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Estado de Minas

Em combate a inc�ndio no Rola Mo�a, equipes descobrem roubo de orqu�deas

Parque do Rola Mo�a consegue conter inc�ndio considerado criminoso e, na opera��o, pol�cia flagra ladr�es de orqu�deas que v�m agindo na �rea protegida da Grande BH


postado em 20/01/2017 06:00 / atualizado em 20/01/2017 08:06

O fogo, que começou na noite de quarta-feira, foi dominado na manhã de ontem por bombeiros e brigadistas: dois hectares consumidos(foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
O fogo, que come�ou na noite de quarta-feira, foi dominado na manh� de ontem por bombeiros e brigadistas: dois hectares consumidos (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
O fim da temporada de seca n�o trouxe o esperado al�vio � devasta��o ambiental � que o Parque Estadual do Rola Mo�a est� sujeito. A��es irrespons�veis ou premeditadas que culminam em inc�ndios e a coleta criminosa de esp�cies protegidas continuam, a exemplo do que ocorreu ontem, quando brigadistas, bombeiros e policiais militares combateram as chamas que destru�ram cerca de 2 hectares de vegeta��o na unidade e tamb�m impediram a a��o de ladr�es de flores e plantas ornamentais nativas. Uma mostra de que mesmo nesta �poca os guardas e seguran�as do parque precisam continuar atentos e a rondar o per�metro protegido de 3.941,09 hectares, que se estende entre Belo Horizonte, Nova Lima, Brumadinho e Ibirit�, na Grande BH. De acordo com o diretor do parque, o bi�logo Marcus Vin�cius Freitas, o per�odo n�o � favor�vel a inc�ndios florestais e a principal suspeita � de a��o criminosa. “Ainda n�o investigamos o ocorrido, mas como as chamas se iniciaram pr�ximo a uma estrada interna da unidade de conserva��o, a suspeita � de que tenha sido realmente um inc�ndio criminoso”, afirma.


O fogo come�ou na quinta-feira, por volta das 23h, num ponto �ngreme, no fundo de um vale, pr�ximo � divisa com uma �rea da mineradora Vale do Rio Doce, em Nova Lima. Foi necess�rio mobilizar 32 combatentes, entre brigadistas e homens do Corpo de Bombeiros para debelar as chamas por volta das 10h30. Uma aeronave da Pol�cia Militar deu cobertura � a��o e apoio �s equipes em solo. No cerrado, os bombeiros e brigadistas trabalharam por duas horas e meia usando chicotes, abafadores e bombas costais. Havia amea�a a duas nascentes. A novidade neste combate foi a utiliza��o de um soprador de ar – m�quina a gasolina presa �s costas dos combatentes –, que ajuda a extinguir o fogo com mais facilidade. A t�cnica de utiliza��o da nova ferramenta ainda est� sendo aperfei�oada pelo parque. A tecnologia foi trazida dos Estados Unidos pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).

Invasores tinham caixa com 13 espécies de orquídeas e ainda canela-de-ema(foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
Invasores tinham caixa com 13 esp�cies de orqu�deas e ainda canela-de-ema (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
ROUBO Depois de apagar o inc�ndio, os brigadistas flagraram um grupo de homens roubando flores e esp�cimes ornamentais no parque. O helic�ptero da pol�cia ent�o voou para o local, fazendo com que os suspeitos desistissem da a��o e abandonassem as esp�cimes protegidas pelas leis ambientais por serem nativas. Ao chegar ao local onde as plantas foram deixadas, os brigadistas encontraram dentro de uma grande caixa de papel�o 13 orqu�deas de diferentes esp�cies e uma canela-de-ema. As flores estavam amarradas, e a canela-de-ema, embrulhada. “Infelizmente, essa a��o � comum aqui e todo o material que recolhemos n�s replantamos na unidade”, disse o diretor do parque. Uma ocorr�ncia policial foi lavrada e os suspeitos reconhecidos como moradores de bairros lim�trofes � unidade de conserva��o estadual.

De acordo com os funcion�rios do Parque do Rola Mo�a, a unidade da flor vale cerca de R$ 60 em lojas especializadas, mas acaba sendo levada pelos ladr�es para o Centro de Belo Horizonte, onde j� foi vendida at� na Pra�a 7 por cerca de R$ 15, ou oferecida � noite por pessoas que percorrem os bares da cidade. Pelo artigo 39 da lei dos Crimes Contra o Meio Ambiente, cortar �rvores em floresta considerada de preserva��o permanente sem permiss�o da autoridade competente pode ser pass�vel de pena de deten��o de um a tr�s anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. J� a pena por inc�ndios criminosos em mata ou floresta � prevista pelo artigo 41 que prev� reclus�o de dois a quatro anos e multa.


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