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Estado de Minas

Lideran�as de motim ser�o transferidos da Penitenci�ria Ant�nio Dutra Ladeira na Grande BH

De acordo com a Seap, os presos que iniciaram a rebeli�o j� foram reconhecidos e devem ser transferidos para o interior de Minas; motim deixou nove feridos


postado em 17/01/2017 13:42 / atualizado em 17/01/2017 15:25

Beto Novaes/EM/D.A Press(foto: Familiares dos detentos permanecem em frente ao presídio )
Beto Novaes/EM/D.A Press (foto: Familiares dos detentos permanecem em frente ao pres�dio )

O servi�o de intelig�ncia da Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (Seap) identificou alguns detentos que lideraram o motim na Penitenci�ria Ant�nio Dutra Ladeira, em Ribeir�o das Neves, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, que durou aproximadamente sete horas entre a noite de segunda-feira e a madrugada desta ter�a-feira.

Segundo o secret�rio Robson Lucas Silva, esses presos, cerca de 20, est�o isolados e devem ser transferidos nos pr�ximos dias para outras unidades do estado. A confus�o deixou nove pessoas feridas. Segundo o secret�rio, a medida � para retomar a situa��o dentro da unidade. “A partir de crit�rios t�cnicos e identifica��o de algumas lideran�as, j� foi feito isolamento de alguns presos e ser�o transferidos para outras unidades do estado, preservando a integridade f�sica dos mesmos e tentando buscar a retomada de um ambiente harm�nico dentro da unidade”, afirmou Robson Lucas.

Oito detentos sofreram escoria��es no momento da conten��o, quando houve o uso de armas de menor potencial ofensivo, como balas de borracha e bombas. Eles receberam atendimento m�dico no pr�prio pres�dio. O outro ferido � um agente penitenci�rio que foi atingido com um golpe de barra de ferro no superc�lio e levou tr�s pontos em um hospital.

O tumulto come�ou por volta das 19h dessa segunda-feira, no pavilh�o II, quando presos atearam fogo em peda�os de colch�es, lan�ando-os para os corredores. O protesto atingiu outros quatro pavilh�es. “Tivemos na unidade dois, um momento de maior tens�o no pavilh�o 4. Depois, foi se alastrando para o 5 e 6. Tr�s celas foram danificadas no Pavilh�o 4 e duas celas na porta do pavilh�o 5”, explicou o secret�rio.

Durante o motim, de acordo com Robson Lucas, os presos danificaram tr�s beliches de alvenaria. “Os peda�os de concretos e de ferros foram utilizados como arma para agredir nossos agentes que tentavam fazer a conten��o”, comentou. Na manh� desta ter�a-feira, foram feitas revistas nas celas e a limpeza dos pavilh�es 4, 5 e 6, os presos queimaram colch�es. A Seap n�o informou se algum material il�cito foi encontrado.

No momento do tumulto, os presos chegaram a romper dois cadeados para deixar as celas. “Foram contidos pelos agentes e a partir disso, os outros come�aram a se render a esse movimento de enfrenta��o. Fizemos toda a conten��o, avaliamos a situa��o de todos os detentos tendo participado ou n�o do enfrentamento”, disse o secret�rio. Na manh� desta ter�a-feira, presos que t�m autoriza��o para trabalho externo sa�ram normalmente. “Aos poucos vamos retornando a rotina”, completou.

O secret�rio adjunto da Seap tamb�m negou que os pertences e roupas dos presos tenham sido recolhidos para evitar novos inc�ndios, informa��o recebida pela OAB/MG pela manh�. Ele afirma que foram retirados materiais danificados durante o combate �s chamas e que foi realizada uma vistoria na estrutura f�sica das celas, para saber se o detentos poderiam retornar a elas.  “V�rios deles estavam sem as camisas, eu vi v�rias camisas no ch�o. Imediatamente providenciamos o kit b�sico, colch�o, len�ol, produtos de higiene e um uniforme. Boa parte desses pertences que s�o de rotina se perdeu mesmo. Todos os pertences pessoais deles foram retirados, feita a vistoria e depois voltaram”, explica Silva.

Sem liga��o com outras rebeli�es

Questionado sobre se as rebeli�es no Norte e Nordeste do pa�s teriam incentivado o motim, o secret�rio nega. “N�s n�o identificamos nenhuma situa��o de influ�ncia de fac��es. N�s tivemos no Amazonas, no Rio Grande do Norte, lideran�as fazendo ordens nesse sentido. Nesse caso aqui, houve uma orquestra��o exatamente por conta dessa motiva��o que foi apresentada e que, n�s reiteramos, n�o procede”, diz.

Robson Lucas da Silva tamb�m nega a influ�ncia de fac��es na Dutra Ladeira. “Alguns detentos se intitulam “sou membro da fac��o tal”, talvez pra buscar alguma proje��o, alguma lideran�a entre eles. Mas, n�o tem nenhum registro de detento que possa ter praticado algum ato compat�vel com a condi��o de ser integrante das fac��es de dentro aqui dessa unidade”, afirma.

Fam�lias fazem vig�lia

Dezenas de familiares de presos seguem na porta da penitenci�ria em busca de not�cias. Mesmo com o posicionamento da Seap de que n�o houve feridos graves, os parentes tentam ter contato com os detentos. Durante a espera, grande parte do grupo gritou palavras de ordem exigindo a sa�do do novo diretor da penitenci�ria, cobrando not�cias dos pavilh�es 4,5 e 6 e contra o Grupo de Interven��o R�pida (GIR) que, segundo os parentes dos presos, estariam agredindo detentos.

Eva Ferreira dos Santos, m�e de um detento, saiu de Santa Luzia e chegou ao pres�dio pela manh�. “Perguntei e eles falam que est� tudo bem no 4, est� tudo calmo. Ent�o, n�o sei, eles falam o que quiser. N�o sei se est� calmo, se n�o est�, n�o sei not�cias l� de dentro”, lamenta.

Entre as muitas m�es do lado de fora da Dutra Ladeira tamb�m estava Sueli da Silva Sales, do Bairro Palmital, tamb�m em Santa Luzia. Ela reclamou da falta de acesso ao local. “J� duas vezes que eu venho aqui trazer os pertences pra ele, que est� no pavilh�o 1, e n�o deixam entrar. Est�o s� me jogando para tr�s, s� pra tr�s. Agora hoje enquanto eu n�o souber not�cias dele, n�o saio daqui. At� agora n�o falaram nada”, disse.


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