
A situa��o � t�o grave que em 12 de julho uma audi�ncia p�blica da Assembleia Legislativa foi feita em S�o Gon�alo do Rio Abaixo para exigir mais seguran�a a comerciantes, sitiantes, moradores e viajantes da regi�o que usam a BR-381. Uma das cobran�as � por mais efetivo para todas as pol�cias (Civil, Militar e Rodovi�ria Federal). Foi pedido tamb�m �s v�timas dos crimes que comuniquem as ocorr�ncias, uma vez que a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) afirma que os crimes s�o subnotificados. Segundo a corpora��o, foram 158 ocorr�ncias neste ano at� setembro, m�dia de um crime a cada 1 dia e 16 horas.
Os trechos mais perigosos s�o justamente onde h� canteiros de obras e trevos em Sabar�, Caet�, Ro�as Novas, Itabira, Bar�o de Cocais e S�o Gon�alo do Rio Abaixo. Baseados num posto de gasolina perto das obras de duplica��o em Itabira, os taxistas que trabalham na regi�o deixaram de circular pela rodovia depois das 21h. “A gente procura rotas alternativas porque a bandidagem est� muito ativa quando escurece”, disse o taxista Valdeci Esp�ndola, de 51 anos.
“O principal golpe deles � bater na traseira do nosso carro, perto dos quebra-molas que tem na entrada de Itabira. A pessoa desce do carro para ver o preju�zo e acaba rendida. Com isso, tem gente que leva batida e nem desce mais para ver, com medo de ter um rev�lver apontado para a cara”, acrescenta Valdeci. “Tem de fugir daqueles quebra-molas, n�o deixar nenhum carro grudar em voc� e fazer a passagem por l� bem r�pido. O problema � quando tem muito tr�nsito. Faltam mais policiais por perto nesses hor�rios, porque a estrada fica entregue � bandidagem”, reclama o tamb�m taxista Geraldo Barbosa, de 52.
Os criminosos t�m agido tamb�m no trevo de entrada para Bar�o de Cocais. O comerciante Guiomar Edson Pereira, de 41, conta que perto de seu restaurante, na beira da estrada, j� ocorreram v�rios assaltos. “H� 30 dias um motorista foi assaltado passando pelos quebra-molas. Vieram uns bandidos numa moto e o renderam quase na entrada da cidade. Os caminhoneiros tamb�m sofrem, porque muitos bandidos os seguem para roubar no caminho. Arrombam o caminh�o em movimento ou rendem o motorista”, conta.
De acordo com o comerciante, uma recente troca no comando da Pol�cia Militar na regi�o trouxe melhoras. “A situa��o estava t�o grave que deslocaram mais policiais para dar seguran�a. Mas, ainda assim, trafegar aqui de noite � muito perigoso. Outra reclama��o que temos ouvido muito � dos donos de fazendas na beira da BR e que est�o tendo o gado levado”, narra Guiomar.


ATAQUE A CAMINH�O Funcion�rio de um restaurante na subida da serra de S�o Gon�alo do Rio Abaixo, Enildo Em�lio de Freitas, de 48, j� perdeu a conta dos assaltos a caminh�es que viu na rodovia federal. O �ltimo deles quase provocou uma trag�dia quando homens armados num Volkswagen Fox emparelharam com um caminh�o tipo ba� para roubar a carga do ve�culo, em mar�o. “O motorista do caminh�o pulou para fora da cabine com o ve�culo em movimento e correu para o mato para se salvar. S� que o caminh�o foi parando e come�ou a voltar de r� morro abaixo”, lembra. “Sorte que nenhum carro estava vindo”, completa.
Em Caet�, onde um viaduto � erguido, os quebra-molas e estreitamentos de pista fazem com que o tr�nsito seja lento e longas filas se formem. Durante o dia, na descida, o tr�nsito chega a fluir abaixo de 10 km/h, o que facilita a a��o dos bandidos. Os engarrafamentos em Sabar� e em trechos de Belo Horizonte, ap�s a Vila da Luz, tamb�m tornam motoristas alvos de ladr�es oportunistas que, depois de cometer crimes, se escondem nas comunidades pr�ximas ou fogem em motocicletas.
