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Estado de Minas

Funda��o ligada a Samarco promove painel sobre a febre amarela em BH

Evento conta com participa��o de virologistas, mastozo�logos e entom�logos de diferentes partes do pa�s. No encontro, o grupo afirmou que o desastre de Mariana n�o tem rela��o com o aumento de casos da doen�a


postado em 19/01/2017 19:39 / atualizado em 19/01/2017 22:02

O encontro de pesquisadores come�ou nesta quinta-feira e vai continuar na sexta-feira. O painel “O que � a febre amarela em antigas regi�es florestais, hoje altamente povoadas, da Bacia do Rio Doce?” quer preencher as lacunas do conhecimento cient�fico sobre a ecologia e a epidemiologia da doen�a. Pesquisadores de diferentes cidades brasileiras participaram do encontro e apresentaram um levantamento sobre a doen�a na Bacia do Rio Doce.

No in�cio desta semana, a bi�loga da Fiocruz M�rcia Chame afirmou que o rompimento da Barragem do Fund�o, em Mariana, na Regi�o Central de Minas Gerais, em 5 de novembro de 2015, provocando uma devasta��o ambiental no estado e no Esp�rito Santo, pode ter contribu�do para o aumento do n�mero de casos de febre amarela. Uma das hip�teses levantadas pela pesquisadora � a mudan�a no meio ambiente, que pode ter causado impacto na sa�de dos animais, como os macacos, hospedeiro do v�rus que transmite a febre amarela, o flaviv�rus.

O pesquisador S�rvio Pontes, professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e doutor de ecologia pela Universidade de Londres, discorda da afirma��o. “A informa��o foi veiculada de maneira equivocada. As regi�es de M�dio e Baixo Vale do Rio Doce, onde h� o surto, n�o foram os locais onde os rejeitos causaram desmatamento. Quando tem uma degrada��o de uma �rea ambiental pode ter escape para a �rea urbana, mas isso n�o ocorreu. Pesquisa feita em �reas onde houve desmatamento n�o t�m dado evid�ncia para essa condi��o”, explicou.

Segundo ele, a febre amarela tem um per�odo c�clico de sete anos, quando aparece grandes quantidades de casos. Neste ano, est� havendo um surto da doen�a em macacos, que est� atingindo as pessoas em uma transmiss�o silvestre. “N�o h� evid�ncia de febre amarela urbana, que seria transmitida pelo Aedes aegypti”, comentou.

A grande quantidade de casos pode ser relacionada, de acordo com Pontes, com situa��es ecol�gicas. “A intensidade est� acima do normal, o que pode est� relacionado com o aquecimento global, que afeta o regime de chuva, e, junto ao calor, provoca o aumento dos vetores. Outro ponto � o n�vel de degrada��o ambiental nas �reas pr�ximas �s cidades. Se h� queimadas, per�odo de seca muito intenso, todos os fatores podem aumentar alguns componentes relacionados � doen�a, em particular os mosquitos”, afirmou o professor.

 

(RB)


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