“O empreendimento (shopping) trouxe muitas pessoas com seus carros para fazer compras, mas tamb�m muita gente que estaciona por l� para utilizar o metr� ou os �nibus do terminal. Com essa concentra��o de autom�veis e de motocicletas aumentaram tamb�m as pr�ticas de roubos e de furtos”, afirma.
Na Regi�o Noroeste, o destaque � para os bairros Cai�ara, Santa Cruz e Cachoeirinha, nesses casos devido � atividade de desmanches, que diluem as pe�as fruto de crimes entre as legais. “Nesses locais h� uma grande facilidade de rotas de tr�nsito r�pido para se dar fuga no ve�culo levado por rotas como o Anel Rodovi�rio, por exemplo”, conta o policial.
Em Belo Horizonte, os carros costumam ser levados em dias e hor�rios certos. De acordo com as estat�sticas da Pol�cia Civil, os picos ocorrem entre ter�a-feira e quinta-feira. De sexta-feira a domingo, s�o menos casos e registros de ocorr�ncias. “Na segunda-feira come�a a aumentar, mas na sexta-feira o �ndice de roubos e de furtos cai mais uma vez”, observa o delegado Jo�o Francisco Neto.
Os hor�rios da manh�, da tarde e da noite concentram igualmente cerca de 30% das ocorr�ncias de furtos e roubos de ve�culos, restando � madrugada o menor quantitativo de registros desses crimes. O policial da delegacia especializada, contudo, adverte quem possa sentir algum conforto nisso.
“H� menos roubos e furtos nas madrugadas porque tamb�m h� menos ve�culos dispon�veis nas ruas, seja circulando seja estacionados. Isso, por outro lado, faz desse hor�rio o que registra os piores casos de viol�ncia, j� que os bandidos se sentem mais livres para agir sem serem inibidos pela pol�cia ou por testemunhas”, alerta.
PRECAU��O
A utiliza��o de alarmes ajuda a fazer com que o criminoso d� prefer�ncia a um alvo mais f�cil. “Esses bandidos procuram oportunidades. Algu�m que esteja distra�do, um carro sem trancas ou alarmes. Mas se tiver uma encomenda pode levar o ve�culo daquela marca”, conta. As encomendas geralmente se d�o por parte dos receptadores, que arrematam lotes de uma determinada marca de ve�culo acidentado ou em perda total e com isso conseguem esquentar mais pe�as desse mesmo autom�vel ou moto. Por isso, a Lei 12.977/2014 seria importante, na vis�o do delegado. “Quando o Detran-MG regulamentar a lei, o receptador n�o vai poder dizer que uma pe�a roubada pertence a um ve�culo do lote que ele comprou, porque esta vai ter de estar etiquetada. Quem n�o fizer isso vai perder sua licen�a para vender pe�as”, afirma.
As penas para quem pratica esses tipos de crimes s�o consideradas baixas pelo policial, ou outro est�mulo � atividade. O furto simples tem pena de 2 a 4 anos, o qualificado ou majorado chega a 8 anos de pris�o, enquanto a recepta��o tamb�m tem pena de 2 a 4 anos. “Temos combatido esses crimes com extrema per�cia, o departamento � muito competente. Fizemos opera��es em v�rios locais do estado, como Divin�polis, Sete lagoas, Contagem, Betim, Muria�, Esmeraldas, Carm�polis de Minas. Mas um grande golpe nessa atividade ser� a regulamenta��o da lei”, espera do delegado Jo�o Francisco Neto.