
Pouco mais de dois meses depois de ter o conjunto moderno declarado Patrim�nio Cultural da Humanidade e registrar aumento no n�mero de visitantes, a orla da Pampulha passa agora a ser evitada por parte da popula��o por causa do medo da febre maculosa, o que preocupa autoridades e empres�rios ligados ao turismo. A morte de um menino de 10 anos que frequentou o Parque Ecol�gico Jos� Lins do Rego j� havia provocado queda nas visitas ao local e cancelamento de excurs�es de escolas particulares � regi�o. Ontem, dia seguinte � confirma��o de um segundo caso da doen�a em que a infec��o ocorreu na orla, a Secretaria Municipal de Educa��o informou que expediu recomenda��o �s unidades da rede p�blica de ensino para evitar excurs�es no parque e entorno.
Na rede particular, visitas � Pampulha passaram a ser evitadas depois da confirma��o da morte do menino Thales Martins Cruz no dia 4. A dire��o da unidade do Bairro Cidade Nova do Col�gio Magnum Agostiniano, por exemplo, transferiu uma atividade com crian�as do 1º ano de um clube na Pampulha para outro no Gutierrez, Regi�o Oeste da capital. “H� cinco anos temos realizado o projeto ‘1º dia divertido’ em um clube na Pampulha. Nossos alunos n�o teriam contato com a orla da lagoa, mas com a confirma��o do primeiro caso na regi�o, de uma crian�a que teve contato com o carrapato-estrela, decidimos por mudar de local”, disse a gestora da educa��o infantil das primeiras s�ries, Jo�sa Abreu.
“N�o se trata de alarmismo, mas foi uma decis�o que deixa os pais tranquilos. Evita-se contratempos, de um bom trabalho que temos realizado por meio do projeto”, completou Jo�sa. Para a gestora, a solu��o do problema de infesta��o de carrapatos-estrela na Pampulha � necess�ria pela import�ncia do espa�o para iniciativas educacionais, principalmente atividades para inser��o geogr�fica e hist�rica das crian�as com sua comunidade.
Local visitado pela crian�a que morreu de febre maculosa, o Parque Ecol�gico registrou queda de 90% no p�blico, segundo a Funda��o Zoo-Bot�nica de Belo Horizonte. No Zolo�gico, por enquanto, n�o foi detectada queda no n�mero de visitantes. Ainda n�o h� estat�sticas sobre queda no n�mero de turistas, mas a situa��o j� preocupa empres�rios do setor. “Ainda n�o houve impactos para o turismo, mas estamos preocupados. A Pampulha � o principal patrim�nio da cidade”, diz Jos� Maur�cio Gomes, presidente da Associa��o Brasileira de Viagens (Abav), se��o Minas Gerais. “Algo tem de ser feito de imediato”, acrescenta.
O diretor de promo��o e marketing da Belotur, Gustavo Mendicino, reconhece que a atividade tur�stica pode sofrer preju�zos diante do atual quadro de risco. Ele criticou entraves para uma solu��o definitiva. “� claro que � uma situa��o que repercute negativamente no setor e que gostar�amos que n�o estivesse acontecendo. � uma quest�o que a prefeitura tem tentado solucionar j� h� algum tempo, mas estamos sendo impedidos pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF). Ent�o, sim, precisamos que haja uma solu��o”, disse Mendicino. Ele se refere � recomenda��o do MPF para que capivaras confinadas pela prefeitura fossem soltas na Pampulha – as capivaras s�o hospedeiras do carrapato-estrela, que transmite a bact�ria causadora da febre maculosa.
Varredura Ontem, t�cnicos da Ger�ncia de Zoonoses da Regional Pampulha realizaram varredura em 11 pontos na orla da lagoa, a exemplo da pesquisa realizada na quinta-feira no parque ecol�gico. Foram tr�s locais de coletas pr�ximo � Igreja de S�o Francisco (Igrejinha da Pampulha), tr�s pr�ximos ao Museu de Artes, dois na Pra�a de Iemanj� e em mais tr�s outros pontos. Essas �reas s�o as de maior circula��o de p�blico. O gerente de zoonoses da Secretaria Municipal de Sa�de de BH, Eduardo Viana Vieira Gusm�o, reconhece que a Pampulha � atualmente uma �rea de risco, quando se fala em contamina��o por febre maculosa.
“Como em todas �reas verdes, como fazendas, cachoeiras, a vegeta��o da Pampulha oferece o risco do contato com o carrapato-estrela, ainda mais nesse per�odo do ano. A quest�o n�o � abandonar a Pampulha, deix�-la como um todo, mas seguir com o trabalho de preven��o e informa��o sobre os riscos”, pontuou Gusm�o. Segundo ele, a partir dos resultados das investiga��es � que ser� decidido se haver� refor�o ou n�o das medidas de combate � infesta��o de carrapatos, bem como amplia��o de �reas de isolamento.
BH tem mais dois
casos suspeitos
A Secretaria Municipal de Sa�de de confirmou ontem mais duas notifica��es de casos suspeitos de febre a doen�a: um homem de 21 anos, atendido na UPA Oeste, mas que teve contato com cavalos em Contagem (Grande BH), e um homem de 48 anos, atendido na UPA Pampulha e que disse n�o n�o ter ido ao Parque Ecol�gico e ou � orla da lagoa nos �ltimos dias. No fim de semana, dois homens de 36 e 84 anos deram entrada no Hospital Eduardo de Menezes com suspeita da doen�a, mas j� receberam alta. S�o quatro casos suspeitos em investiga��o na capital, dois confirmados e uma morte. De acordo com a Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG), h� em Minas 12 casos da doen�a confirmados este ano em nove munic�pios: Tombos (1), Divin�polis (4), Chiador (1), Belo Horizonte (2), Ant�nio Dias (1), Senador Modestino Gon�alves (1) e Mathias Barbosa (1). Quatro pacientes morreram, dos quais dois em Divin�polis, um em Belo Horizonte e um Ant�nio Dias.
casos suspeitos
A Secretaria Municipal de Sa�de de confirmou ontem mais duas notifica��es de casos suspeitos de febre a doen�a: um homem de 21 anos, atendido na UPA Oeste, mas que teve contato com cavalos em Contagem (Grande BH), e um homem de 48 anos, atendido na UPA Pampulha e que disse n�o n�o ter ido ao Parque Ecol�gico e ou � orla da lagoa nos �ltimos dias. No fim de semana, dois homens de 36 e 84 anos deram entrada no Hospital Eduardo de Menezes com suspeita da doen�a, mas j� receberam alta. S�o quatro casos suspeitos em investiga��o na capital, dois confirmados e uma morte. De acordo com a Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG), h� em Minas 12 casos da doen�a confirmados este ano em nove munic�pios: Tombos (1), Divin�polis (4), Chiador (1), Belo Horizonte (2), Ant�nio Dias (1), Senador Modestino Gon�alves (1) e Mathias Barbosa (1). Quatro pacientes morreram, dos quais dois em Divin�polis, um em Belo Horizonte e um Ant�nio Dias.