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Estado de Minas

Laudo sobre inc�ndio que matou freira em convento de BH fica pronto em 30 dias

Chamas atingem dormit�rios do Convento S�o Francisco, no Cai�ara, provocam a morte de mulher de 82 anos e comprometem estrutura. H� risco de queda de laje


postado em 24/11/2016 06:00 / atualizado em 24/11/2016 08:09

Incêndio começou de madrugada e, de manhã, fumaça ainda saía dos dormitórios: laudo com causas ficará pronto em 30 dias(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Inc�ndio come�ou de madrugada e, de manh�, fuma�a ainda sa�a dos dormit�rios: laudo com causas ficar� pronto em 30 dias (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
A Pol�cia Civil vai investigar as causas de um inc�ndio de grandes propor��es que destruiu uma ala do Convento S�o Francisco, em Belo Horizonte, e matou a irm� de caridade Val�ria Carvalho, de 82 anos, na madrugada de ontem. O local, que fica na Avenida Carlos Luz, Bairro Cai�ara, Noroeste de BH, serve de moradia para cerca de 50 irm�s de caridade da congregra��o das Clarissas Franciscanas e tem quase 100 anos de constru��o. O pr�dio foi tomado por labaredas que assustaram quem passou pela regi�o no fim da madrugada e in�cio da manh� de ontem. Um v�deo gravado pelo Corpo de Bombeiros mostra que o fogo ultrapassou as janelas de v�rios dormit�rios, dando a real dimens�o do tamanho das chamas que comprometeram parte da estrutura do edif�cio e motivaram a interdi��o do lugar. A pol�cia fez per�cia no local e a previs�o � de que o laudo para determinar as circunst�ncias do ocorrido seja conclu�do em at� 30 dias.


Ap�s o trabalho dos militares que atuaram para debelar as chamas, foi poss�vel perceber que pelo menos 16 janelas viradas para o Col�gio Sagrada Fam�lia exibiam estragos do fogo, que come�ou �s 5h da madrugada. Ao fim da ocorr�ncia, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) interditou a �rea atingida por quest�es de seguran�a, j� que foi apontado um risco de desabamento de uma laje de cobertura do segundo pavimento e tamb�m da queda de peda�os de reboco. A Comdec constatou ainda que h� risco iminente de novos desastres, depois de fazer uma avalia��o t�cnica das estruturas afetadas e identificar danos considerados graves em uma das lajes e numa viga. O convento foi notificado para fazer, imediatamente, o escoramento da laje e da viga. E dever� implantar ainda outras a��es preventivas e corretivas para garantir a seguran�a do local.

O frei franciscano Adilson Corr�a da Silva esteve no local e ajudou as irm�s de caridade, apoiando o remanejamento das freiras para outros conventos. “Elas ficaram muito assustadas. Algumas perderam muita coisa, como roupas e documentos”, disse o religioso. Tr�s irm�s receberam atendimento m�dico, sendo uma com queimaduras superficiais e duas que inalaram fuma�a, mas todas passam bem. O grupo de irm�s que dormia no pr�dio foi levado para um edif�cio anexo, onde receberam parentes.


COMBATE Os bombeiros foram chamados �s 5h10 e os militares do 3º Batalh�o, que atendem a regi�o, chegaram rapidamente ao local. “As chamas come�aram no anexo dos dormit�rios e tomaram todo o anexo. Houve um fen�meno conhecido como flash over, quando h� igni��o espont�nea e as chamas tomam toda a �rea”, explica a aspirante Ingrid Annie Madureira Figueiredo, que coordenou a a��o com o tenente Marco T�lio Lacerda. Segundo ela, uma equipe dos bombeiros ficou respons�vel por confinar o inc�ndio no anexo, ao mesmo tempo em que verificava se havia v�timas. Outra equipe evacuou o anexo hospitalar com o apoio do Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) e de uma equipe da Unimed, j� que algumas irm�s vivem com o uso de respiradores.

“Infelizmente, localizamos uma v�tima no anexo dos dormit�rios”, disse a tenente. Os documentos da freira Val�ria Carvalho n�o foram localizados. Segundo informa��es obtidas pelo Corpo de Bombeiros no local, a irm� tinha dificuldades de audi��o e seu quarto estava trancado na hora do inc�ndio. Pelo menos 50 pessoas dormiam no anexo no momento das chamas. A �rea atingida tem dois andares e o fogo danificou principalmente o andar superior. Por volta das 7h30, as chamas j� haviam sido debeladas e os bombeiros fizeram o rescaldo. Ao todo, 23 militares da corpora��o atuaram no local, com o apoio da Pol�cia Militar e das equipes de resgate.

A Arquidiocese de Belo Horizonte emitiu uma nota se solidarizando com a congrega��o das Irm�s Clarissas Franciscanas e com toda a comunidade por conta do inc�ndio. A C�ria Metropolitana enviou ao longo do dia religiosos da Ordem dos Frades Menores e de toda a Prov�ncia Franciscana da Arquidiocese de BH para apoiar as irm�s. A reportagem tentou contato com o Convento S�o Francisco, mas ningu�m falou sobre o ocorrido.

Congrega��o foi
fundada na It�lia

A congrega��o das clarissas franciscanas foi fundada em 1898, na cidade de Bertinoro, na It�lia, por Madre Serafina Farolfi, e est� presente em oito pa�ses. Em 1907, a convite do bispo da diocese de Diamantina, dom Joaquim Silv�rio de Souza, foi aberta miss�o no pa�s, com a cria��o do primeiro col�gio no aldeamento ind�gena dirigido pelos frades capuchinhos em Itambacuri, no Leste de Minas. Tr�s anos depois, foi inaugurada a segunda escola, em Concei��o do Mato Dentro, na Regi�o Central. Somente na d�cada de 1930 surgiu a primeira casa em Belo Horizonte. Desde 1971, a congrega��o das Clarissas Franciscanas Mission�rias do Sant�ssimo Sacramento no Brasil � formada pelas prov�ncias Nossa Senhora de Nazar� e Madre Serafina de Jesus. A primeira, com casas na Regi�o Sudeste, duas no Norte e na Guin�-Bissau. A segunda tem comunidades no Nordeste e Norte. A Prov�ncia Nossa Senhora de Nazar� conta atualmente com quatro col�gios, um centro de tratamento de sa�de na linha da medicina hol�stica ou natural, uma miss�o indigenista, um centro de forma��o de crian�as carentes e v�rias outras comunidades que trabalham na pastoral paroquial. Desde 1981, a Prov�ncia Nossa Senhora de Nazar�, mant�m uma miss�o na Guin�-Bissau, com tr�s comunidades, uma escola e uma casa de forma��o.


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