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Estado de Minas

Inc�ndio na Serra da Canastra � criminoso

Equipe da reserva ambiental descarta possibilidade de descargas el�tricas naturais terem provocado as chamas, que j� devastaram mais de 18 mil hectares de mata em 10 dias


postado em 11/08/2016 06:00 / atualizado em 11/08/2016 07:48

Os brigadistas usaram abafadores para tentar conter as chamas na vegetação na reserva ambiental, numa ação que envolve cerca de 70 homens(foto: ICMBIO/Divulgação)
Os brigadistas usaram abafadores para tentar conter as chamas na vegeta��o na reserva ambiental, numa a��o que envolve cerca de 70 homens (foto: ICMBIO/Divulga��o)
O fogo que consome h� 10 dias o Parque Nacional da Serra da Canastra, nos munic�pios de S�o Roque de Minas e Sacramento, entre as regi�es do Alto Parana�ba e Centro-Oeste do estado tem origem criminosa. A informa��o faz parte das primeiras constata��es de funcion�rios da reserva ambiental onde est� a nascente do Rio S�o Francisco, um dos mais importantes do pa�s. As chamas j� devastaram uma �rea superior a 18 mil hectares, segundo estimativa do Instituto Chico Mendes de Conserva��o da Biodiversidade (ICMBio) e o combate ao fogo segue em tr�s linhas, com mais de cerca de 70 homens envolvidos, entre volunt�rios, brigadistas e militares do Corpo de Bombeiros.

A �rea do parque abrange seis munic�pios. Inicialmente, as chamas atingiram pontos em Sacramento e, agora, o fogo est� concentrado em S�o Roque de Minas, onde fica o escrit�rio do ICMBio. No entanto, a �rea no entorno da nascente, localizada a nove quil�metros da sede, n�o apresenta registro de inc�ndios. Segundo funcion�rios do parque, o local das chamas fica a aproximadamente 70 quil�metros do escrit�rio. Ontem, uma equipe da reserva ambiental visitou algumas das �reas em chamas e constatou que, como n�o houve evento recente de chuva que possa ter gerado fogo espont�neo por meio de descargas el�tricas, tudo leva a crer que o inc�ndio tenha sido provocado por a��o humana.

Na Serra da Canastra, os focos come�aram em dois pontos, um na parte alta do parque e outro pr�ximo � cachoeira Casca D’Anta. No fim de semana, as chamas se expandiram em dire��o ao Rio Santo Ant�nio. O tempo seco e os ventos fortes dificultam o combate. Segundo o ICMBio, j� s�o tr�s linhas de fogo consumindo a vegeta��o. As chamas est�o concentradas na regi�o do Rio Santo Ant�nio, na Zagaia e no Chapad�o da Babil�nia. Atuam na opera��o 44 brigadistas do instituto, 14 bombeiros e 10 volunt�rios. O helic�ptero da Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG) e oito ve�culos ajudam no transporte das tropas. Dois avi�es air tractor s�o esperados para refor�o.

As a��es tamb�m acontecem foram do Parque Nacional. Brigadistas do ICMBio e militares do Corpo de Bombeiros atuam em locais onde a linha de fogo se aproxima de casas. A inten��o � evitar que as chamas atinjam os im�veis.

Os inc�ndios est�o em alta neste ano. Somente nos seis primeiros meses de 2016, o aumento do atendimento de queimadas em vegeta��es em Minas Gerais pelo Corpo de Bombeiros foi de 82% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Segundo dados do Corpo de Bombeiros, de janeiro a junho deste ano foram registradas 4.328 queimadas em vegeta��o em Minas Gerais. O n�mero � bem superior aos 2.377 chamados atendidos no mesmo per�odo do ano passado. Nos 12 meses de 2015 ocorreram 9.809 inc�ndios em matas com atua��o dos militares.

CAPITAL Ontem, os militares atenderam outras ocorr�ncias de inc�ndio em vegeta��o em Belo Horizonte e regi�o metropolitana. Um deles foi na Serra do Curral. Focos foram encontrados pr�ximos ao cruzamento das ruas Groel�ndia e Patag�nia, no Bairro Sion, Regi�o Centro-Sul de BH. O combate se iniciou durante a madrugada e s� foi encerrado �s 16h45. Os militares trabalharam com abafadores, devido � topografia do terreno. Uma aeronave sobrevoou a �rea para apoiar as equipes em terra. Foram destru�dos aproximadamente 2 mil metros quadrados de vegeta��o.

Esse � o segundo inc�ndio registrado no Parque da Serra do Curral nesta semana. Na segunda-feira, o fogo atingiu uma �rea pr�xima ao Bairro Mangabeiras, se espalhando por outros pontos da serra. O fogo foi debelado no fim da tarde. Outra queimada foi registrada no Parque Serra Verde, na Regi�o de Venda Nova. Segundo o Corpo de Bombeiros, duas viaturas foram envidas ao local. Por�m, os militares n�o atuaram no combate, pois brigadistas da �rea de preserva��o j� tinham debelado as chamas. A �rea destru�da pelo fogo ainda n�o foi contabilizada.

Sobe e desce da umidade

A umidade relativa do ar atingiu 20% ontem na capital mineira, a segunda menor marca deste ano. A mais baixa foi em 19 de julho, de 19%. O valor � considerado estado de alerta pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) e � prejudicial a sa�de. Mas, nos pr�ximos dias, a qualidade do ar deve melhorar e pode at� chover na capital mineira hoje, o que n�o ocorre h� 78 dias. A baixa umidade dos �ltimos dias resultou de uma massa de ar seco sobre Minas Gerais. Pelos padr�es da OMS, a umidade relativa do ar ideal � de 60%. A entidade recomenda a decreta��o do estado de aten��o quando os �ndices ficam entre 20% e 30%. Entre 12% e 20%, � recomendado o estado de alerta, e �ndices inferiores a 12% podem ser considerados estado de emerg�ncia sanit�ria. Ontem, a temperatura ficou em 31,5ºC .


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