o padre. Tem ainda, segundo ele, a Santa Guia, que est� de p� conduzindo Maria. �s vezes, ela traz tamb�m o rolo das escrituras, mostrando-as para Maria“, ensina.

A maioria dos fi�is que frequenta a par�quia � de idosos, muitos batizados e crismados no local e que a vida toda buscaram o templo para exercer a sua f�. Para o padre Danilo, � edificante ter fi�is que nasceram junto com a par�quia e que continuam presentes. Recentemente, conta, uma senhora o procurou falando das suas dificuldades com a fam�lia, mas que ela foi adotada por Santana, motivo da sua presen�a constante na igreja. “Ela exerce essa experi�ncia de f� a partir da av� do Senhor, m�e de Maria, de uma maneira muito bonita, levando isso para exist�ncia dela. A exist�ncia dela � significada pela experi�ncia religiosa”, disse o padre, lembrando sobretudo as “vov�s” e os “vov�s” que frequentam a par�quia. “Santana evoca muito essa imagem dos av�s. Ent�o, a gente tem feito muito tamb�m esse trabalho de valorizar na nossa par�quia essa acolhida aos idosos, �s pessoas que est�o sempre na nossa igreja e na nossa sociedade muitas vezes esquecidas”, disse o padre.

Para o bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, Dom Edson Ariolo, que celebrou missa na Par�quia de Santana na quinta-feira � noite, a data � importante pois s�o 80 anos de evangeliza��o, sendo a casa da palavra, da ora��o, do acolhimento e do ensinamento. (Com Paulo Henrique Lobato)

No alto, fachada da igreja de hoje, que substituiu o templo (acima) erguido há 80 anos no Bairro Serra, Região Centro-Sul de BH: local chegou a ser cogitado para abrigar catedral(foto: Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais/Divulgação)
No alto, fachada da igreja de hoje, que substituiu o templo (acima) erguido h� 80 anos no Bairro Serra, Regi�o Centro-Sul de BH: local chegou a ser cogitado para abrigar catedral (foto: Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais/Divulga��o)


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