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Estado de Minas

Febre da ca�ada aos pok�mons se espalha por Belo Horizonte

Hipnotizados pelo aplicativo lan�ado na quarta-feira, jogadores correm a diversos pontos de BH, de olho nas telas dos celulares. Movimento leva PM a destacar prote��o para 'ca�adores'


postado em 05/08/2016 06:00 / atualizado em 05/08/2016 07:58

Grupo de amigos caça monstros virtuais na Praça da Liberdade (Região Centro-Sul), um dos
Grupo de amigos ca�a monstros virtuais na Pra�a da Liberdade (Regi�o Centro-Sul), um dos "gin�sios" definidos na base cartogr�fica do Google para o jogo (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
A ca�ada aos monstrinhos invadiu a capital mineira trazendo divers�o, mas tamb�m preocupa��o. Menos de 24 horas depois de o jogo Pok�mon Go ter sido lan�ado no Brasil, as tarefas e criaturas do game de smartphone se espalharam virtualmente por monumentos, fachadas de edif�cios e pra�as de Belo Horizonte, levando inclusive a Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG) a orientar os comandantes de batalh�es da corpora��o a preparar um policiamento espec�fico para dar prote��o aos ca�adores. Os perigos vislumbrados pelos militares s�o o roubo dos celulares dos jogadores que se aventuram em lugares ermos e escuros para cumprir as tarefas e capturar monstros, bem como os riscos de atropelamentos no meio das partidas. O policiamento, de acordo com a PM, ser� focado nos gin�sios virtuais, que s�o onde v�rios jogadores se confrontam para disputar quem vai ser o “dono” daquele espa�o, ou seja, o melhor jogador da �rea. H� gin�sios na Pra�a da Liberdade, no Col�gio Arnaldo Jansen, na Pra�a Tiradentes, na Savassi, na igrejinha da Pampulha e em outros pontos importantes. Basta que o local conste no mapeamento do Google, que � a base cartogr�fica do jogo.

Um banner com alertas contendo os personagens do jogo com boinas de policiais militares tamb�m foi lan�ado e est� sendo compartilhado pelas redes sociais pela PM. “Ao brincar com o seu celular, lembre-se de cuidar da sua seguran�a. Evite locais afastados e mal iluminados”, aconselha a propaganda. “Adequamos nossa forma de policiamento � realidade que s�o v�rias pessoas se juntando em locais p�blicos para essa pr�tica. Por isso, a PM tem de ser din�mica e se adiantar � situa��o para promover a seguran�a dos jogadores”, afirma o chefe da Sala de Imprensa da corpora��o, capit�o Fl�vio Santiago.

Um dos locais mais povoados por ca�adores de monstrinhos em Belo Horizonte � a Pra�a da Liberdade, onde dezenas de jovens em pequenos grupos ficaram ontem zanzando de um lado para o outro procurando com o visor do celular pelas criaturas e itens que o jogo disp�e no espa�o. Muitos deles foram � pra�a preparados, utilizando cabos de recarga e baterias externas em mochilas para energizar seus celulares e n�o encerrar sua busca pelas criaturas por falta de energia. A grande aten��o que o jogo exige levou praticantes a trope�arem nos canteiros, trombar nos postes de ilumina��o, chutar os degraus do coreto, sair pisando pela grama e quase cair dentro das fontes. Entre os grupos de jovens havia gente que matava aula para jogar e at� uma jovem que admitiu estar faltando ao m�dico para ca�ar os bichinhos. “Tinha de ir � minha psic�loga, mas preferi matar a consulta para sair com os amigos para procurar pok�mons”, disse a estudante, de 18 anos.

Mas h� perigos maiores. Em sua corrida para capturar um monstro, o estudante de engenharia Guilherme Mendes Souza, de 18, n�o esperou o sem�foro fechar e correu entre os carros para alcan�ar a criatura virtual. “Olho para todos os lados antes de atravessar (as ruas) e tomo cuidado para n�o me distrair. O importante � ter consci�ncia de onde estamos, seja por causa de tr�nsito ou de ladr�es”, afirma. Al�m da mochila com o carregador de celular, o jovem foi para a pra�a com outros cinco amigos com roupas de gin�stica para poder correr bastante atr�s dos objetivos do jogo. “J� vim assim para a minha faculdade. At� porque, tem dois lugares de itens de pok�mon dentro da faculdade”, disse. A universit�ria Milena Lopes, de 18, foi com os amigos para v�rios lugares em busca dos monstrinhos virtuais. “J� passei pela Pra�a do Papa, da Assembleia, do Cora��o Eucar�stico, no Mangabeiras. Vamos aonde vemos que tem gente atraindo os pok�mons, para conseguir capturar mais”, disse.

O office boy Lucas Neiva, de 20, afirma ter uma vantagem sobre os demais competidores. “Como minha profiss�o me faz circular muito, aproveito para ca�ar os pok�mons. Mas gostei tanto do jogo, que at� no meu hor�rio de almo�o fiquei ca�ando os monstros na Pra�a Floriano Peixoto”, disse. O adolescente Vitor Francisco dos Santos Marques, de 16, conta que todos os colegas do Col�gio Tiradentes, em Santa Tereza, na Regi�o Leste de BH, passaram a entrada e o recreio na ca�ada aos pok�mons. “A gente s� fala disso. O jogo � legal demais. � �timo. O problema que vejo � s� a bateria durar”, disse.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
Os amigos Davi Freitas, 15, e Nathan Oliveira, de 14, encontraram pontos de concentra��o das criaturas na orla da Lagoa da Pampulha. Eles aproveitaram a possibilidade para ca�ar os bichos virtuais e encontraram cinco cada um nos arredores da Igreja S�o Francisco de Assis, a igrejinha da Pampulha. Nathan tamb�m viu no mapa pontos na frente da Casa do Baile e no Mineir�o. Na igrejinha, o aplicativo mostrava, inclusive, um gin�sio, mas Nathan n�o conseguiu entrar para iniciar uma batalha com o Pok�mon que dominava o local.

“Os meus ainda n�o t�m a for�a suficiente para entrar na arena”, brincou o jovem. Os dois amigos ainda est�o de f�rias, pois v�o fazer o ensino m�dio nos Estados Unidos e embarcam na semana que vem. Enquanto isso, aproveitaram para testar a nova febre. “Eu n�o estava gostando mais de jogar videogame em casa. Achei esse jogo muito divertido, voc� sai de casa e interage, movimentando o corpo”, diz Davi. Quando perguntados sobre o que os pais est�o achando da novidade, os dois desconversaram. “Meus pais est�o viajando para S�o paulo, mas acharam interessante”, comentou Davi. “J� os meus s� ficam rindo”, diz Nathan.

A reportagem testou o game com um olhar sobre a seguran�a e h� momentos em que o jogo exige que a pessoa tenha a aten��o fixa na tela do smartphone, sob o risco de ser derrotado pelos monstrinhos. N�o � raro as criaturinhas aparecerem no meio de ruas, exigindo que os jogadores atravessem essas vias para combater os oponentes antes que desapare�am. H�, inclusive, jogadores que em meio � travessia de avenidas  voltam correndo ao ser alertados sobre o aparecimento de um pok�mon do outro lado da rua.


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