Depois de uma semana de tr�gua, a chuva marcou presen�a no fim da tarde de Natal em Belo Horizonte. Uma pancada com raios, trovoadas e rajadas de vento – que chegaram a 80km/h no in�cio da noite, na Regi�o Oeste – causou quedas de �rvores em v�rios pontos da cidade e pequenos alagamentos nos principais corredores, mas tamb�m esfriou a onda de calor dos �ltimos dias. Algumas ruas e avenidas tiveram que ser interditadas para retirada de galhos, que em alguns casos ca�ram sobre ve�culos. Tamb�m houve queda de energia el�trica em muitos bairros e desligamento de sem�foros. Com o baixo movimento durante o feriado, apenas no Anel Rodovi�rio, devido � dificuldade de escoamento da rede pluvial e pequenos acidentes, foram registrados congestionamentos.
O principal estrago registrado em quedas de �rvore foi no Bairro Cai�ara, Noroeste de Belo Horizonte. Um cedro de grande porte tombou sobre a rede el�trica, na esquina das ruas Costa Sena e Apolo, e levou junto dois postes de concreto. De acordo com o bombeiro civil Andr� Nunes, de 52 anos, minutos antes um ve�culo estacionado no local saiu, o que evitou um acidente com v�timas. “Estava na casa de minha m�e quando ouvi o estrondo da queda da �rvore e em seguida o barulho da rede el�trica em curto. Sa� rapidamente e, percebendo que os fios estavam energizados, isolei o trecho da rua, para evitar que pessoas tivessem contato com os cabos ou os galhos e tomassem choque”, contou.
O vistoriador da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil (Comdec-BH) Cleomar Silva disse que numa primeira avalia��o n�o foram observados danos al�m dos sofridos pela rede el�trica. J� o empres�rio Ant�nio Pedro Martins, de 70, dono do im�vel em que estava plantado o cedro, contou que h� seis meses parte da �rvore caiu e que, na ocasi�o, pediu aos funcion�rios da prefeitura que faziam a retirada dos galhos para que cortassem o restante. “O respons�vel pela equipe garantiu que n�o havia necessidade, dizendo que o cedro estava sadio”, disse o empres�rio.
Ainda no Cai�ara, na Rua Rita Ferreira, dois ve�culos foram atingidos por galhos de uma �rvore. Na Regi�o da Pampulha, no Bairro Santa Branca, tamb�m houve quedas de �rvores. Uma delas, na Avenida Martinica, onde a faixa sentido Centro/Bairro foi totalmente tomada pelos galhos. J� na Rua M�rio Andrade, a amea�a de queda de uma �rvore, que chegou a tombar, n�o foi suficiente para evitar que motoristas passassem pela via, tentando fugir do tr�nsito lento da Avenida Pedro I, no sentido bairro/Centro, por causa dos sem�foros apagados.
Na Regi�o Leste, no Bairro Saudade, o tronco de uma �rvore caiu sobre alguns ve�culos na Rua Itapur�, na esquina com Rua Padre J�lio Matia. Tamb�m houve quedas de �rvores no Alto Vera Cruz e Taquaril, na mesma regi�o. Militares do Corpo de Bombeiros atenderam ocorr�ncia semelhante no Bairro Castanheira, Regi�o do Barreiro.
As quedas de �rvores e galhos provocaram curtos-circuitos e rompimentos da rede de energia el�trica. Segundo a Cemig, consumidores ficaram sem luz nos bairros Santa In�s e Nova Vista, na Regi�o Leste, S�o Luiz e Al�pio de Melo, na Pampulha, Jardim Atl�ntico e Nova Cana�, em Venda Nova, e Jardim Inconfid�ncia, na Noroeste. Equipes da companhia foram para as ruas reparar os danos e a previs�o era de que a situa��o se normalizasse ainda � noite.
A chuva foi comemorada por quem reclamava do calor. Ontem, a m�xima atingiu 32,7°C no Bairro Santo Agostinho, na Regi�o Centro-Sul. A m�nima foi de 18,4°C. No s�bado, os term�metros marcaram 32,8°C. Outra preocupa��o era com a umidade relativa do ar, que ontem inicialmente era de 31% e depois chegou a 84%.
EMERG�NCIA
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG) reconheceu os decretos de situa��o de emerg�ncia de Belo Horizonte e Ribeir�o das Neves, na Grande BH, devido � chuva. Os munic�pios foram atingidos por temporais que causaram estragos. Com isso, j� s�o 15 cidades mineiras que solicitaram ajuda do governo de Minas Gerais para enfrentar os problemas da esta��o. Outras 14 comunidades comunicaram que foram atingidas por eventos adversos durante o per�odo chuvoso.
A capital mineira decretou situa��o de emerg�ncia em 13 de dezembro. O pedido foi feito para dar agilidade aos processos para controlar os danos. “O objetivo do decreto � proporcionar agilidade dos processos administrativos e operacionais destinados � mobiliza��o de todo o sistema municipal de prote��o e defesa civil para responder aos desastres, recuperar �reas afetadas e efetivar medidas de mitiga��o de novos riscos instalados na cidade”, afirmou a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil no decreto.