
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, pelo menos quatro unidades de conserva��o estavam sendo atingidas pelas chamas ontem. Uma das situa��es mais cr�ticas era no Parque Nacional da Serra da Canastra, entre S�o Roque de Minas e Sacramento. Aeronaves e brigadistas tentavam apagar as labaredas que consumiam a vegeta��o local desde a �ltima sexta-feira. A situa��o se agrava por causa dos ventos fortes e do tempo seco. A suspeita � de que o fogo seja criminoso.
A situa��o tamb�m era cr�tica em outros pontos do estado, como no Monumento Natural de Itatiaia, entre Ouro Preto e Ouro Branco, onde uma aeronave da For�a-Tarefa Previnc�ndio (FTP) atuava ontem. Os brigadistas s�o levados para locais pr�ximos em caminhonetes. Mas, como as chamas est�o concentradas em �reas de dif�cil acesso, tinham de ser levados de helic�ptero at� os pontos de combate. Aproximadamente 34 agentes est�o em a��o na �rea de preserva��o. Brigadistas tamb�m combatiam ontem pontos de inc�ndio no Parque Estadual Serra do Cabral, em Buen�polis, na Regi�o Central de Minas, onde as chamas come�aram no domingo. Outro ponto foi o Parque Estadual Serra de Ouro Branco, onde as chamas se espalharam na noite de domingo e formaram diversas linhas de fogo, que foram debeladas ontem de manh�. A �rea queimada e as causas do inc�ndio n�o foram esclarecidas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Apesar de o fogo j� atingir reservas ambientais do estado, o uso de avi�es para controlar chamas ainda n�o vem ocorrendo. Isso porque, de acordo com o diretor de Preven��o e Combate a Inc�ndios Florestais da Semad, Rodrigo Belo, mesmo com contrato v�lido at� 27 de agosto para aluguel de 10 aeronaves – j� renovado para mais um ano – as demandas ainda podem ser controladas com o uso de helic�pteros. “At� duas semanas atr�s n�o t�nhamos o recurso para empenhar, mas agora j� h� verba dispon�vel. O contrato atual � de R$ 12 milh�es e assim que terminar, o outro, de R$ 15 milh�es, passa a valer para aluguel de avi�es e caminh�es-pipa”, afirma o diretor. Ele explicou, no entanto, que a mobiliza��o das aeronaves precisa atender a uma dist�ncia m�nima das pistas de pouso para abastecimento com �gua. “Se o intervalo entre um avi�o e outro for superior a 20 minutos, o combate com esse recurso passa a ficar ineficiente”, disse.
Os 10 avi�es s�o modelos Air Tractor – tr�s com capacidade para 1,5 mil litros, cinco para 2,2 mil litros e duas aeronaves para 3 mil litros. Al�m da dist�ncia de pistas de pouso, tamb�m s�o levadas em considera��o disponibilidade e efici�ncia dos avi�es em cada tipo e local do inc�ndio.

Em Minas, de janeiro a agosto de 2012 a 2016
2012 2.463
2013 2.056
2014 3.639
2015 2.081
2016 2.226 (at� 7/8)
Aumento de 6,9% em rela��o
ao per�odo de janeiro a agosto de 2015
* Focos de calor s�o �reas de eleva��o de temperatura detectadas via sat�lite, mas n�o s�o necessariamente inc�ndios
Inc�ndios em unidades de conserva��o
2015 198 (janeiro a agosto)
2016 196 (at� 7/8)
Tempo seco
Um dos motivos para o aumento de ocorr�ncias de inc�ndio em Minas � a baixa umidade relativa do ar. E, se depender das condi��es clim�ticas, a situa��o ainda vai se manter cr�tica. N�o h� previs�o de chuva para Belo Horizonte nos pr�ximos dias. De acordo com o Instituto PUC Minas TempoClima, as temperaturas devem se manter elevadas at�, ao menos, quarta-feira. Ontem, a m�xima em BH foi de 30,9 graus. Massa de ar seco que atua sobre Minas Gerais dificulta a forma��o de nuvens, afastando a possibilidade de chuva e elevando os term�metros. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) emitiu alerta de baixa umidade relativa do ar at� o fim da tarde de amanh�. O �ndice ficou em 25%, o que � considerado estado de alerta pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS).