A reuni�o, que teve a participa��o do presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Sa�de de Minas Gerais (Cosems-MG), Jos� Maur�cio Lima Rezende, e do subsecret�rio de Estado de Vigil�ncia e Prote��o � Sa�de, Rodrigo Fabiano do Carmo Said, entre outros, teve por objetivo discutir as dificuldades enfrentadas no combate � doen�a nos munic�pios, que se queixam de atrasos em repasses de recursos do estado, bem como medidas adotadas pela SES, que v� a perspectiva de chuvas intensas no fim do ano com preocupa��o.
Jos� Maur�cio, presidente do Cosemg, apontou como uma das maiores dificuldades a morosidade da transfer�ncia de recursos. Segundo disse, o montante acumulado, devido pelo estado aos munic�pios para investimento em sa�de, teria chegado a R$ 1,03 bilh�o neste ano, dos quais R$ 360 milh�es come�aram a ser repassados somente em julho.
Para o conselheiro, os atrasos na libera��o dos recursos est�o prejudicando a sa�de como um todo, seja na aten��o b�sica ou no atendimento hospitalar, e, consequentemente o planejamento de a��es de combate � dengue. “Estamos num momento �mpar de escassez de chuvas, ideal para a��es preventivas contra a dengue. Se nada for feito agora, poderemos ter casos mais severos da doen�a, diante da possibilidade de aumento das pr�ximas chuvas”, frisou Jos� Maur�cio, que ainda destacou a import�ncia da preven��o da zika e da chikungunya, que tamb�m t�m o mosquito Aedes aegypti como vetor.
Admitindo que “o cen�rio � preocupante”, o subsecret�rio estadual de Vigil�ncia e Prote��o � Sa�de, Rodrigo Said, explicou que as dificuldades financeiras n�o s�o exclusividade do estado e que a SES vem atuando em parceria com os munic�pios. Segundo ele, foram repassados em 2015 um total de R$ 66 milh�es exclusivamente para a��es voltadas para o combate � dengue nos munic�pios.
A preocupa��o maior, pontuou ele, � com a perspectiva de que se tenha um per�odo bastante chuvoso no final deste ano, quando aumenta a chance de prolifera��o do mosquito transmissor da doen�a. “O risco de epidemia de dengue � permanente em Minas, onde h� os quatro sorotipos do v�rus em circula��o, embora o n�mero 1 ainda seja o predominante”, afirmou Said.
De acordo com o subsecret�rio, Minas tem quatro casos de microcefalia associados � zika, nas cidades de Montes Claros, Uberaba, Sete Lagoas e Belo Horizonte. Al�m disso, o estado monitora atualmente 460 gestantes por meio de uma rede de prote��o e cuidado. J� a febre chikungunya aut�ctone (adquirida no pr�prio territ�rio mineiro) foi detectada na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.
(RG)