
Em todo o ano passado, Minas registrou 537 casos de chikungunya. Para 2017, tanto a SES-MG quanto o Minist�rio da Sa�de j� manifestaram preocupa��o com a doen�a por causa da circula��o do v�rus e da baixa imunidade. “Minas � uma �rea suscept�vel para circula��o do v�rus, tendo em vista as condi��es ambientais favor�veis, a manuten��o do vetor e a popula��o sem prote��o imunol�gica”, informou a SES-MG por meio de nota.
A preocupa��o � refor�ada por especialistas. “A maioria da popula��o n�o foi afetada. Ent�o, n�o existe imunidade”, disse o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estev�o Urbano. Os meses de mar�o e abril s�o os que mais concentram casos da doen�a: no ano passado, por exemplo, houve 92 e 91 notifica��es nesses meses, respectivamente.
Em rela��o � dengue, a SES-MG ressaltou uma redu��o dos casos em compara��o com janeiro de 2016, mas ponderou que v�rios fatores podem influenciar o ritmo de notifica��es. “De acordo com a s�rie hist�rica de casos em Minas Gerais, entre os meses de dezembro e maio ocorre um maior n�mero de casos. V�rios fatores podem influenciar o aumento de casos, como v�rus circulante, temperatura e regime de chuvas, por exemplo”, informou a SES em nota.
O balan�o da secretaria indica alta no ritmo de notifica��es de dengue ao longo de janeiro: no dia 13, havia 193 pessoas com suspeita da doen�a; uma semana depois, o total subiu para 1.162 at� chegar no dia 23 a 2.469 casos. No ano passado, de severa epidemia, Minas registrou 58.422 casos prov�veis e 53 mortes suspeitas em janeiro. Al�m de dengue e chikungunya, houve registro de 46 casos de zika este ano.
Para Estev�o Urbano, a alta nas notifica��es de chikungunya deve servir de alerta. “Todos t�m que ter cuidados e refor�ar medidas para exterminar os criadouros, usar mosquiteiros, repelentes. Al�m disso, tem que ter a comunica��o do poder p�blico”, cobrou. O infectologista espera que o surto de febre amarela chame a aten��o de moradores e autoridades para o combate aos vetores das doen�as. “O foco � o mesmo, exterminar o mosquito. Ent�o, o temor da febre amarela pode ajudar a conter os mosquitos”, avaliou.
FEBRE Enquanto as doen�as transmitidas pelo Aedes voltam a preocupar, os casos e mortes em investiga��o por suspeita de febre amarela seguem em alta no estado em meio ao pior surto em pelo menos 14 anos, segundo o Minist�rio da Sa�de. Boletim divulgado ontem pela SES-MG informou que o n�mero de casos investigados subiu de 393 para 485. Desse total, 69 j� foram confirmados e 19 descartados. O total de �bitos suspeitos tamb�m subiu: de 83 para 96. N�o houve mudan�a no n�mero de mortes confirmadas, que continua em 38.
Ontem, o Minist�rio da Sa�de anunciou que entregar� nos pr�ximos dias cerca de 6 milh�es de doses de vacina contra febre amarela a estados com registro de casos e mortes. O governador Fernando Pimentel, por sua vez, visitou a sala de situa��o criada pelo governo do estado para avaliar evolu��o e definir estrat�gias de combate � doen�a e demonstrou confian�a em uma estabiliza��o dos casos at� o in�cio da semana que vem. “A palavra que eu quero dar � de tranquilidade. O que pode ser feito est� sendo feito. Eu acredito que, j� at� o final dessa semana, no come�o da semana que vem, n�s vamos ter um quadro de estabiliza��o desse surto da doen�a”, afirmou.
Pimentel ressaltou que foram criados 48 leitos, al�m dos 72 dispon�veis, para atender pacientes graves e que houve refor�o das equipes de vacina��o nos munic�pios com profissionais contratados pelo estado.