Um coleguinha de sala viu ontem na conta de luz a foto de M.G.G.F., de 8 anos, e ajudou a pol�cia a desvendar o mist�rio do sumi�o do garoto, cujo nome estava inscrito no cadastro de pessoas desaparecidas desde 13 de novembro de 2014. Ele morava em Pitangui, no Centro-oeste, e foi encontrado em Caldas, no Sul.
Assim que viu a foto dele no campo destinado �s pessoas desaparecidas, o coleguinha chamou os pais, que acionaram o Conselho Tutelar e, posteriormente, a Pol�cia Militar. O garoto foi localizado na companhia da pr�pria m�e, que disputa a guarda da crian�a com o ex-companheiro. Os dois n�o moravam juntos e ela decidiu deixar Pitangui, levando a crian�a sem consentimento do rapaz.
Quatro balas perfuraram o t�rax do engenheiro. Outras duas acertaram o pulm�o. Uma atingiu o est�mago. A �ltima, a cabe�a. Por milagre, Alex sobreviveu. Foi socorrido por pessoas que passavam pelo local e levado � Santa Casa da cidade. De l�, foi transferido para um hospital em Divin�polis. A v�tima ficou em coma por 22 dias.
Alex tem um seguro de vida em favor de M., seu �nico filho. � �poca do crime, a m�e da crian�a negou participa��o na tentativa de homic�dio e afirmou desconhecer a ap�lice.
Meses depois do crime, ela desapareceu com o menino. O pai registrou ocorr�ncia na pol�cia e o nome de M. foi inscrito no cadastro de desaparecidos. Ele recebeu a not�cia de que o filho foi localizado ainda pela manh�: “N�o sei o que falar. Estou emocionado. Estou na estrada, indo para Caldas. Vou buscar meu filho”. Naquele momento, a novela do desaparecimento da crian�a passou em sua mem�ria.
H� pouco mais de dois anos, o engenheiro atendeu o telefonema de uma funcion�ria da escola em que o filho estudava, em Pitangui, questionando o motivo de o garoto n�o aparecer nas aulas havia dias. Desconfiado, ele foi � resid�ncia da mulher e a chamou diversas vezes, mas ningu�m atendeu a porta. Acionou, ent�o, a PM.
CERTID�O Alex e militares entraram na casa e repararam que todos os m�veis estavam no lugar, por�m, havia um forte cheiro de comida estragada, o que o fez concluir que a mulher e o filho haviam deixado a casa dias antes. A tristeza o abateu e ele precisou se tratar contra depress�o.
A pol�cia teve dificuldades em localizar a crian�a antes em raz�o de a m�e ter casado com um caminhoneiro no Sul de Minas. Precavida, ela alterou o pr�prio sobrenome e o do filho. Tamb�m � suspeita de mudar, na certid�o de nascimento da crian�a, parte dos nomes dos av�s.
Primeiro, a m�e morou em Po�os de Caldas, onde foi oficializado o matrim�nio. Alguns meses depois, o casal e a crian�a foram para Santana de Caldas. Desde novembro passado, estavam em Caldas. O casal tem uma crian�a de 1 ano de idade. Tanto a m�e quanto o padastro est�o detidos.