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Estado de Minas

BH abre Olimp�ada com menos p�blico e maior vigil�ncia

Com menor demanda que na Copa, in�cio dos Jogos no Mineir�o tem policiamento e fiscaliza��o mais pesados. Transporte foi aprovado, mas muita gente ainda se queixa da falta de informa��es


postado em 04/08/2016 06:00 / atualizado em 04/08/2016 08:28

Revista nas imediações do estádio foi rigorosa e feita em mais de uma barreira. Policiamento reforçado garantiu tranquilidade de torcedores, como americanos e neozelandeses, mas para muitos faltaram indicações claras(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Revista nas imedia��es do est�dio foi rigorosa e feita em mais de uma barreira. Policiamento refor�ado garantiu tranquilidade de torcedores, como americanos e neozelandeses, mas para muitos faltaram indica��es claras (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Uma seguran�a policial t�o r�gida n�o vista sequer na Copa do Mundo garantiu a paz na abertura dos Jogos Ol�mpicos em Belo Horizonte e afugentou figuras que dominavam os arredores do Mineir�o durante o Mundial de futebol, assim como em jogos regulares. Flanelinhas que extorquiam dinheiro de motoristas e vendedores ambulantes que cercam o est�dio simplesmente desapareceram ontem das proximidades do Gigante da Pampulha, na rodada dupla de futebol feminino que abriu a participa��o mineira nas Olimp�adas. Fruto da presen�a implac�vel de policiais e fiscais municipais de posturas, mas tamb�m do p�blico t�mido: foram apenas 9.565 pagantes, o que inclusive fez com que os acessos ao anel superior do est�dio permanecessem fechados. Se por um lado houve tranquilidade para a seguran�a dos torcedores e organiza��o quanto ao transporte, sobretudo coletivo, muita gente se queixou de falta de informa��es sobre estacionamentos, t�xis, pontos de �nibus e boatos sobre a proibi��o do uso de camisas de clubes.

Em meio ao tr�fego pesado do hor�rio de pico, a op��o de seguir para o est�dio por �nibus do Move se mostrou mais eficiente que o deslocamento com carros. Circulando com apenas duas paradas pela pista exclusiva de tr�fego da Avenida Presidente Ant�nio Carlos, o Move da linha 55, especialmente designado para deixar a Esta��o Rio de Janeiro at� o Mineir�o, gastou 25 minutos no trajeto, com elogios dos passageiros. “Superseguro e r�pido. � at� covardia comparar com quem teve de rodar de carro. E ainda � bom ir no �nibus, porque a gente vai em clima de festa, esquentando para os jogos”, disse o aposentado Jackson Romualdo Silva, de 61 anos, belo-horizontino, que levou o filho, a cunhada e os sobrinhos paraenses para a partida de futebol feminino das 19h, entre Estados Unidos e Nova Zel�ndia. “Fiquei com medo de assistir ao jogo das 22h (Fran�a x Col�mbia) por causa da seguran�a, mas, com esse grande n�mero de policiais, n�o me pareceu problema”, disse Silva.

A cunhada dele, a dona de casa Helgga Lira, de 39, ainda n�o teve tempo de conhecer a Pampulha e outras atra��es tur�sticas, mas elogiou a organiza��o dos Jogos Ol�mpicos em BH, sobretudo pela forte presen�a de policiais no caminho para o Centro, nas esta��es e no est�dio. “A festa est� linda, uma energia muito bonita e seguran�a que nos d� muita tranquilidade para torcer”, disse.

(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
CONFUSO Contudo, nem todos os �nibus tiveram um percurso tranquilo. Em um dos ve�culos nos quais a equipe do Estado de Minas embarcou, o motorista, mesmo auxiliado por um agente de bordo com os planos especiais da Olimp�ada em m�os, se confundiu na Avenida Ant�nio Abrah�o Caram, a caminho do est�dio, e acabou parado pela pol�cia de tr�nsito. “Onde � que eu desembarco?”, perguntou o condutor do ve�culo articulado, que ficou enviesado na via. O policial explicou e, ao arrancar, o motorista, ainda nervoso, quase atropelou um dos ambulantes credenciados que atravessavam a rua.

No entorno do Mineir�o, a seguran�a de barreiras policiais restringia o tr�fego e o acesso de pedestres logo a 800 metros do est�dio. Quem estava a p� s� passava apresentando ingresso. Nesse ponto ocorria a primeira revista, mais superficial. Adiante, para ingressar na esplanada do Mineir�o, nova revista, desta vez mais minuciosa, com detectores de metal.

SEM ASS�DIO Na Copa do Mundo, os arredores do est�dio foram tomados por flanelinhas e ambulantes clandestinos. Desta vez, nem sinal deles. Para fugir dos pre�os altos praticados dentro do est�dio, s� recorrendo aos bares do entorno do Mineir�o que n�o foram fechados, ou trazendo o pr�prio isopor com bebidas e comida. Foi o que fez um grupo de analistas de sistemas de BH que estacionaram o carro antes do jogo e ficaram tomando cerveja com aperitivos que haviam levado. “Est� caro demais l� dentro. Ent�o, sa�mos mais cedo do servi�o e j� estamos tomando umas. Incr�vel poder estacionar aqui sem flanelinhas encarando e sem nenhum ambulante vendendo churrasquinho. Na Copa do Mundo a gente veio e tinha tudo isso”, comparou Georges Lee Vieira, de 25.

A seguran�a era tanta que um grupo de norte-americanos e de neozelandeses com suas bandeiras passeava pela Pampulha, a caminho para o Mineir�o, sem qualquer preocupa��o com assaltos ou terrorismo. E ainda se confraternizaram, apesar de suas sele��es serem advers�rias. “Est� tudo muito tranquilo, a cidade se organizou. Levamos 15 minutos da Savassi para o est�dio”, disse o norte-americano Drew Beaurline, de 26. Os neozelandeses tamb�m gostaram da organiza��o e contaram que ficar�o para mais um jogo em BH. “Tudo lindo. Vamos surpreender e vamos ganhar. Queremos fazer a final contra o Brasil”, disse Hayden Nayler, de 25.

Jogo a jogo

Diferen�as do ambiente em Belo Horizonte nas duas festas mundiais do esporte

(foto: Marcílio de Moraes/EM/DA Press - 29/6/14)
(foto: Marc�lio de Moraes/EM/DA Press - 29/6/14)


Copa do Mundo

» P�blico nos jogos: m�dia de 57.558
» Turistas em BH: 500 mil pessoas
» Flanelinhas: operaram no entorno do Mineir�o
» Ambulantes: vendiam at� diante das barreiras policiais
» �nibus especiais: partiam de quatro pontos diretamente para o Mineir�o
» Desembarque: coletivos deixavam torcedores a 1 quil�metro do est�dio
» Ingressos: eram exigidos a uma dist�ncia de 500 metros do est�dio
» Mobiliza��o de torcedores: a festa come�ava nos arredores, onde pessoas compravam camisas em varais de vendedores e faziam churrasco pr�ximo aos carros
»  Invas�o de estrangeiros na cidade

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press)


Olimp�ada

» P�blico no 1º jogo: 9.565 pagantes
» Turistas em Minas: 100 mil pessoas
» Flanelinhas: afastados pelo policiamento e pelo p�blico pequeno
» Ambulantes: afugentados por fiscaliza��o e baixa demanda
» �nibus especiais: partem apenas da Rua Rio de Janeiro, no Centro de Belo Horizonte
» Desembarque: coletivos deixam torcedores na porta do est�dio
» Ingressos: ningu�m se aproxima sem eles a menos de 800 metros do est�dio
» Mobiliza��o de torcedores: poucas pessoas em carros levaram bebida e comida de casa
» Movimento t�mido de turistas, sobretudo estrangeiros


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