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Estado de Minas

Pok�mon Go vira desafio nas escolas

Fen�meno de popularidade, game surge como nova batalha no meio estudantil. Escolas ainda se organizam para decidir como tratar do assunto, mas j� viram que proibir � in�til


postado em 09/08/2016 06:00 / atualizado em 09/08/2016 07:57

Os amigos Lucas Miranda Magalhães e Leonardo Silva-Contigli acreditam que o game, além de divertir, ajuda a descobrir a cidade e afasta o sedentarismo(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Os amigos Lucas Miranda Magalh�es e Leonardo Silva-Contigli acreditam que o game, al�m de divertir, ajuda a descobrir a cidade e afasta o sedentarismo (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)

Professores de todo o Brasil se viram diante de um desafio quando o jogo Pok�mon Go se espalhou como uma febre entre crian�as e adolescentes, ao ser liberado no pa�s. A novidade permite aos jogadores buscar as criaturas virtuais em todos os lugares – e claro que o ambiente escolar n�o ficou imune. De um dia para o outro, os profissionais de educa��o tiveram que lidar com o fen�meno que pegou muitos de surpresa. A prova do interesse que o jogo despertou entre estudantes � confirmada pelo fundador do AppProva, Matheus Goyas. O aplicativo com conte�do das disciplinas curriculares � usado como plataforma de estudo para alunos e atende a mais de 8 mil escolas p�blicas e privadas de todo o Brasil. Diante da “pokemania”, ele apresentou texto com recomenda��es (veja quadro) sobre o uso pedag�gico do jogo para a comunidade do aplicativo. Resultado: em tr�s dias, o conte�do foi acessado por mais de 20 mil profissionais. “Nosso objetivo n�o � estimular o uso, mas orientar a gest�o escolar sobre como se pode lan�ar m�o do fen�meno de maneira pedag�gica.”


O Estado de Minas entrou em contato com seis col�gios particulares da capital que reconhecem o novo desafio e informaram que o fen�meno ainda est� sendo avaliado do ponto de vista pedag�gico. Como as pra�as p�blicas, os p�tios das escolas tamb�m foram tomados pelos ca�adores na hora do recreio. “O jogo realiza o sonho de muita gente de capturar pok�mons na vida real. Tamb�m � uma forma de interagirmos com o ambiente. Temos que andar para conseguir cumprir objetivos”, afirma Vitor Fernandez, aluno do 7º ano do Col�gio Santo Ant�nio. Como ele, dezenas de colegas dedicam parte do intervalo das aulas ao jogo. “Tem muita gente que n�o gostava do desenho, mas que agora joga”, completa.

Com touca representando uma das criaturas, Henrique Luppi é um dos fãs do aplicativo(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Com touca representando uma das criaturas, Henrique Luppi � um dos f�s do aplicativo (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Henrique Luppi, de 11, � t�o f�, que inclusive usava uma touca na forma de um dos pok�mons mais evolu�dos, o Vaporeon. “Na sala de aula, os professores n�o deixam a gente jogar. Se deixassem, muita gente brincaria”, admite o menino, que baixou o aplicativo no dia em que foi liberado no Brasil e saiu acompanhado da m�e para a ca�ada em diferentes locais da cidade. Os amigos Lucas Miranda Magalh�es e Leonardo Silva-Contigli, ambos de 12, tamb�m s�o f�s do jogo e acreditam que, al�m da divers�o, o game ajuda a descobrir a cidade. “Passei a prestar aten��o em esculturas da Pra�a da Liberdade e grafites na Savassi”, afirma Lucas. Leonardo destaca que � uma forma de afastar o sedentarismo, uma vez que para capturar os seres virtuais � preciso caminhar.

O coordenador-geral do Col�gio Santo Ant�nio, Olavo S�rgio Campos, entende que proibir o jogo no ambiente escolar n�o � a melhor op��o, mas � preciso orientar os alunos sobre os riscos e para que usem sem que haja preju�zo para o aprendizado. “A preocupa��o de nossos coordenadores e professores � saber usar bem a tecnologia e disciplinar o uso”, diz. Para a estudante Anna Beatriz Sena da Mata Machado, de 18, a estrat�gia do col�gio est� correta. “Sabemos o momento em que podemos usar. O jogo tem sido uma v�lvula de escape na prepara��o para o Enem”, comenta a jovem.

Sindicato das escolas vai tra�ar estrat�gias

O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) pretende realizar encontros com diretores e profissionais para tra�ar estrat�gias para lidar com o Pok�mon Go nas institui��es de ensino. O presidente da entidade, Emiro Barbini, prev� que o fasc�nio dos estudantes pelo jogo pode trazer problemas no ambiente escolar. “� uma febre que est� apenas come�ando. Pretendemos nos reunir com as escolas para ver como vamos tratar”, afirmou.

Diante do fen�meno, um alerta foi colocado no Facebook pelo Col�gio Loyola. Na postagem, a institui��o orienta os estudantes a ficar atentos aos lugares em que jogam e a guardar o celular na rua. “Vai sair para ca�ar hoje? Tome cuidado! O Pikachu n�o vai te salvar de alguns perigos”, dizia mensagem postado no perfil do col�gio.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
Barbini lembra que j� h� orienta��es quanto ao uso de celulares pelos estudantes no ambiente escolar. As institui��es orientam os alunos a desligar os aparelhos dentro da sala, mas liberamo uso nos intervalos e no recreio. Por�m, n�o h� nada em espec�fico sobre o jogo rec�m-chegado ao Brasil. E mesmo antes da novidade, muitos docentes j� precisavam lidar com a presen�a n�o-autorizado de aplicativos como WhatsApp, uma ferramenta que os estudantes usam para conversar entre si. “D� muito trabalho o celular dentro de sala”, admite o representante das escolas.

Como o jogo tem monopolizado a aten��o dos estudantes, Barbini acredita que � necess�rio pensar no uso pedag�gico do game. “As escolas t�m que sair de uma situa��o no passado para a atualidade, tentando acompanhar os avan�os tecnol�gicos”, diz. Matheus Goyas, fundador do AppProva, sugere que o jogo pode ser incorporado, por exemplo, quando o professor trabalha coordenadas geogr�ficas ou para estimular pr�tica de exerc�cios f�sicos.

Na semana de lan�amento do Pok�mon Go, o Minist�rio da Educa��o fez um alerta nas redes sociais sobre o quanto o jogo pode desviar a aten��o dos estudantes para as quest�es escolares: “O Minist�rio da Educa��o adverte: O Enem � mais importante do que o Pok�mon Go”.

Pokeman�acos ficam presos em cemit�rio


A pokemania segue provocando epis�dios inusitados em Minas. Em Divin�polis, na Regi�o Centro-Oeste do estado, por exemplo, quatro jovens que sa�ram para ca�ar pok�mons acabaram presos dentro de um cemit�rio, na noite de domingo. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o cemit�rio do Centro da cidade fica fechado aos domingos, e s� abre para sepultamentos. Como houve uma cerim�nia, o grupo de jovens aproveitou para entrar no local. Ap�s o encerramento, o coveiro trancou o port�o �s 18h10. Pouco tempo depois, os tr�s rapazes e uma garota perceberam que estavam fechados e pediram ajuda. Diante da situa��o, a administra��o municipal recomendou que os funcion�rios desses locais redobrem a aten��o, para evitar novos incidentes do tipo. Desde que o Pok�mon Go foi lan�ado, cemit�rios de v�rias partes do mundo atraem jogadores do game, que usa locais p�blicos para criar pontos de captura de pok�mons e disputa. As necr�poles acabaram entrando na lista.


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