“� fundamental o bom atendimento ao paciente assim que ele chegar ao hospital. A equipe precisa estar treinada. Al�m de dispor de uma estrutura adequada, desde a porta, o hospital deve manter um grupo multidisciplinar capacitado, a come�ar pela triagem, seguida do trabalho das enfermeiras, enfim, todas as etapas. A agilidade, o diagn�stico precoce e processos adequados s�o importantes para salvar vidas”, disse, na abertura do 1º Simp�sio de Sepse da Rede Mater Dei de Sa�de, o presidente da institui��o, Henrique Salvador. “M�dico trabalhando sozinho � passado. Hoje, ele precisa ter capacidade de interagir com todos a fim de garantir um bom resultado. A cada hora perdida, a mortalidade aumenta”, afirmou Salvador, ao lado da vice-presidente assistencial, operacional e diretora cl�nica da Rede Mater Dei, M�rcia Salvador G�o. “O objetivo aqui � promover a conscientiza��o da comunidade e dos nossos profissionais”, acrescentou ela.
ACESSO DIF�CIL Na palestra “Manejo intensivo da sepse grave e choque s�ptico”, o coordenador da unidade de terapia intensiva do Mater Dei, Anselmo Dornas, alertou: “� preciso ter medo, sim, e quanto mais precoces o diagn�stico e o tratamento melhor, j� que a doen�a mata mais do que muitos tipos de c�ncer e infarto agudo do mioc�rdio”. O dado mais preocupante, segundo Dornas, � que os �bitos por sepse no pa�s superam os dos Estados Unidos e da Europa. E mais: no Brasil, essa mortalidade � maior em hospitais p�blicos do que nos privados, devido principalmente � demora no acesso ao leito de terapia intensiva.
Dornas explicou que os sintomas iniciais de uma infec��o grave s�o febre alta, acelera��o no cora��o, respira��o r�pida, falta de ar, fraqueza, queda da press�o arterial (press�o baixa), redu��o da quantidade de urina, sonol�ncia e altera��o da consci�ncia. “Os m�dicos devem ser treinados para identificar sinais que levem ao r�pido atendimento”, reiterou
PROTOCOLOS O reconhecimento r�pido da doen�a e o tratamento adequado aumentam as chances de sobrevida. Segundo a dire��o do Mater Dei, os prontos-socorros das unidades Santo Agostinho e Contorno contam com protocolos espec�ficos de identifica��o de sepse. “Com a iniciativa, as enfermeiras que est�o diante de quadro de infec��o est�o treinadas para sinalizar sobre casos suspeitos. A partir da�, os pacientes s�o encaminhados para o cuidado priorit�rio do m�dico. Ap�s a avalia��o inicial, se confirmada a suspeita, passa-se � coleta de culturas do sangue, introdu��o de antibi�ticos e a hidrata��o com soro. Essas medidas t�m seus tempos monitorados, continuamente, para corrigir eventuais atrasos. Assim, s�o capazes de salvar vidas”, esclarece a gerente m�dica da rede, Daniela Pagliari. O simp�sio teve ainda a participa��o diretor do Hospital Israelita Albert Einstein, Guilherme Schettino, do presidente do Instituto Latino-americano de Sepse e intensivista do Hospital S�rio-Liban�s, al�m de outros m�dicos.
Saiba mais
Quadro infeccioso
Sepse
� a resposta generalizada do organismo a uma doen�a infecciosa adquirida na comunidade ou dentro do hospital. Pode estar localizada no pulm�o, no trato urin�rio ou no intestino.
Sintomas iniciais de infec��o grave
Febre alta, acelera��o no cora��o, respira��o r�pida, falta de ar, fraqueza, queda da press�o arterial, redu��o da quantidade de urina, sonol�ncia, altera��o da consci�ncia.
Diagn�stico
N�o h� exame espec�fico para diagn�stico, que � feito a partir de um conjunto de sinais, sintomas e altera��es de exames laboratoriais. Os profissionais de sa�de devem estar informados e treinados para reconhecer o quadro inicial, como o mau funcionamento de �rg�os.