
De acordo com a m�dica, como v�rias esp�cies de insetos, o besouro que deixou em alerta moradores da capital e das cidades vizinhas de Jaboticatubas, Lagoa Santa, Vespasiano e em Caet�, quando pousa em algu�m, deixa um l�quido, que seria um �cido f�rmico. “O que mais chamou a aten��o foi a quantidade do besouro. No contato dele com a pele, fica �cido que causa uma queimadura superficial, na epiderme, sem qualquer risco � sa�de. N�o se trata de animal pe�onhento”, afirmou Patr�cia.
A m�dica conta que, desde o surgimento em massa da esp�cie na Grande BH, conforme os v�rios registros nas redes sociais, n�o houve casos de paciente que procurou o hospital reclamando de queimaduras ou qualquer outro problema relacionado ao contato com o inseto. Segundo Patr�cia Ciruffo, as pessoas que em contato com o besouro tiverem alguma sensibilidade na pele, deve lavar o local com �gua corrente e limpa e sab�o.
“N�o se deve aplicar �lcool, cremes, pomadas ou qualquer produto. E, depois de lavar, tamb�m n�o se deve ficar tocando no local, para que n�o haja uma infec��o”, alertou. Segundo ela, essas queimaduras superficiais podem ocorrer em contato com o �cido expelido por v�rios insetos e at� frutas, como lim�o e figo, que sem a limpeza adequada pode ter outras consequ�ncias. Somente em caso de pessoas al�rgicas, que pode ocorrer uma maior rea��o, deve se buscar ajuda m�dica.
Invas�o verde que deixou pessoas apreensivas
Em Belo Horizonte, a invas�o do inseto chamou a aten��o de pedestres pela quantidade deles na entrada do pr�dio da Imprensa Oficial, na Avenida Augusto de Lima com Esp�rito Santo, no Centro. Na Pra�a da Esta��o tamb�m teve registro dos besouros. Existem esp�cies diferentes do inseto, por�m, a mais comum, segundo o professor �ngelo Machado, do Departamento de Zoologia da UFMG, � o da fam�lia Scarabaeidae.
“Eles fazem uma bola com o esterco de vaca e de outros bichos, a enterram dentro de um buraco e botam os ovos. Nasce a larva, que se transforma na pupa, que � o est�gio intermedi�rio entre a larva e o adulto. A pupa fica muito tempo se alimentando das fezes e na primavera, quando chove, elas viram adulto e emergem tudo de uma vez s�”, explica o professor. Segundo ele, os insetos invadem as cidades e as casas atra�dos pela luz. “N�o oferecerem nenhum perigo para as pessoas”, esclarece o professor, que � especialista em lib�lulas e conhecedor de insetos em geral.
O maior relato de infesta��o � o de Jaboticatubas, na quinta-feira. H� moradores que sustentam que precisaram usar enxadas e baldes para limpar os quintais das suas casas. Ruas e avenidas ficaram tomadas pelos insetos, atra�dos pela claridade dos postes de ilumina��o p�blica. H� casos de pessoas informando que o �leo deixado pelos besouros provocou leves queimaduras na pele, o que causou estranheza ao professor �ngelo, pois o besouro que queima a pele, segundo ele, s� existe no Nordeste do pa�s.
Nas redes sociais, muita gente se queixou de irrita��o na pele com o contato com o inseto. “Um besourinho desses deixou um l�quido na p�lpebra do meu sobrinho de 1 ano e 7 meses. Moro em Jaboticatubas. A queimadura foi feia. O olho dele amanheceu totalmente fechado. Tivemos que lev�-lo ao hospital e agora est� tomando antial�rgico”, alertou Ros�ngela Neves em uma rede social. “Isso aconteceu com minha sogra tamb�m”, completou Diane Caroline.
“Em Pedro Leopoldo tamb�m est� aparecendo muitos destes insetos. Em frente � minha casa tem um poste e fica cheio deles em volta”, escreveu Priscila Queiroz. Uma moradora de Vespasiano, Rute Freitas, disse que um supermercado ficou lotado de besouros. “Vi tamb�m no meu servi�o, perto do Aeroporto de Confins.