
Um banner com alertas contendo os personagens do jogo com boinas de policiais militares tamb�m foi lan�ado e est� sendo compartilhado pelas redes sociais pela PM. “Ao brincar com o seu celular, lembre-se de cuidar da sua seguran�a. Evite locais afastados e mal iluminados”, aconselha a propaganda. “Adequamos nossa forma de policiamento � realidade que s�o v�rias pessoas se juntando em locais p�blicos para essa pr�tica. Por isso, a PM tem de ser din�mica e se adiantar � situa��o para promover a seguran�a dos jogadores”, afirma o chefe da Sala de Imprensa da corpora��o, capit�o Fl�vio Santiago.
Um dos locais mais povoados por ca�adores de monstrinhos em Belo Horizonte � a Pra�a da Liberdade, onde dezenas de jovens em pequenos grupos ficaram ontem zanzando de um lado para o outro procurando com o visor do celular pelas criaturas e itens que o jogo disp�e no espa�o. Muitos deles foram � pra�a preparados, utilizando cabos de recarga e baterias externas em mochilas para energizar seus celulares e n�o encerrar sua busca pelas criaturas por falta de energia. A grande aten��o que o jogo exige levou praticantes a trope�arem nos canteiros, trombar nos postes de ilumina��o, chutar os degraus do coreto, sair pisando pela grama e quase cair dentro das fontes. Entre os grupos de jovens havia gente que matava aula para jogar e at� uma jovem que admitiu estar faltando ao m�dico para ca�ar os bichinhos. “Tinha de ir � minha psic�loga, mas preferi matar a consulta para sair com os amigos para procurar pok�mons”, disse a estudante, de 18 anos.
Mas h� perigos maiores. Em sua corrida para capturar um monstro, o estudante de engenharia Guilherme Mendes Souza, de 18, n�o esperou o sem�foro fechar e correu entre os carros para alcan�ar a criatura virtual. “Olho para todos os lados antes de atravessar (as ruas) e tomo cuidado para n�o me distrair. O importante � ter consci�ncia de onde estamos, seja por causa de tr�nsito ou de ladr�es”, afirma. Al�m da mochila com o carregador de celular, o jovem foi para a pra�a com outros cinco amigos com roupas de gin�stica para poder correr bastante atr�s dos objetivos do jogo. “J� vim assim para a minha faculdade. At� porque, tem dois lugares de itens de pok�mon dentro da faculdade”, disse. A universit�ria Milena Lopes, de 18, foi com os amigos para v�rios lugares em busca dos monstrinhos virtuais. “J� passei pela Pra�a do Papa, da Assembleia, do Cora��o Eucar�stico, no Mangabeiras. Vamos aonde vemos que tem gente atraindo os pok�mons, para conseguir capturar mais”, disse.
O office boy Lucas Neiva, de 20, afirma ter uma vantagem sobre os demais competidores. “Como minha profiss�o me faz circular muito, aproveito para ca�ar os pok�mons. Mas gostei tanto do jogo, que at� no meu hor�rio de almo�o fiquei ca�ando os monstros na Pra�a Floriano Peixoto”, disse. O adolescente Vitor Francisco dos Santos Marques, de 16, conta que todos os colegas do Col�gio Tiradentes, em Santa Tereza, na Regi�o Leste de BH, passaram a entrada e o recreio na ca�ada aos pok�mons. “A gente s� fala disso. O jogo � legal demais. � �timo. O problema que vejo � s� a bateria durar”, disse.

“Os meus ainda n�o t�m a for�a suficiente para entrar na arena”, brincou o jovem. Os dois amigos ainda est�o de f�rias, pois v�o fazer o ensino m�dio nos Estados Unidos e embarcam na semana que vem. Enquanto isso, aproveitaram para testar a nova febre. “Eu n�o estava gostando mais de jogar videogame em casa. Achei esse jogo muito divertido, voc� sai de casa e interage, movimentando o corpo”, diz Davi. Quando perguntados sobre o que os pais est�o achando da novidade, os dois desconversaram. “Meus pais est�o viajando para S�o paulo, mas acharam interessante”, comentou Davi. “J� os meus s� ficam rindo”, diz Nathan.
A reportagem testou o game com um olhar sobre a seguran�a e h� momentos em que o jogo exige que a pessoa tenha a aten��o fixa na tela do smartphone, sob o risco de ser derrotado pelos monstrinhos. N�o � raro as criaturinhas aparecerem no meio de ruas, exigindo que os jogadores atravessem essas vias para combater os oponentes antes que desapare�am. H�, inclusive, jogadores que em meio � travessia de avenidas voltam correndo ao ser alertados sobre o aparecimento de um pok�mon do outro lado da rua.