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Estado de Minas

Queda no n�mero de interna��es pode indicar fim do surto da febre amarela

Se em janeiro houve m�dia de 18,3 interna��es por dia, em fevereiro, os n�meros mostraram redu��o, com m�dia de apenas dois pacientes por dia


postado em 05/02/2017 06:00 / atualizado em 05/02/2017 07:48

Vacinação prioritária em áreas afetadas pela doença é uma das armas para conter a circulação do vírus. Rotina de imunização será mantida(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Vacina��o priorit�ria em �reas afetadas pela doen�a � uma das armas para conter a circula��o do v�rus. Rotina de imuniza��o ser� mantida (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

A queda no n�mero de interna��es de pacientes com sintomas de febre amarela silvestre registrada pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES) leva a pasta a concluir que o surto da enfermidade caminha para a estabiliza��o. Ao todo, somente em janeiro, 570 pessoas foram internadas, com sintomas de febre amarela, em hospitais da �rea afetada pela doen�a em Minas, o que representa m�dia de 18,3 interna��es por dia. Mas, de acordo com a subsecret�ria de Pol�ticas e A��es de Sa�de, Maria Turci, os n�meros de fevereiro indicam redu��o: a m�dia foi de apenas dois pacientes por dia. “Nesses �ltimos cinco dias observamos uma queda significativa nas solicita��es de interna��o por febre hemorr�gica e febre amarela. Desde 31 de janeiro, o Hospital Eduardo de Menezes (em Belo Horizonte) n�o recebe nenhum paciente novo. Essa situa��o nos leva a crer que estamos chegando ao fim do surto”.

Segundo o governo do estado, outro indicador de que o cen�rio de febre amarela caminha para a estabiliza��o � o quadro de notifica��es. Os �ltimos dados coletados junto aos munic�pios da �rea afetada pela doen�a apontam para redu��o de novos registros da enfermidade em Minas. Balan�o divulgado pela secretaria na sexta-feira mostra que s�o 843 casos suspeitos no estado, com 152 confirmados. As mortes notificadas chegaram a 133, com 55 j� tendo a febre amarela como causa confirmada. “Mas todos os dados t�m apontado que o pico de transmiss�o da doen�a ocorreu entre a segunda e a terceira semana de 2017, o que corresponde aos dias 8 e 17 de janeiro. Nestes �ltimos dias, agora em fevereiro, ainda temos registrado casos, mas em n�mero muito menor”, afirma o subsecret�rio de Vigil�ncia e Promo��o � Sa�de, Rodrigo Said.

Em Minas, o surto de febre amarela teve seu primeiro registro em 2 de janeiro, quando a SES foi notificada pelas regionais de Sa�de de Te�filo Otoni e de Coronel Fabriciano sobre a ocorr�ncia de casos suspeitos. Al�m dessas duas �reas, notifica��es ocorreram ainda nas regionais de Governador Valadares e Manhumirim e, por �ltimo, na regional de Passos, em Delfin�polis, onde foram registrados tr�s �bitos. At� a �ltima sexta-feira j� eram 66 munic�pios com notifica��es e 35 cidades com casos confirmados. Ainda de acordo com Rodrigo, nenhum outro munic�pio no entorno de Delfin�polis apresentou casos suspeitos.

Embora o n�mero de cidades listadas no boletim esteja aumentando dia a dia, Rodrigo Said afirma que a tend�ncia de queda das notifica��es se mant�m. Isso porque, afirma, dois cen�rios est�o ocorrendo. “H� situa��es em que o in�cio dos sintomas tem data das primeiras semanas do m�s, mas os casos est�o sendo notificados agora pelos munic�pios. E outras em que estamos recebendo casos que entraram na lista na quarta ou quinta semana de janeiro, mas esse � um n�mero menor.” Al�m disso, ele explica que os servi�os de sa�de est�o com uma sensibilidade maior para a identifica��o de casos suspeitos, uma vez que est�o sendo levados em conta a febre e pelo menos mais dois sintomas da doen�a, como dor de cabe�a, n�useas ou v�mitos, independentemente de o paciente apresentar icter�cia (colora��o amarela da pele) ou sangramento.

Esses dois �ltimos sintomas s�o definidos pela Vigil�ncia Epidemiol�gica do Minist�rio da Sa�de como classificat�rios para febre amarela. “Isso faz aumentar o n�mero de notifica��es. Al�m disso, h� outras doen�as, como dengue, zika e chikungunya, que t�m esses sintomas e podem interferir no n�mero. Mas, como os munic�pios est�o na �rea priorit�ria do surto, � importante identificar casos precocemente e acolher esses pacientes na rede para fazer o tratamento adequado e evitar �bitos”, afirmou o subsecret�rio.

A sequ�ncia de boletins da SES mostrou que houve manuten��o no perfil dos pacientes que morreram v�timas da doen�a, que tem quadro febril agudo e evolu��o cl�nica r�pida. Segundo os dados, a maior parte das v�timas � formada por homens (85%), moradores da zona rural, com idade predominante entre 30 e 45 anos, n�o vacinados ou sem registro do cart�o de vacina.

ALTA LETALIDADE Sobre o total de 55 mortes confirmadas em um universo de 152 casos com diagn�stico positivo, o subsecret�rio diz que esse foi um n�mero esperado, levando em considera��o a alta letalidade da febre amarela descrita na literatura (em torno de 50%). O percentual de mortes em Minas chegou a 36%. “A febre amarela � uma doen�a grave, de r�pida evolu��o, quadro cl�nico muito agudo, insufici�ncia renal e hep�tica fortes e que gera muito sangramento nos pacientes. Fizemos um esfor�o muito grande para evitar mais mortes”, disse. Ele lembrou ainda que a vacina��o ocorre de forma gradativa nas �reas priorit�rias e informou que a atualiza��o dos cart�es de vacina de pessoas fora das regi�es de risco pode ser feita ao longo do ano.

VIGIL�NCIA O secret�rio de estado de Sa�de, S�vio Souza Cruz, afirmou que, apesar do momento de otimismo do governo em vislumbrar uma aproxima��o do fim do surto, toda a estrutura montada para dar suporte �s a��es de vigil�ncia e atendimento a pacientes por causa da febre amarela ser� mantida at� que o controle seja dado como certo. “Vivemos um momento de otimismo, mas com cautela, porque verificamos um decl�nio na entrada de novos casos desde 15 de janeiro. Isso mostra que Minas est� conseguindo controlar o surto, mas isso n�o nos autoriza a baixar a vigil�ncia e vamos manter todas as medidas”, afirmou.

Para atender a pacientes com quadro de febre amarela, a subsecret�ria de Pol�ticas e A��es de Sa�de, Maria Turci, afirmou que as unidades da �rea afetada pelo surto precisaram de muitas adapta��es. “A rede funcionava para a rotina, para uma situa��o de normalidade, e foi completamente estressada. Chegou a um momento de colapso. Buscamos alternativas com a��es de amplia��o de leitos, refor�amos o sistema de transfer�ncia de pacientes e criamos uma estrutura para oferecer hemodi�lise e transfus�o sangu�nea aos casos graves”, afirmou, citando ainda o suporte do Hospital Eduardo de Menezes.


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