A estudante de pedagogia Ayana Amorim, de 22 anos, conta que os funcion�rios teriam tentado expulsar do local dois adolescentes que estavam com ela. Ela sustenta que desde o momento em que chegaram, elas foram observados pelos seguran�as. "Foi ent�o que eu perguntei: 'Por que isso est� acontecendo?' e o seguran�a disse: 'A presen�a de voc�s est� amea�ando a seguran�a do shopping'", disse a jovem.
Segundo Ayana, durante a discuss�o, um dos funcion�rios teria empurrado um dos meninos pelas costas contra a vidra�a de uma loja do estabelecimento. A estudante afirma que eles sofreram discrimina��o devido � cor de suas peles e alega ter feito um Boletim de Ocorr�ncia (BO). O relato completo foi publicado na p�gina da rede social da universit�ria:
A Pol�cia Militar (PM) esteve no local e, de acordo com o registro, o fato de o adolescente ter sido empurrado foi confirmado. Ainda segundo o registro, o seguran�a afirmou que os meninos estavam "brincando" no corrim�o da escada rolante do estabelecimento e, por isso, foram abordados pelos seguran�as. As jovens alegaram aos policiais que se sentiram constrangidas pela a��o dos seguran�as.
Com o microfone na m�o, cartazes e gritos de "shopping racista" o grupo chamava aten��o de quem passava. "Se fossem com pessoas brancas, isso n�o teria acontecido", disse a jovem. Em um determinado momento, o grupo resolveu entrar no centro de compras."O pessoal que passava pelo local apoiou a manifesta��o. Outras pessoas usaram o microfone para tamb�m denunciar casos de racismo", afirma. Segundo os organizadores, cerca de 200 pessoas fizeram parte do ato.
O Shopping Cidade esclareceu, por meio de nota, que sempre agiu com respeito a seus clientes, lojistas e colaboradores, independentemente de ra�a, cor, religi�o e sexo. "E tem como miss�o garantir a seguran�a e bem estar de todos que frequentam o shopping. H� 25 anos somos direcionados pelo lema 'Para todos. Para Voc�', o que refor�a o nosso posicionamento democr�tico e acolhimento � diversidade", diz o texto.