O vereador Rafael Martins (PMDB) protolou um of�cio pedindo explica��es da BHTrans sobre o aumento das tarifas do transporte coletivo na capital. Desde 3 de janeiro, o valor das tarifas subiu para R$ 4,05.
O documento foi entregue � empresa nessa ter�a-feira e tem sete itens. “Queremos tentar entender a l�gica que a BHTrans usa pra chegar a R$ 4,05, a passagem mais cara do Brasil”. Segundo ele, o aumento dos motoristas, cobradores, fiscais e despachantes foi de 20% desde fevereiro de 2014. A infla��o no per�odo foi de 21% e o aumento das tarifas em BH, 42,11%. “Preciso saber quais calculos s�o feitos para chegar a esse valor”, diz.
Segundo Rafael Martins, a equipe pretende encaminhar uma c�pia do of�cio ao Minist�rio P�blico para comunicar o pedido de respostas � BHTrans. Por meio de sua acessoria de imprensa, a BHTrans informou que recebeu o pedido do vereador e vai encaminhar as respostas a ele.
Em entrevista coletiva no fim de dezembro, o diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, explicou que a tarifa predominante em Belo Horizonte � a das linhas do Move, perimetrais, radiais, diametrais, semi-expressas, troncais e integra��o com o metr�, que representam 80% da demanda e subiram de R$ 3,70 para R$ 4,05. As linhas alimentadoras e circulares somam 18% das viagens realizadas pelos passageiros e aumentaram de R$2,65 para R$ 2,85, enquanto as auxiliares, de vilas e favelas transportam 2% do total de passageiros e sobem de R$ 0,85 para R$ 0,90.
“Esse � um reajuste anual previsto em contrato e que reflete a varia��o dos custos dos insumos em cinco �ndices medidos por �rg�os como a Funda��o Get�lio Vargas (FGV), IBGE e Ag�ncia Nacional do Petr�leo (ANP), por exemplo”, disse. Na composi��o dos custos da passagem, a m�o de obra tem um peso de 45%, o combust�vel de 25%, a aquisi��o e baixa de ve�culos 20%, os custos de rodagem como pneus e troca de pe�as desgastadas representa 5% assim como outras despesas tamb�m somam 5%.
“No pr�ximo ano, a BHTrans poder� fazer a revis�o tarif�ria e nesse contexto entrar�o alguns componentes como a recente, por�m pequena, diminui��o no n�mero de agentes de bordo. Entre 2009 e 2016, a tarifa praticada teve reajuste de 60,9%, contra um aumento de 65,2% do INPC (�ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor)”, previu o diretor-presidente. Ele citou ganhos obtidos sobretudo com o Move, onde ocorre uma livre transfer�ncia entre �nibus, e ainda o desconto de 50% na viagem seguinte em s�bados e dias �teis, no intervalo de 90 minutos e at� quatro viagens com pagamento de uma �nica tarifa, aos domingos, no intervalo de 90 minutos entre cada par de viagens. (Com informa��es de Guilherme Parana�ba)