Detentos da Penitenci�ria Dutra Ladeira, em Ribeir�o das Neves, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, fazem um motim desde as 19h desta segunda-feira. De acordo com informa��es da Comiss�o de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os presos colocaram fogo em colch�es e pedem melhores condi��es dentro do pres�dio. Viaturas da Pol�cia Militar (PM) ajudam a conter a confus�o. Em v�deo divulgado � tarde nas redes sociais, presos amea�avam "colocar fogo em tudo" e "matar muita gente". At� 1h desta ter�a-feira, a PM informou que a situa��o estava controlada em dois pavilh�es e que tentava conter o tumulto em um terceiro.
Familiares de presos est�o na porta da penitenci�ria em busca de informa��es. Aos gritos de "presos t�m fam�lia", eles tentam fechar a a rodovia MG-6, pr�ximo ao km 9, sendo impedidos pela pol�cia.
De acordo com informa��es da Pol�cia Militar, a rebeli�o atinge a tr�s pavilh�es (4,5 e 6). A a��o come�ou no pavilh�o 4, quando os detentos se recusaram a fazer a contagem de presos e colocaram fogo nos colch�es. O motim se alastrou para os outros dois pavilh�es. De acordo com o tenente Alan Rodrigues Cassini, n�o fuga nem feridos.
Do lado de fora do pres�dio, � poss�vel ver muita fuma�a vinda do local. Tamb�m h� muito barulho de tiros de bala de borracha e bombas de efeito moral. O aparato policial � grande tamb�m do lado de fora do pres�dio. Segundo a Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (Seap), est�o no local policiais do Grupo de Interven��o R�pida (GIR) e o Comando de Opera��es Especiais (COPE).
Os policiais foram chamados, inicialmente, para conter uma manifesta��o de familiares dos detentos insatisfeitos com mudan�as no esquema de visitas e no tratamento aos presidi�rios.
Segundo a OAB, integrantes da Comiss�o de Direitos Humanos estiveram no pres�dio na tarde desta segunda-feira, depois que mulheres e m�es de presos denunciaram maus-tratos contra os detentos.
O advogado F�bio Pil�, presidente da Comiss�o de Assuntos Carcer�rios da OAB/MG, est� no local para ajudar a conter o tumulto. “Est� acontecendo um motim. Os presos chegaram a colocar fogo em colch�es e a PM j� est� aqui. Ainda n�o tenho muitas informa��es sobre a confus�o”, explicou, ao chegar ao local.
Mais tarde, o advogado esteve dentro do pres�dio. Ele contou que os presos reivindicam melhores condi��es para eles e os familiares, al�m de atendimento m�dico. Uma ambul�ncia do Samu est� estacionada na porta do pres�dio.
Tamb�m chegaram ao local 10 viaturas da PM. Parte est� parada na porta do pres�dio e as demais foram estacionadas dentro do pres�dio. Ainda n�o h� informa��o da atua��o da PM no interior da unidade.
Segundo familiares dos presos, o diretor Rodrigo Machado cortou a visita �ntima aos presos. As gr�vidas foram proibidas de fazer visitas no fim de semana, sendo liberadas para vista��o apenas durante a semana, assim mesmo de 15 em 15 dias.
Tamb�m de acordo com relato de presidi�rios aos familiares, o Grupo de Interven��o R�pida (GIR) estaria agredindo os presos. Nos �ltimos dias os agentes chegaram a soltar cachorros nos presos,que foram colocados nus no p�tio. Eles querem a volta do Luiz Fernando, �ltimo diretor do pres�dio, antes de ser substitu�do pelo atual comando. Segundo familiares, alguns presos tamb�m iniciaram greve de fome mais cedo. Eles estariam mantendo a greve na noite desta segunda-feira.
Nota da Seap
Em nota divulgada na noite desta segunda-feira, a Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (Seap) informou que presos de alguns pavilh�es "subverteram a ordem dentro das celas e atearam fogo em peda�os de colch�es, lan�ando-os para os corredores".
Tamb�m de acordo com a nota, todos os presos permanecem dentro das celas e n�o houve fuga. A Seap informou tamb�m que o Grupo de Interven��o R�pida (GIR) e o Comando de Opera��es Especiais (COPE), ambos da Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (Seap), est�o no local para conter o protesto, com o apoio da Pol�cia Militar e do Corpo de Bombeiros.