MPT vai investigar rela��es de trabalho da Uber com motoristas

A procuradora-chefe do Minist�rio P�blico do Trabalho (MPT) em Minas Gerais, Adriana Augusta de Moura Souza, anunciou nesta sexta-feira a cria��o de um grupo de trabalho que vai se dedicar a pesquisas sobre aplicativos para transporte de passageiros como o Uber. O grupo, que ser� constitu�do por procuradores, segundo ela, vai estudar e investigar as rela��es de trabalho entre essas empresas e motoristas.

“Como se trata de empresas internacionais, � preciso um estudo mais amplo. Queremos saber se atuam contra nossas normas ou n�o”, explicou. Segundo a procuradora-chefe, o Minist�rio P�blico do Trabalho s� pode tomar alguma medida caso sejam comprovadas irregularidades. ”N�o podemos deixar que as rela��es de trabalho sejam precarizadas”, afirmou a procuradora-chefe. A iniciativa foi divulgada em visita da Comiss�o de Desenvolvimento Econ�mico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e de representantes de taxistas � institui��o.

A procuradora informou que o grupo, constitu�do por procuradores, ir� estudar e investigar as rela��es de trabalho entre essas empresas e motoristas. Ela solicitou que associa��es da categoria presentes no encontro repassem, nos pr�ximos dez dias, informa��es que j� coletaram sobre o assunto para essa equipe regional, que ir� subsidiar trabalhos que v�m sendo desenvolvidos por outro grupo que atua em n�vel nacional.

Para o superintendente regional do Minist�rio do Trabalho, Jo�o Carlos Gontijo de Amorim, h� uma n�tida precariza��o das rela��es de trabalho com a atividade desses aplicativos para transporte de passageiros. Ele criticou tamb�m a taxa de 25% do valor das corridas que fica para a empresa, no caso do Uber.

De acordo com o deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB), essa taxa faz com que o Uber seja o grande beneficiado com o transporte, e n�o os motoristas. “H� uma concorr�ncia desleal em rela��o aos taxistas”, acrescentou o parlamentar, que disse ainda n�o ser contra o servi�o, desde que ele seja regulamentado. A empresa Uber foi procurada pela reportagem e ningu�m foi encontrado para falar sobre o assunto.