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Estado de Minas

Fam�lia de jovem morto em travessia no M�xico vive ang�stia da falta de informa��es

Circunst�ncias da morte do lavrador mineiro Jefferson Eduardo de Oliveira ainda n�o foram esclarecidas. Corpo foi encontrado na quarta-feira, �s margens do Rio Bravo, na cidade mexicana de Novo Laredo


postado em 19/11/2016 17:10 / atualizado em 19/11/2016 17:38

O lavrador mineiro Jefferson Eduardo de Oliveira, de 20 anos(foto: Álbum de família/Divulgação)
O lavrador mineiro Jefferson Eduardo de Oliveira, de 20 anos (foto: �lbum de fam�lia/Divulga��o)
A falta de informa��es sobre as circunst�ncias da morte do lavrador mineiro Jefferson Eduardo de Oliveira, de 20 anos, durante travessia do M�xico para os Estados Unidos, aumenta a ang�stia de familiares e amigos dele. “Tudo que eu queria agora � saber como que ele morreu e ter o corpo de volta. Espero que as autoridades brasileiras nos ajudem a ter essas respostas se ele se afogou ou foi assassinado e seu corpo jogado no rio”, disse o motorista Reginaldo Castro Oliveira, de 38, pai do jovem.

Jefferson embarcou para o M�xico no come�o do m�s e, no �ltimo dia 12, seguiu para atravessar o Rio Bravo, saindo de Novo Loredo, do lado mexicano, para Loredo, no Texas, nos Estados Unidos. Do grupo de seis brasileiros, a maioria moradores de Sardo�, no Vale do Rio Doce, em Minas, quatro foram presos por agentes da imigra��o norte-americana e um est� desaparecido. J� Jefferson, que morava no Distrito de Plautino, em Sobr�lia, na mesma regi�o, sexto integrante do grupo, foi encontrado morto �s margens do rio, na cidade mexicana, quatro dias depois da travessia.

No dia 16, quando um tio do jovem, que mora em Boston, nos EUA, tomou conhecimento de que o corpo havia sido encontrado, a fam�lia tem buscado maiores detalhes sobre as circunst�ncias de sua morte. Quando ligaram para o telefone celular de Jefferson, um homem falando em espanhol atendeu e, em meio a risos, n�o deu qualquer informa��o sobre o jovem. Ele ainda tentou extorquir a fam�lia, pedindo que colocassem cr�dito na linha telef�nica.

“Uma mulher de Novo Laredo me ligou, na quarta-feira, depois de encontrar meu n�mero de telefone na roupa do meu sobrinho. Pedi que ela enviasse fotos com detalhes, pois o rosto estava desfigurado. Quando percebi as roupas e a tatuagem no bra�o direito, com o nome da m�e dele, n�o tive d�vidas e liguei para o pai dele, meu irm�o”, disse Luciano Oliveira, de 42. Para ele, devido aos ferimentos no rosto de seu sobrinho e, pelo fato de que Jefferson era bom nadador, � grande a possibilidade de homic�dio.

Jefferson era casado h� sete meses com Tayn� Teixeira de Assis, de 19, a quem enviou mensagens antes da travessia fatal prometendo que tr�s meses depois de se estabelecer nos EUA, daria um jeito para que ela fosse morar com ele naquele pa�s. “Desde crian�a era o sonho dele e nada fazia mudar de ideia. Com a falta de oportunidades de trabalho no Brasil, fica imposs�vel segurar esses jovens aqui. N�o queria que ele fosse, mesmo por ter feito essa travessia h� 20 anos e sabia que era arriscado. Mas ele, por conta dele, providenciou tudo e partiu nesse sonho sem volta”, contou Reginaldo, que n�o soube informar detalhes sobre como seu filho foi agenciado para a viagem e quanto pagou.

Em Sobr�lia, onde o pai trabalha como motorista na prefeitura, a morte de Jefferson causou grande como��o. Em p�ginas dos familiares em redes sociais s�o v�rias as manifesta��es de brasileiros que moram nos EUA e Canad�, bem como de pessoas de cidades do Vale do Rio Doce, que criticam a falta de oportunidades no Brasil, que tem levado jovens a se arriscarem no exterior.

Uma prima de Jefferson, que mora em Boston, iniciou uma campanha num site de doa��es (www.gofundme.com/jefferson-body-translation) e, em 24 horas, conseguiu levantar a meta de 10 mil d�lares para o translado do corpo do M�xico para o Brasil. “S�o muitas pessoas nos procurando, solid�rias. Ainda n�o tenho no��o se o valor arrecadado ser� suficiente. Somos gratos a todos que tem contribu�do aqui no EUA e no Brasil. Mas precisamos da interven��o do Consulado do Brasil no M�xico para ajudar na libera��o do corpo do meu primo e tamb�m acompanhar as apura��es”, disse Vanessa Oliveira.

O Itamaraty informou que o Consulado do Brasil no M�xico est� empenhado, em contato com as autoridades locais, buscando apurar as circunst�ncias do incidente. O Itamaraty tamb�m afirmou que est� em contato com a fam�lia do lavrador e, como de praxe, n�o divulga detalhes sobre as a��es que realiza no caso.


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