
A suspeita de mais casos na capital deixa o Parque Ecol�gico ainda mais vazio, em especial as �reas destinadas aos brinquedos infantis e o imenso gramado. De acordo com a Funda��o Zoo-Bot�nica de BH, a frequ�ncia caiu drasticamente. Nos domingos, o n�mero de visitantes despencou. Embora a institui��o n�o tenha os dados referentes a s�bado e a ontem, era vis�vel a fuga dos frequentadores. “Ontem vim aqui e vi aproximadamente 40 pessoas”, contou o comiss�rio de voo Lucas de Oliveira, de 29 anos, praticamente apaixonado do tricking.
“Estamos tomando os mesmos cuidados de sempre: n�o ficando sob �rvores ou sentados na grama, treinando de cal�a comprida ou usando roupas brancas. � importante tamb�m examinar o corpo a cada duas horas”, disse o enfermeiro Glaucius Marcus, de 30.
“N�o tenho mais coragem de trazer meus filhos para brincar aqui. Venho sozinho”, disse o projetista Romulado Reis, de 45, ao lado dos amigos e trickers Felipe Rafael, guarda municipal, Pedro Falcon, estudante de geologia, Johnathan Henrique da Cruz, t�cnico em inform�tica, e Bruno de Oliveira Brand�o, estudante.
PREVEN��O Curtindo o lazer de domingo, a engenheira civil Michelle Bueno, de 30, moradora do Bairro Castelo, na Regi�o da Pampulha, costuma pedalar ao lado da m�e, a esteticista Luciene Brand�o. No entanto, desde que as duas souberam da morte do menino, decidiram n�o passear mais com crian�as ou animais no local. “Tenho um neto de 1 ano e n�o tenho coragem de traz�-lo mais, o que � uma pena”, disse Luciene.
Para Luciene e Michelle, informa��o e preven��o s�o fundamentais para evitar qualquer surpresa desagrad�vel. “Seria importante ter funcion�rios orientando quem est� no parque. N�o vi ningu�m distribuindo folhetos”, disse a engenheira.“A prefeitura precisa tomar provid�ncias urgentes”, acrescentou Michelle.
Pai de um menino de 5 anos, o analista de departamento pessoal Thiago H�verton Bodevan, de 29, morador da Regi�o do Barreiro, tamb�m costuma pedalar e se exercitar no parque, mas agora com mais aten��o. “N�o venho mais com meu filho, muito menos com minha mulher, que est� gr�vida”, afirmou Thiago, que gosta do espa�o para andar de bike e para relaxar. “Costumo ir para a ro�a desde crian�a, estou acostumado com carrapato, mas quando h� morte fica complicado”, disse o analista, que j� viu as placas com a figura do bichinho e alertas.
SEM SABER Enquanto alguns frequentadores se preocupam, outros ainda n�o conhecem os riscos. “N�o estava sabendo da morte desse menino, n�o. Sempre corro aqui no parque, gosto muito desse espa�o. De hoje em diante, vou ficar atenta ao perigo”, disse a estudante Gabrielle Marcelle Freitas da Silva, de 19, moradora do Bairro Gl�ria, na Regi�o Noroeste da cidade.
Para outros, o clima � de exagero. Sentados com tranquilidade num banco pr�ximo � �rea de brinquedos, os amigos Thiago Oliveira, de 20, morador de Contagem, na Grande BH, e Glauce Kelly, de 17, do Bairro Ouro Preto, na Pampulha, n�o se mostravam muito preocupados. “Desde crian�a venho aqui para brincar, soltar papagaio. Parece que ‘tocaram o terror’ com essa situa��o”, comentou o jovem. Glauce tamb�m pensa assim e ambos concordam que a preven��o e a��es eficazes, como a aplica��o de carrapaticidas, s�o melhor rem�dio.