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Estado de Minas

Herdeira acusa Samarco de invadir �rea


postado em 17/09/2016 09:43 / atualizado em 17/09/2016 13:47

Belo Horizonte - A herdeira da �rea em Mariana onde a Samarco pretende construir o chamado dique S-4, considerado fundamental pela empresa para evitar que mais lama des�a para os rios da regi�o no per�odo de chuvas, acusa a Samarco de invadir o terreno para tentar come�ar a obra � for�a. Lucimar Muniz, cujos av�s maternos viviam na regi�o, se recusa a vender a �rea por, como afirma, respeito � comunidade de Bento Rodrigues. A empresa nega.

"� mais que algo sentimental. Tem a ver com a hist�ria e a cultura das pessoas que viviam naquele local", afirma. Os antigos moradores de Bento Rodrigues defendem a cria��o de um monumento na regi�o.

O distrito foi destru�do na queda da barragem da mineradora, em 5 de novembro, na trag�dia que matou 18 pessoas, deixou uma desaparecida e destruiu flora e fauna entre o Rio Doce e o litoral do Esp�rito Santo, onde est� a foz do curso d'�gua, em um percurso de 600 quil�metros.

Lucimar afirma que n�o s� a sua fam�lia, mas outras com propriedade na regi�o tamb�m s�o contr�rias � obra. O per�odo de chuvas come�a no m�s que vem.

Para o Minist�rio P�blico de Minas, a obra � ineficaz. "O que deveria ser feito � a retirada de toda a lama que permanece na regi�o", afirma o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, que afirma haver, hoje, 40 milh�es de metros c�bicos de rejeitos entre a represa que se rompeu e Candonga, a represa localizada no Rio Doce que reteve parte da lama que desceu da barragem, evitando impacto ambiental ainda maior.

Lucimar n�o revela o valor que a Samarco oferece pela �rea. Segundo a herdeira, em 12 de agosto a mineradora conseguiu na Justi�a autoriza��o para entrar em seu terreno e fazer tr�s perfura��es para sondagens. Depois disso, teria mantido obras na �rea sem anu�ncia dos propriet�rios. Ela afirma que um boletim de ocorr�ncia ser� registrado pelas fam�lias e entregue para investiga��o do Minist�rio P�blico.

Na ter�a-feira, a advogada da Samarco, Eliane Carvalho, afirmou, durante audi�ncia de concilia��o de processo por danos movido pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) contra a empresa, que as estruturas existentes hoje n�o t�m condi��es de evitar novos derramamentos de lama. Na sess�o, advogados da empresa pressionaram, sem sucesso, a ju�za da 12.ª Vara da Justi�a Federal em Belo Horizonte, Rosilene Maria Clemente de Souza Ferreira, a determinar a entrada da empresa no terreno para construir o S-4. Conforme a ju�za, a possibilidade de que mais lama des�a no per�odo de chuvas lhe tira o sono. Audi�ncias p�blicas ser�o feitas para discutir o impacto da trag�dia e a atua��o da mineradora no apoio aos atingidos.

Para tentar resolver o impasse, o governo do Estado poder� emitir uma requisi��o administrativa. Na pr�tica, uma desapropria��o, com �nus financeiro para a empresa e per�odo determinado. O dique, que � uma obra emergencial, funcionaria por cinco anos. Em nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente afirma que um laudo sobre o local est� sendo elaborado. O documento dever� ser entregue na segunda-feira.

Tamb�m em nota, a Samarco afirma "que est� aguardando decis�o judicial para in�cio das obras". A empresa acrescenta ainda que a �nica a��o no local foi o trabalho de sondagem.

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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