
A imagem do ataque em frente a um edif�cio na Rua Santa Catarina, entre Ant�nio Aleixo e Felipe dos Santos, se disseminou em redes sociais. O v�deo mostra a rea��o do estudante � abordagem do grupo. Ao perceber que algu�m lhe puxa algo do bolso e que come�a a ser cercado pelo grupo, a v�tima d� um soco no rosto de um dos adolescentes. Na sequ�ncia, os integrantes do grupo revidam com chutes e socos no est�mago do aluno, que tem um dos t�nis arrancado. Logo depois, a turma sai correndo. N�o � poss�vel identificar se algo foi levado. Imediatamente, cinco pessoas aparecem correndo, supostamente na tentativa de alcan�ar os agressores. Toda a a��o dura 34 segundos.
Uma comerciante que preferiu o anonimato conta que a a��o dos adolescentes tem assustado clientes. “Eles passam aqui e desafiam a gente, falam de uma maneira que d� medo. E tem sempre uns maiores, creio eu que na faixa dos 20 anos, que ficam na pra�a (Mar�lia de Dirceu). Mas n�o sabemos se comandam os menores”, afirma. O seguran�a de um estabelecimento, que tamb�m pediu para n�o ser identificado, diz que o grupo � composto por 15 a 20 adolescentes. “Anteontem, eles assaltaram uma pessoa na drogaria e chamamos a pol�cia, que chegou rapidamente. Quando o menino que tinha o produto do furto viu os militares, o descartou, mas eu peguei o objeto e o entreguei ao policial”, relata.
Uma das donas de uma lanchonete vizinha conta ter chamado a pol�cia v�rias vezes, na esperan�a de conter a a��o do bando. Somente ontem, durante os 10 minutos em que a equipe do Estado de Minas ficou no local, tr�s grupos entraram no estabelecimento e um foi barrado. “Primeiro, eles pedem um salgado. Se houver negativa, eles se transformam e dizem: ‘Ent�o, vou roubar’. Clientes est�o deixando de vir aqui e os que v�m t�m medo”, conta. “N�o posso chamar a pol�cia sempre, pois dizem que s� podem deter algum deles em caso de flagrante. Mas, mesmo se n�o roubam nada, aterrorizam. Usam crack indiscriminadamente na pra�a e v�m para c� enlouquecidos”, diz.
e agredido por grupo em plena luz do dia
Recentemente, segundo a empres�ria, um dos adolescentes tentou acert�-la com um porta-guardanapos. Sua filha tamb�m j� foi amea�ada. “Entram sete, 10 de uma vez. Pegam bancos e jogam no ch�o; ridicularizam a gente. � uma guerra o que estamos vivendo”, relata. Ela acredita que, aparentemente, n�o s�o crian�as sem fam�lia, pois afirma ser percept�vel que t�m roupas e cuidados de higiene. Para a comerciante, falta um esfor�o maior em seguran�a p�blica: “N�o � s� pol�cia. O conselho tutelar deveria olhar, pois s�o meninos que deveriam estar na escola. A Pol�cia Militar se empenha muito e o batalh�o respons�vel sempre ajuda, mas n�o sei mais o que fazer. Eu me exponho, pois vivo do meu com�rcio, mas tenho medo de uma hora sobrar para mim.”
ISOLADO O presidente da Associa��o de Moradores do Bairro de Lourdes (Amalou), Jeferson Rios, afirma que o ataque flagrado em v�deo foi in�dito. “N�o � frequente e acredito que esse deva ter sido o terceiro assalto do ano. Daquele jeito, foi a primeira vez. Mas, quando falamos em seguran�a, tudo � pouco e � preciso uma constante vigil�ncia”, diz. Entre as medidas tomadas pela associa��o est� a ado��o de 60 radiocomunicadores que ficam com porteiros de pr�dios. Eles s�o orientados a chamar a Pol�cia Militar em caso de qualquer situa��o suspeita.
Mesmo que alguns moradores n�o compartilhem da sensa��o de medo – como a administradora Cristiana Caram, de 38 anos, que considera o bairro seguro –, pela rede de vizinhos protegidos via WhatsApp estudantes das escolas do entorno s�o orientados a andar sempre em grupo. “Temos que estar prevenidos. Evitar carregar joias, n�o transportar objetos de valor na rua nem andar falando ao telefone. Al�m disso, pedimos aos moradores que, caso ocorra algo, sempre registrem o boletim de ocorr�ncia, pois � com base nele que a PM vai avaliar se o bairro � seguro ou n�o”, afirma. O representante da associa��o acrescenta que a regi�o mais afetada pela inseguran�a � a �rea de com�rcio, bares e restaurantes. “Se tem um grupo de tr�s ou quatro, chamamos a PM para fazer a abordagem. E toda vez que foi chamada, a pol�cia compareceu com rapidez”, afirma.
A Pol�cia Militar informou que o 1º Batalh�o tem adotado medidas para combater a��es criminosas. Em nota, a corpora��o acrescenta que a��es preventivas ocorrem em dias e hor�rios de maior incid�ncia de crimes, com emprego de servi�os que auxiliam no controle dos �ndices de roubo. Destacando a import�ncia de registro de boletins de ocorr�ncias, a PM assegurou que tomar� provid�ncias necess�rias � otimiza��o da vigil�ncia na �rea.