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Estado de Minas

Aumento da tarifa de �nibus repercute mal entre passageiros em BH

Tarifas de �nibus estaduais, metropolitanos e da capital mineira t�m reajustes acima da infla��o do ano. Nas linhas de BH, a alta foi de 9,04% e come�a a valer em 3 de janeiro


postado em 31/12/2016 06:00 / atualizado em 31/12/2016 08:02

Nas linhas que cobrem 80% da demanda da capital, a tarifa passará dos atuais R$ 3,70 para R$ 4,05 (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Nas linhas que cobrem 80% da demanda da capital, a tarifa passar� dos atuais R$ 3,70 para R$ 4,05 (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)

A dois dias da virada do ano, os controladores do transporte p�blico por �nibus estadual, metropolitano e da capital mineira anunciaram um aumento das tarifas acima da pr�via da infla��o oficial, o IPCA-E, que projeta 6,58% para o ano de 2016. As linhas da BHTrans, por exemplo, tiveram um reajuste de 9,04%, que come�a a valer em 3 de janeiro, enquanto para os �nibus que servem � Secretaria de Estado de Transportes e Obras P�blicas (Setop) o aumento m�dio foi de 9,46%, sendo que as tarifas das linhas do Move Metropolitano que partem de terminais como o S�o Gabriel, Vilarinho, Justin�polis (Ribeir�o das Neves), Morro Alto (Vespasiano) e S�o Benedito (Santa Luzia) foram reajustadas em 8,99%, passando de R$ 4,45 para R$ 4,85 (Veja a tabela com os pre�os). Todos os percentuais superaram a pr�via da infla��o oficial, o IPCA-E, de 6,58% para o ano de 2016. De acordo com as controladoras do transporte, os aumentos seguem os contratos que preveem reajustes anuais e o fator que mais pesou na composi��o dos pre�os foi a alta dos custos com funcion�rios. O t�xi lota��o tamb�m subiu, de R$ 4,05 para R$ 4,45.

Nos pontos de �nibus, a not�cia j� repercutiu mal. A funcion�ria de restaurante Maria Aparecida Costa, de 53 anos, paga as pr�prias passagens entre o Bairro Inconfidentes, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, e o Centro. S�o quatro passagens di�rias para ela e o filho, Yuri, de 9, que vai com a m�e para estudar. “O sal�rio n�o aumenta no mesmo ritmo
Douglas planeja reduzir viagens para economizar(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Douglas planeja reduzir viagens para economizar (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
e o preju�zo vai ficando com a gente. E o pior � que n�o tem como a gente n�o pagar, porque como � que se consegue ir para o trabalho ou estudar sem o �nibus?”, indaga. Segundo ela o impacto no or�amento ser� sentido pela fam�lia. “Neste Natal, j� passamos sem dar presentes para as crian�as, porque n�o sobrou. Agora vem a� mais esse aperto”, reclama a funcion�ria de restaurante.

A estrat�gia que pretende seguir o t�cnico em seguran�a do trabalho Douglas Rodrigues Campos, de 23, ser� reduzir ao m�ximo seus deslocamentos. Atualmente, ele precisa pegar tr�s �nibus por dia para se deslocar do Bairro Cachoeirinha, na Regi�o Nordeste de BH, para o Centro. “O jeito vai ser tentar sempre ir mais cedo e resolver o m�ximo de coisas poss�veis numa s� viagem para n�o ter de voltar depois. Fora isso, � o preju�zo mesmo, porque sou eu quem pago minhas passagens para o trabalho e para a divers�o tamb�m”, afirma. Douglas representa uma tend�ncia que a Setop j� quantificou em sua pesquisa de passagens emitidas. De acordo com a secretaria, em 2014 o sistema registrou 232 milh�es de passagens, caindo para 213 milh�es em 2015 (-8,2%) e fechando em 190 milh�es em 2016 (-10,8%).

CONTRATO Segundo o diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, a tarifa predominante em Belo Horizonte � a das linhas do Move, perimetrais, radiais, diametrais, semi-expressas, troncais e integra��o com o metr�, que representam 80% da demanda e subiram de R$ 3,70 para R$ 4,05. As linhas alimentadoras e circulares somam 18% das viagens realizadas pelos passageiros e aumentaram de R$2,65 para R$ 2,85, enquanto as auxiliares, de vilas e favelas
Maria Aparecida já lamenta rombo no orçamento(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Maria Aparecida j� lamenta rombo no or�amento (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
transportam 2% do total de passageiros e sobem de R$ 0,85 para R$ 0,90. “Esse � um reajuste anual previsto em contrato e que reflete a varia��o dos custos dos insumos em cinco �ndices medidos por �rg�os como a Funda��o Get�lio Vargas (FGV), IBGE e Ag�ncia Nacional do Petr�leo (ANP), por exemplo”, disse. Na composi��o dos custos da passagem, a m�o de obra tem um peso de 45%, o combust�vel de 25%, a aquisi��o e baixa de ve�culos 20%, os custos de rodagem como pneus e troca de pe�as desgastadas representa 5% assim como outras despesas tamb�m somam 5%.

“No pr�ximo ano, a BHTrans poder� fazer a revis�o tarif�ria e nesse contexto entrar�o alguns componentes como a recente, por�m pequena, diminui��o no n�mero de agentes de bordo. Entre 2009 e 2016, a tarifa praticada teve reajuste de 60,9%, contra um aumento de 65,2% do INPC (�ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor)”, previu o diretor-presidente. Ele citou ganhos obtidos sobretudo com o Move, onde ocorre uma livre transfer�ncia entre �nibus, e ainda o desconto de 50% na viagem seguinte em s�bados e dias �teis, no intervalo de 90 minutos e at� quatro viagens com pagamento de uma �nica tarifa, aos domingos, no intervalo de 90 minutos entre cada par de viagens.


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