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Estado de Minas

PF prende dois em Minas em a��o contra coiotes que fazem travessia ilegal para os EUA

Os presos podem ter liga��o com o sumi�o de 12 brasileiros que est�o desaparecidos desde novembro ao tentar a travessia para a terra de Tio Sam


postado em 13/01/2017 18:04 / atualizado em 13/01/2017 21:39

A Opera��o da Pol�cia Federal (PF) para levantar informa��es sobre 12 brasileiros, entre eles mineiros, que est�o desaparecidos quando tentavam a travessia ilegal para os Estados Unidos, terminou com tr�s pessoas presas. Durante a a��o, dois alvos, que seriam aliciadores, foram encontrados em Sardo� e Governador Valadares, na Regi�o do Rio Doce. A terceira pessoa presa estava em Ji-Paran�, em Rond�nia. Todos v�o ficar detidos preventivamente.

O �ltimo contato dos brasileiros desparecidos, que s�o naturais de Minas Gerais, Par� e Rond�nia, foi em 6 de novembro. Nesse dia, segundo relatos da embaixada em Nassau, os brasileiros entraram em uma embarca��o para tentar a travessia ilegal. Depois disso, n�o se teve nenhuma not�cia sobre as pessoas. Entre os desaparecidos, cujos nomes foram revelados pelas fam�lias em pedidos de ajuda nas redes sociais, est�o M�rcio Pinheiro de Souza e Renato Soares de Ara�jo, de Sardo�, Leste Mineiro, Arlindo de Jesus Santos, do Par�, Diego Gon�alves de Ara�jo, Bruno de Oliveira Souza Martins e Reginaldo Ferreira, todos tr�s de Rond�nia.

As a��es desta sexta-feira foram realizadas para tentar encontrar informa��es dos desaparecidos. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreens�o e cinco de pris�o preventiva em Rond�nia, Santa Catarina e Minas Gerais. Tr�s pessoas foram presas, sendo duas em Minas. “Estamos investigando a ramifica��o brasileira de uma organiza��o que visa transportar brasileiros de forma ilegal para o exterior, principalmente para os Estados Unidos da Am�rica e as Bahamas. O objetivo desta fase foi colher provas de onde se encontram esses brasileiros e verificar o grau de envolvimento de outras pessoas neste esquema, que n�o s� envolveu brasileiros, mas pessoas no estrangeiro”, afirmou o delegado Raphael Baggio de Luca.

As investiga��es apontaram que uma parte da organiza��o aliciava pessoas que gostariam de deixar o pa�s, prometendo o "sonho americano". O esquema contava at� com agente de imigra��o nas Bahamas. “Essas pessoas passavam de 20 a 30 dias em uma localidade que tinha algum aeroporto pr�ximo de f�cil embarque. Em determinado dia, recebiam ordem de embarque do coiote. Ent�o, iam do Brasil, com escala no Panam�, e depois �s Bahamas. L�, receberiam o aviso de em qual guich� da imigra��o deviam desembarcar. Neste guich�, em tese teria um funcion�rio que faz parte da organiza��o criminosa. Ent�o, o brasileiro tinha que ser um dos 10 primeiros a desembarcar e ir direto para este guich� indicado quando estava na escala do Panam�”, explicou o delegado.

Os alvos do grupo eram pessoas que n�o tinham se estabelecido financeiramente no Brasil e n�o tinham estabilidade no emprego. Os coiotes chegavam a mentir sobre como seria a travessia. “Dizem que iriam atravessar das Bahamas para os EUA em um iate, por aproximadamente oito horas. Temos ind�cios de pessoas que foram antes das desaparecidas e depois, de que, na verdade, l�, colocam um barco, uma canoa, e embarca��es de situa��es p�ssimas e fazem travessia de forma perigosa � noite. Durante o dia, ficam escondidos em uma das ilhas que t�m na regi�o, sem alimenta��o, sem bebida, para continuar a viagem no outro dia � noite. Tudo isso, para ludibriar a fiscaliza��o”, comentou Luca.

Os brasileiros desaparecidos pagaram entre R$ 40 mil e R$ 60 mil para fazer uma viagem. As investiga��es apontaram que um grupo de quatro pessoas chegou a dar uma casa para os aliciadores em troca da travessia. As pessoas presas foram levadas para carceragens nos estados onde foram encontradas. De acordo com o delegado, elas podem responder por eventuais problemas que ocorrerem com os brasileiros, como morte e sequestro.

As investiga��es da PF contam com ajuda do Itamaraty e de autoridades do exterior, como dos EUA, Cuba, Rep�blica Dominicana e Bahamas. Um delegado est� nos Estados Unidos para tentar encontrar ind�cios. Por�m, os policiais encontram dificuldades at� mesmo com familiares das v�timas. “O mais curioso do caso � que muitas fam�lias acabam tendo medo, e isso d� um leve atraso na opera��o e no pr�prio ato de procura das pessoas. Pedimos que os familiares nos procurem e auxiliem na produ��o desta prova. Se n�o o fizerem, fica mais dif�cil de tomarmos medidas como as de hoje”, pediu o delegado.


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