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Estado de Minas REDE DE ROUBO DE CARGAS

Pol�cia desmantela quadrilha especializada em interceptar carregamentos dos Correios

Bandidos revendiam produtos pela internet. Motoristas colaboravam com o esquema


postado em 21/12/2016 06:00 / atualizado em 21/12/2016 07:48

Um esquema desmontado pelas pol�cias Civil e Federal em Minas Gerais p�s fim a uma organiza��o criminosa que usava a internet para espalhar por todo o Brasil produtos desviados de caminh�es a servi�o da Empresa Brasileira de Correios e Tel�grafos. O grupo, baseado em Medina, no Vale do Jequitinhonha, atuava desviando prioritariamente cargas que passavam pela BR-116 depois de partir do centro de distribui��o dos Correios em Belo Horizonte, e que seguiriam para os consumidores em todo o estado da Bahia. As investiga��es apontaram que os criminosos contavam com a facilita��o de motoristas de pelo menos uma das empresas que prestam servi�o de transporte aos Correios, segundo o delegado Thiago de Carvalho Passos, da Delegacia de Medina, e fontes da estatal. As mercadorias eram revendidas na pr�pria cidade de Medina, mas tamb�m pela internet, usando consagrados sites de com�rcio eletr�nico. Em um �nico m�s, h� ind�cios de 1,5 mil produtos desviados, totalizando um preju�zo de cerca de R$ 200 mil. Al�m disso, o bando tamb�m roubava outros tipos de carga. O dinheiro obtido nos ataques era usado para adquirir armas e fortalecer o tr�fico de drogas na regi�o, segundo a apura��o.

A ofensiva para encerrar as atividades do grupo foi deflagrada ontem, com o lan�amento da Opera��o Hermes. A Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) deu apoio, inclusive fornecendo caminhonetes que ficaram abarrotadas de produtos apreendidos, fruto de 42 mandados de busca e apreens�o. Treze pessoas foram presas, sendo 12 homens e uma mulher. O grupo n�o tinha um foco espec�fico em um tipo de mercadoria, mas os eletr�nicos em geral, como tablets, celulares e aparelhos de GPS, eram mais procurados, devido ao alto valor agregado. Segundo fontes dos Correios, foram descobertos produtos roubados e depois anunciados na internet por at� 30% do valor de mercado. Os motoristas que facilitavam o esquema chegavam a ganhar at� 10% do valor da nota fiscal por produto. Um dos desvios de maior vulto foi uma carga de 80 celulares iPhone, da marca Apple.

Apesar de os caminh�es serem rastreados dia e noite e acusarem qualquer abertura n�o programada no ba�, os motoristas conseguiam burlar o esquema. Em um dos casos, eles aproveitavam paradas programadas para manuten��o do sistema de rastreamento para liberar o acesso aos caminh�es em postos de gasolina e pontos de parada em geral na BR-116. Em outra frente, eles inutilizavam o rastreador. Sem comunica��o com a central, os ladr�es escolhiam o que mais interessava e levavam para vender em Medina ou anunciar na internet. “Eles falavam que tinha sido assaltados, tentavam justificar registrando boletins de ocorr�ncia. Chegou a um ponto em que eram muitos os casos, com 12 caminh�es interceptados em um m�s”, afirma o delegado Thiago Passos.

A equipe do Estado de Minas conversou com o propriet�rio da transportadora que emprega os motoristas que, segundo as investiga��es, facilitaram o acesso dos ladr�es das cargas. Ele disse que acessar o ba� n�o � t�o simples e que os ve�culos s�o monitorados 24 horas por dia, com informa��es em tempo real de dois em dois minutos. Segundo o gestor, caminh�es que estiverem com rastreadores desligados n�o podem nem ser carregados. “Qualquer parada para manuten��o s� pode ser feita antes de o caminh�o ser carregado”, afirma o propriet�rio, que preferiu n�o se identificar.


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