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Estado de Minas

Al�m da Pampulha, preven��o � febre maculosa se estende a outros locais de BH e do estado

Com novas suspeitas da febre sendo investigadas, �reas da Regi�o Nordeste de BH, da vizinha cidade de Sabar� e at� do interior de Minas entram em estado de aten��o


postado em 20/09/2016 06:00 / atualizado em 20/09/2016 08:28

Cavalos que pastam em campo e lotes vagos preocupam vizinhança(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Cavalos que pastam em campo e lotes vagos preocupam vizinhan�a (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
O alarme para o risco de transmiss�o de febre maculosa, doen�a que teve taxa de mortalidade m�dia acima de 40% nos �ltimos nove anos em Minas, foi disparado em outros pontos de Belo Horizonte, al�m da Pampulha, e at� em cidades do interior de Minas. A amplia��o dos poss�veis focos sob investiga��o ocorre ap�s o registro de mais dois casos suspeitos da doen�a na capital mineira. Um dos pacientes, de 35 anos, � morador de um bairro da Regi�o Nordeste, quase no limite com Sabar�. O outro, de 82, mora na Pampulha, mas informou que fez viagem recente a �reas de s�tios em Guanh�es, no Leste de Minas. Ambos tiveram contatos com cavalos, que s�o hospedeiros do carrapato-estrela, transmissor da doen�a. Diante da situa��o, as secretarias de Sa�de dos munic�pios afirmam que v�o ampliar a��es preventivas.

A morte de um menino em Belo Horizonte v�tima de febre maculosa e os mais recentes casos sob investiga��o chamaram a aten��o para o n�mero de contaminados no estado. Em Minas, foram registrados oito diagn�sticos neste ano, sendo que metade resultou em morte. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Sa�de. Nos �ltimos oito anos, 109 pessoas contra�ram a doen�a, sendo que 46 n�o resistiram, uma taxa de letalidade de 42,2%. O ano com o maior n�mero de casos foi 2008, quando 20 pessoas se infectaram e 10 morreram.

Somente este ano, Belo Horizonte soma 17 notifica��es de febre maculosa brasileira, das quais uma se confirmou, duas agora s�o investigadas e 14 foram descartadas. Na segunda-feira passada, exames confirmaram que a morte de um menino de 10 anos, em 28 de agosto, foi causada pela doen�a. Agora, as duas novas suspeitas preocupam moradores de outras regi�es da capital mineira al�m da Pampulha, onde a crian�a supostamente se infectou.

O medo do carrapato-estrela levou um comerciante de 46 anos � Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Nordeste, no Bairro S�o Paulo, na tarde de ontem. No domingo, ele andou de bicicleta na orla da Pampulha. � noite, ao encontrar um carrapato, ficou preocupado com a doen�a. Pela manh�, ele come�ou uma via-sacra para identificar se o parasita � da esp�cie respons�vel  por transmitir a bact�ria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa. Depois de ligar para universidades e para a Fiocruz, resolveu levar o carrapato � UPA em um  recipiente pl�stico . “Eles n�o sabiam o que fazer. Ligaram para o Centro de Zoonoses, depois disseram que recolheriam o carrapato e o enviariam para an�lise.”

A equipe do Estado de Minas esteve em bairros pr�ximos � UPA Nordeste, onde o paciente de 35 anos cujo caso � investigado deu entrada com sintomas da doen�a. O homem relatou ter tido contato com cavalos em um bairro da vizinhan�a, o que preocupa moradores. � o caso do motorista H�lber Willians Dami�o Ferreira, de 54, que ontem avistava um animal pastando entre os bairros Maria Goretti e Goi�nia. “Fico muito preocupado com esses bichos soltos”, disse, lembrando que pela �rea circulam cavalos usados para puxar carro�as que levam entulho para um ponto de recolhimento.

Como a regi�o fica perto do limite com Sabar�, o munic�pio vizinho tamb�m ligou o alerta. Em nota, a Secretaria Municipal de Sa�de informou que vai refor�ar as orienta��es aos moradores. “Estamos fortalecendo a comunica��o sobre a doen�a, com folders educativos, reuni�es com usu�rios das unidades b�sicas de sa�de e capacita��o de profissionais, al�m de agendas de atividades educativas em escolas”, diz o texto. A administra��o municipal ressaltou n�o haver notifica��o da doen�a neste ano ou em 2015. Em 2014 e 2013, houve um diagn�stico por ano.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
NO INTERIOR Em Guanh�es, cidade onde um dos pacientes com suspeita da doen�a esteve, foi iniciada ontem uma investiga��o para identificar os locais por onde o homem passou. “J� contatamos as unidades de sa�de, para ver se conhecem esse paciente, pois ele n�o mora na cidade. Somente passa alguns dias, a passeio. Queremos identificar os locais onde ele esteve, para depois listar as medidas cab�veis”, explica a coordenadora da Vigil�ncia Epidemiol�gica, Neusa Mendes. Segundo ela, h� pelo menos 10 anos o munic�pio n�o registra casos de febre maculosa. “Realmente estamos tendo carrapatos na cidade, mas nenhum diagn�stico da doen�a foi registrado”, disse.

Os exames realizados nos dois pacientes com suspeita da doen�a internados em BH est�o sendo analisados pela Funda��o Ezequiel Dias, sem previs�o de resultado. A Secretaria de Sa�de da capital informou em nota que faz investiga��o ambiental nos locais de poss�vel transmiss�o. “A partir do relato dos pacientes internados, s�o feitas as primeiras visitas para verificar as condi��es ecol�gicas dos locais e assim identificar se a �rea � prop�cia � presen�a de carrapatos”, diz o texto. “Identificada essa possibilidade, a investiga��o ambiental evolui para levantamento (coleta) de carrapatos do local, para identificar qual a incid�ncia desse vetor na �rea estudada”, completou.

Especialista d� dicas de preven��o


O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Est�v�o Urbano, lembra que � preciso precau��o com todos os animais em rela��o ao risco de febre maculosa, e n�o apenas com cavalos ou capivaras. Ele tamb�m aconselha que as pessoas evitem passear com cachorros em �reas onde h� suspeita de infesta��o com o carrapato-estrela. Se a pessoa perceber que foi atacada pelo parasita, o conselho � buscar assist�ncia m�dica. Mas o especialista lembra que somente o fato de ter sido picado por carrapato n�o � indicativo para iniciar o uso de antibi�ticos, que devem ser ministrados com indica��o m�dica, em casos de aparecimento de sintomas e hist�rico de risco de cont�gio.


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