Uma tentativa de homic�dio provocou medo e correria entre moradores e comerciantes da Avenida Augusto de Lima, no Bairro Barro Preto, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira. Um homem foi baleado pr�ximo ao F�rum Lafayette depois de participar de uma audi�ncia. A v�tima foi socorrida no Hospital Jo�o XXIII, onde permanece internada. Nenhum suspeito foi preso.
Uma advogada de 28 anos, que estava no local, afirmou que o crime aconteceu por volta das 16h30. A mulher chegava para uma audi�ncia e, quando entrava no f�rum pela Rua Ouro Preto, ouviu seis tiros. A v�tima, Fl�vio Alves Greg�rio J�nior, de 24 anos, estava com uma tala no bra�o esquerdo e com a irm�, a namorada e o cunhado.
Quando o homem chegou � esquina com Avenida Augusto de Lima, segundo a advogada, foi alvo dos tiros. Ele foi surpreendido por tr�s homens, um deles armado. Depois que o rapaz foi alvejado, dois homens desceram a Rua Ouro Preto em dire��o � Avenida do Contorno. Mesmo ferida, a v�tima correu pela Avenida Augusto de Lima e voltou aquando avistou uma viatura da PM, que o socorreu.
O homem foi ferido por tr�s tiros nas costas. O estado de sa�de dele � est�vel, segundo a PM. Levantamentos s�o feitos para descobrir a motiva��o do crime. Por�m, h� suspeita de acerto de contas de quadrilhas rivais. “O rapaz que foi ferido j� tem passagens pela pol�cia, ent�o, provavelmente, pode ser acerto de contas. Temos informa��es de que o atirador � morador do aglomerado do Borel, pr�ximo ao Bairro Serra Verde, em Venda Nova”, diz o militar.
� PM, a namorada de Fl�vio, que j� tinha sido preso por tr�fico de drogas e estava em liberdade condicional, contou que ele � morador no Aglomerado do Borel e que o atirador j� tinha tentado mat�-lo anteriormente.

Segundo a testemunha, o rapaz que foi baleado tinha acabado de participar de uma audi�ncia na vara de execu��o. Em liberdade provis�ria, tinha que se apresentar ao juiz, oportunidade em que os rivais aproveitaram para fazer a emboscada. “Foram os mais longos 10 minutos da minha vida. Todo aquele tumulto, correria e o drama da fam�lia dele foram momentos de desespero”, afirmou a advogada.

Esta n�o � a primeira vez que criminosos levam terror a pedestres e comerciantes da regi�o. Em novembro de 2013, Raphael Henrique Zerlotini Gomes, de 22 anos, foi assassinado em uma a��o parecida. Ele participava de uma audi�ncia no 2º Tribunal do J�ri. Ao deixar o local, entrou em um t�xi junto com a m�e. Um rival, identificado como Diego Marques Moreira, de 21, se aproximou do ve�culo e atirou duas vezes contra o r�u. Os tiros, de uma pistola calibre 765, o atingiram no peito e na m�o.
Mesmo ferido, Raphael desceu do carro e correu para o canteiro central da via. Ele chegou a ser levado ao Hospital Jo�o XXIII, mas morreu ao dar entrada na unidade de sa�de.
O ajudante de bombeiro hidr�ulico Diego Marques Moreira foi condenado a seis anos de pris�o pela morte. Diego confessou a autoria, alegando que a v�tima havia amea�ado matar sua fam�lia e tinha envolvimento com o crime e o tr�fico de drogas. O r�u tamb�m afirmou n�o ser usu�rio de drogas e que n�o integrava nenhuma gangue.
(RG)