
A preocupa��o de autoridades e especialistas tamb�m aumentou ontem diante da confirma��o de tr�s mortes em S�o Paulo e da informa��o de que o prov�vel local de infec��o de um dos mortos em Minas � a zona rural de Janu�ria, no Norte de Minas, que n�o figura no mapa de alerta da SES-MG. Uma das mortes em S�o Paulo � de um paciente que esteve em Minas Gerais, come�ou a apresentar os sintomas e morreu em Santana do Parna�ba, no interior paulista. Os outros dois casos confirmados s�o aut�ctones, ou seja, com transmiss�o dentro de S�o Paulo. Os pacientes s�o dos munic�pios de Batatais e Am�rico Brasiliense. Al�m de S�o Paulo, Rio de Janeiro e Esp�rito Santo j� estavam na estrat�gia de refor�o vacinal anunciada pelo Minist�rio da Sa�de na semana passada.
Em Minas, a SES informou ontem que o “prov�vel local de infec��o” do pedreiro mineiro que morreu em Bras�lia (DF) na semana passada � o distrito de V�rzea Bonita, em Janu�ria, no Norte de Minas. Se a informa��o for confirmada, ser� o primeiro caso de febre amarela este ano na regi�o. Para o infectologista Dirceu Greco, do Hospital das Cl�nicas da UFMG, os casos fora da �rea de alerta em Minas refor�am a necessidade de mais aten��o e resposta das autoridades de sa�de p�blica.
“� ruim que este alerta esteja ocorrendo com mortes, mas isso mostra, mais do que nunca, que as pessoas precisam estar com seus cart�es de vacina em dia. � importante que toda a informa��o sobre a doen�a seja repassada da maneira correta, para que as pessoas estejam atentas e todo o refor�o seja feito no sentido de controlar o vetor (os mosquitos)”, afirmou.
O especialista lembrou ainda que o combate deve ser contra o mosquito que transmite o tipo silvestre da febre amarela (Haemagogus), mas tamb�m contra o Aedes aegypti, transmissor da forma urbana da doen�a, al�m da dengue, zika e chikungunya. “Com o avan�o de casos, h� risco de haver um salto do tipo silvestre para o urbano. Mas, parece que o estado tem tomado decis�es claras. O problema � ter que tomar decis�es em situa��es de emerg�ncia”, avaliou.
Na tentativa de evitar a transmiss�o da febre amarela, a Prefeitura de Caratinga, munic�pio do Vale do Rio Doce com maior n�mero de casos notificados da doen�a na zona rural (85), tem usado a caminhonete de combate � dengue para borrifar inseticida em bairros da �rea urbana. Ontem, o fumac�, como � conhecido, passou pelo Bairro Santa Cruz, que exige aten��o por se espalhar ao longo de uma mata densa na parte alta da cidade.

CIRCULA��O DO V�RUS De acordo com Dirceu Greco, a ocorr�ncia de casos da doen�a tem a ver com a circula��o do v�rus, que � comum a todas essas regi�es, de clima tropical ou subtropical. Ele explica que muitos casos est�o sendo analisados por terem sintomas de patologias virais, que podem ser de febre amarela ou de outras doen�as. � o que vem ocorrendo no Esp�rito Santo, onde a Secretaria de Sa�de investiga o quadro de sa�de de 19 pacientes internados com sintomas de doen�as como febre amarela, leptospirose e dengue, entre outras.
At� o momento, n�o h� caso confirmado de febre amarela em humanos no estado. Apenas em macacos encontrados nos munic�pios de Colatina e Irupi. Como medida preventiva, a secretaria iniciou, na semana passada, a vacina��o cautelar em 37 munic�pios, levando em considera��o a morte dos primatas e a proximidade geogr�fica entre esses munic�pios e a divisa com Minas Gerais por meio da faixa cont�nua de floresta.
Sobre os casos de S�o Paulo, a SES-MG sustentou, por meio de nota, que n�o � poss�vel afirmar que haja rela��o com os casos de Minas Gerais, sendo necess�rio concluir uma investiga��o epidemiol�gica mais detalhada para compreender a situa��o. “Destaca-se que o Norte do estado de S�o Paulo, desde o ano passado, j� havia registrado caso de febre amarela silvestre nos munic�pios de Ribeir�o Preto e S�o Jos� do Rio Preto”, informou. A SES-MG ressaltou que, diante do atual surto, j� distribuiu 1,6 milh�o de vacinas aos munic�pios nas �reas priorit�rias. Tr�s cidades fora da �rea de alerta tiveram refor�o de imuniza��o: Janu�ria, Pedra Azul e Diamantina, com 304 mil doses. Outras 266 mil foram entregues como parte da rotina de imuniza��o no estado. (Colaborou Mateus Parreiras)