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Estado de Minas

Minas expande a��es de controle de febre amarela para �rea que abrange 152 cidades

Minas j� investiga 110 casos e 30 mortes por febre amarela e redobra esfor�os para vacinar popula��o


postado em 13/01/2017 06:00 / atualizado em 13/01/2017 07:41

Fila para imunização em Teófilo Otoni: moradores reclamam do tempo de espera e pedem mais pessoal para aplicar vacinas(foto: Victor Coury/Divulgação)
Fila para imuniza��o em Te�filo Otoni: moradores reclamam do tempo de espera e pedem mais pessoal para aplicar vacinas (foto: Victor Coury/Divulga��o)
A �rea em alerta por febre amarela em Minas foi ampliada. Balan�o divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Sa�de elevou de 48 para 110 o n�mero de casos suspeitos, com 20 deles considerados prov�veis para a doen�a. No in�cio da semana, quando o surto foi anunciado, eram 23 notifica��es. Dos pacientes que deram entrada nos servi�os de sa�de com suspeita da doen�a, 30 morreram e, destes, 10 t�m a febre amarela como causa prov�vel do �bito. Com a atualiza��o dos n�meros, subiu de 15 para 21 o total de cidades que j� registaram casos, �bitos ou de epizotias (morte de macacos na zona rural, o que � ind�cio da doen�a). Diante das novas notifica��es, o governo de Minas expandiu a rede de aten��o aos 152 munic�pios que integram as quatro unidades regionais de Sa�de com algum tipo de registro da doen�a: as macrorregi�es de Coronel Fabriciano, Te�filo Otoni, Governador Valadares e Manhumirim. Para hoje, est� marcada a visita do governador Fernando Pimentel �s duas primeiras, onde est� a maior parte dos casos. �s 10h, ele estar� em Caratinga e, �s 15h, em Te�filo Otoni.


O termo prov�vel vem sendo adotado pela secretaria tanto para as notifica��es quanto para as mortes, em refer�ncia aos pacientes que apresentaram quadro cl�nico compat�vel com a doen�a e um primeiro exame laboratorial reagente para febre amarela. Para todos os casos, no entanto, a confirma��o final depende de investiga��o epidemiol�gica, hist�rico de vacina��o e dos deslocamentos dos pacientes. O aumento do n�mero de casos e mortes investigados � visto com preocupa��o pela Secretaria de Estado de Sa�de, mas com condi��es de controle. O subsecret�rio de Vigil�ncia e Prote��o � Sa�de, Rodrigo Said, descarta a ocorr�ncia de uma epidemia e afirma que todos os esfor�os est�o sendo feitos para tratamento dos pacientes, investiga��o dos casos e combate ao vetor. Segundo ele, uma grande opera��o foi montada pela SES e munic�pios para atender a popula��o na aplica��o das doses e combate ao mosquito Haemagogus, que age como hospedeiro do flaviv�rus, micro-organismo que causa a febre amarela silvestre. “Integram a for�a-tarefa, equipes das secretarias de Sa�de do estado e das prefeituras, bem como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Pol�cia Militar, entre outros �rg�os”, disse Said.

Nos munic�pios das regi�es em alerta, o clima � de apreens�o, apesar das a��es de controle. Em Te�filo Otoni, moradores reclamam do tempo de espera e da falta de vacinadores para agilizar o trabalho. A prefeitura informou ter priorizado a estrutura de ve�culos e funcion�rios para atender � vacina��o na zona rural e, por isso, na cidade, as filas enormes foram inevit�veis, segundo o secret�rio de Sa�de, Jos� Roberto Corr�a. A cidade tinha um estoque de 8 mil doses e j� recebeu mais 150 mil para distribuir aos munic�pios na regi�o. “A vacina��o est� ocorrendo dentro da necessidade t�cnica que determina como prioridade a popula��o rural. Mas h� um clima de preocupa��o na cidade, porque essa � uma doen�a que n�o deveria nem existir. Com isso, t�m ocorrido grandes filas por causa desse alarme e h�, inclusive, pessoas vacinadas buscando desnecessariamente o servi�o, alegando que perderam o cart�o de vacina”, disse Corr�a.

Em Ladainha (Mucuri), cidade que concentra o maior n�mero de mortes prov�veis (12), segundo a Secretaria Municipal de Sa�de, cerca de 5 mil pessoas foram vacinadas, mas as filas ainda eram grandes no gin�sio poliesportivo da cidade, principal ponto de imuniza��o. O munic�pio aguardava ontem a chegada de mais doses, j� garantidas pela SES. De acordo com o prefeito da cidade, Walid Nedir de Oliveira, oito equipes trabalharam ontem na zona rural para vacinar a popula��o do distrito de Conc�rdia do Mucuri e outras �reas. Ele contou que a situa��o ontem era um pouco mais tranquila do que nos �ltimos dias, mas o trabalho vem sendo feito para atender a toda a popula��o que tem buscado pela vacina.

Agentes da prefeitura pulverizaram inseticida em Ladainha, a cidade com mais mortes investigadas(foto: Fábio Souza/Divulgação)
Agentes da prefeitura pulverizaram inseticida em Ladainha, a cidade com mais mortes investigadas (foto: F�bio Souza/Divulga��o)
A vacina��o em Caratinga, no Vale do Rio Doce, imunizou 12 mil pessoas contra a febre amarela desde sexta-feira, segundo a Secretaria Municipal de Sa�de. As doses da vacina acabaram ontem, mas o estoque j� ser� renovado com cerca de 17 mil. A reposi��o tem sido r�pida e distribu�da a 23 postos para a vacina��o. O secret�rio municipal de Sa�de, Giovanni Corr�a da Silva, garante que tem vacina para toda a popula��o, mas adverte que “a demanda � grande e o pessoal est� procurando espontaneamente os postos de vacina��o.” A prioridade � para pessoas que moram na zona rural, onde est�o ocorrendo os focos.

BAIXA IMUNIZA��O Sobre a corrida por imuniza��o, o subsecret�rio de Vigil�ncia e Prote��o � Sa�de, Rodrigo Said, lembrou que Minas poderia ter sido poupada do surto, tendo em vista que o estado est� na �rea com recomenda��o do Minist�rio da Sa�de para vacina��o de febre amarela. “A vacina permanece o ano inteiro dispon�vel no calend�rio, � segura e tem alta efetividade, cerca de 95%. Mas, infelizmente, a cobertura vacinal � muito baixa, principalmente na �rea rural. Com a ocorr�ncia do surto � que a procura ficou acentuada”, disse. Pelas contas da SES, 2,1 milh�es de pessoas est�o na �rea das quatro regionais de sa�de e, por isso, a meta � ter vacina dispon�vel para esse contingente. Inicialmente, a SES contava com 250 mil doses em estoque; recebeu 150 mil do minist�rio e entrou anteontem com pedido para mais 1,7 milh�o. O Minist�rio se comprometeu a mandar 1,5 milh�o de doses, 450 mil j� remetidas. O restante chegar� aos poucos. Ontem, o estoque de Minas era de 193.380 doses.

A SES afirma que as prefeituras devem se organizar para pedir o quantitativo suficiente. No entanto, pode haver falta pontual em alguns munic�pios, pois alguns n�o disp�em de estrutura para armazenar grande quantidade da vacina, uma vez que h� uma procura crescente. “A entrega � gradativa e estamos encaminhando as doses todos os dias para os munic�pios. H� um caminh�o da secretaria atendendo essas unidades regionais, prioritariamente. Mas para fazer a distribui��o � preciso uma opera��o que demandacuidados, porque exige ve�culos adaptados com refrigera��o, geladeira, caixa t�rmica, temperatura ideal, registro do paciente e de outros dados a serem repassados ao minist�rio. Al�m de muita gente j� estar aguardando na fila, todo esse processo � demorado”, afirma Said.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
Tr�s perguntas para Rodrigo Said, subsecret�rio de Vigil�ncia e Prote��o � Sa�de da Secretaria de Estado de Sa�de (SES)

Como o senhor avalia a estrutura do estado para lidar com o surto de febre amarela?

Ampliamos nossa �rea de aten��o para 152 munic�pios, dentro da abrang�ncia das quatro regionais de sa�de com registro de transmiss�o da doen�a. Temos uma estrat�gia montada para transporte, distribui��o e aplica��o de vacinas, al�m de a��es de combate ao vetor, j�  em andamento. Ve�culos e funcion�rios foram enviados a essas regi�es. H� uma opera��o muito grande, que envolve n�o s� o n�vel central da SES, mas tamb�m equipes regionais, Minist�rio da Sa�de, Defesa Civil e tem o apoio do Corpo de Bombeiros, Pol�cia Militar, entre outros �rg�os.

Os munic�pios relatam um n�mero de casos notificados maior do que o divulgado pela SES. Como explicar essa diferen�a?
A divulga��o oficial dos dados � feita pela SES e, quando recebemos as informa��es dos munic�pios, elas precisam ser checadas. Temos o cuidado de avaliar caso a caso para analisar o quadro cl�nico dos pacientes, se eles foram vacinadas ou n�o, se foram feitos exames para checar a ocorr�ncia de insufici�ncia renal e hep�tica, entre outras an�lises feitas pelas nossas regionais, com apoio de t�cnicos do Minist�rio da Sa�de. Somente depois dessas comprova��es � que os dados podem ser divulgados.

H� um risco de que Minas tenha uma epidemia de febre amarela?
A epidemia ocorre quando a situa��o fica fora de controle e, at� o momento, temos um surto localizado e todas as a��es para bloqueio da doen�a est�o sendo adotadas, com vacina��o e controle vetorial. Amanh� (hoje) o governador e uma equipe da SES, da qual farei parte, v�o visitar Caratinga e Te�filo Otoni para alinhar ainda mais as orienta��es com nossas superintend�ncias e alimentar o trabalho junto aos prefeitos e secret�rios municipais.


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